Fanfic: 1989 - Fátima e William Bonner - O início. | Tema: Fátima Bernardes, William Bonner

Continuação!

- Contudo, antes de finalmente te desmoralizar, preciso te apresentar alguém! – Puxou com muita intensidade o braço de sua refém, e entrou em uma sala escura, a luz se acendeu e ela viu um homem de cabeça baixa, machucado, com vestes iguais a do mascarado, Rogério começou a aumentar o tom de voz, e direcionava-se para o homem que tinha os punhos amarrados a uma coluna da sala.

- É isso? Ela? É essa piranhazinha que você tanto ama? Seu panaca! – O homem lentamente erguia sua cabeça, e Fátima logo pode reconhecê-lo... - William? – Seus olhos ficaram arregalados, estava feliz por não está sozinha com o monstro, mas William também não estava em uma boa situação.

- William, olhou para Fátima, e por um instante não entendia o que o outro dizia, eles permaneciam imóveis perante o outro, era algo inexplicável, quase como se eles pudessem se comunicar apenas pelo olhar, ela estava à sua frente, machucada, os lábios borrados e havia sangue, o cabelo desalinhado, chorava, sua roupa rasgada mostrava além do que deveria.

- Ô vagabundo, olha pra mim, quando eu estiver falando com você! – Chutou com força a perna de William, esse não disse nada.

- William, você está bem? – Disse ela com a voz embargada.

- Calada sua cadela! Fique quietinha porque a sua hora já está chegando, se prepare para me receber – O nojento a agarrou pelos ombros e apertou fortemente um de seus seios, provocando um forte grito de dor:

- Ahh!!!! – Chorava copiosamente.

- Tira a mão dela seu psicopata, louco, nojento, a deixe em paz... – Sua voz, mostrava força e coragem, mas acima de tudo...o que predominava era a raiva presente em seus olhos.

- Você está revoltado comigo, não é? Diga! Vamos, seu covarde, deixe-a em paz e faça o que quiser comigo, você quer matar alguém? Então me mate, mas não toque-a mais! – Gritava palavra por palavra sem quebrar o contato visual com o bandido.

- Will,Will...Posso te chamar assim? Claro que sim, não é mesmo? – Agora mais do que nunca, Rogério parecia um louco. – Eu estou acompanhando esse seu amorzinho platônico desde o primeiro dia, naquele encontro patético de vocês no corredor da redação! Vi cada segundo que você cedeu aos encantos dessa mulherzinha, o vi no baile embasbacado com a beleza dela... E até que você tem razão, ela vai ser uma boa prostitutazinha por uma noite. – Disse sorrindo maliciosamente, passando as mãos sobre a silhueta dela, a mesma abaixou a cabeça e cerrou os punhos e suspirou.

- venha, me beije!! – Ela mantinha seus lábios presos, e isso o deixou muito nervoso, foi quando ele afastou e deu um tapa na face da moça que caiu sobre o corpo de William, esse lutava para se soltar e a proteger do que se aproximava, chorava por ela, e ela sofria pelos dois,  ela instintivamente, pousou suas mãos sobre o pescoço de seu parceiro, apoiou seu rosto ao dele e seu coração disparou... Ela fechou os olhos e aproximou seus lábios aos de William,  o beijou ardentemente; por um instante esqueceram a situação em que estavam, por apenas um milésimo de segundo aproveitaram a sensação de poder voar, foi tudo tão natural que parecia não ser a primeira vez...

Mais a sensação foi desmembrada quando Rogério a arrancou de William e a jogou de bruços sobre o chão. - Sua piranha, vadia, sabia que você era uma sem vergonha. Você me provocou, agora aguenta, você vai mostrar pra esse cara o que ele vai perder...

Ele tirava o cinto de sua calça apenas com uma das mãos, pois a outra mantinha Fátima presa. William não para de falar, tentava de algum modo, desviar a atenção dele, para que ela pudesse fugir, ao mesmo tempo puxava suas mãos, pressionava uma corda a outra, tentava ao menos deixá-la um pouco mais frouxa, o que o ajudaria a libertar-se.

- Cala a boca seu palerma, me deixe curtir o momento, e você também deveria curtir, - Ele abriu o zíper e o seu membro foi liberado. – Olha só Fátima, o que você provocou em mim! Rogério a fez virar, ela foi forçada a ver o seu membro... – Seus olhos ficaram esbugalhados e instintivamente Fátima fechou suas pernas, como que na última tentativa de se proteger...

- Saí, seu nojento, me deixe, pelo amor de Deus, prefiro morrer...- Disse chorando...

- Morrer não é uma opção, não gosto de defuntos, prefiro abusar antes de matar...

- Seu monstro, sem escrúpulos eu o odeio! – Gritava o mais alto que sua garganta permitia. Enquanto se contorcia.

- Sua imbecil, quanto mais você grita, mais você alimenta meu desejo! Agora cala a boca e aproveita os seus últimos minutos de vida, quero que você olhe o William, e saiba que isso tudo está acontecendo por culpa dele! – Rogério esmurrou as pernas da moça, que já não tinha mais forças para lutar, ela tinha perdido os sentidos, seu rosto estava ardia e a cabeça dela parecia girar... Como um último sussurro, um último pedido... Ela reuniu suas últimas forças e gritou:

-William, SOCORRO! Me salve...Sal..ve. – seus olhos ficaram pesados

Rogério pressionava seu membro sobre a intimidade dela, ainda protegida por um fino tecido. Ele proferia palavras obscenas e por um momento William agradeceu por Fátima estar inconsciente.

- William, ela vai ser minha... AGORA! – falou bruscamente o estuprador, já pronto para invadi-la, todavia o que ele não esperava, finalmente, pertinentemente aconteceu, William voou em sua direção, os pulsos sangrando, quase em carne viva... e o socou, um, duas, quinze...quarenta vezes seguidas, até não poder ser reconhecido, o rosto dele estava desfigurado! E Rogério não se movia mais.

William se aproximou de Fátima, conferiu sua pulsação, ela ainda respirava, apenas estava desmaiada. Ele a pegou pelo colo e saiu daquela lúgubre sala. Pegou o telefone que encontrava-se no balcão e ligou para a polícia...