Fanfic: 1989 - Fátima e William Bonner - O início. | Tema: Fátima Bernardes, William Bonner

Capítulo 11.

dia 16 de setembro de 1989.

A polícia chegou após uns 15 minutos, William relatou tudo exatamente como acontecera, Rogério ainda estava inconsciente, e foi levado em uma ambulância para o hospital; William teve seus pulsos enfaixados e Fátima apenas recebeu pequenos curativos em algumas partes de seu corpo.

- Senhor William, ela está com a pulsação normal, os ferimentos já receberam os devidos tratamentos e ela ainda permanece  desacordada, recomendo levá-la para casa e deixá-la descansar por algum tempo, quando ela acordar, dê-lhe esse analgésico, correto? – Disse a profissional de saúde. Cobrindo o corpo imóvel com um lençol branco, deixando amostra apenas a face.

- Pode deixar, farei o que a senhora me recomendou... – Falou William, segurando uma das mãos de Fátima, enquanto a outra acariciava o rosto delicado, com alguns hematomas, mas ainda sim doce.

A médica, ainda jovem sorriu ao ver a cena,...Era uma romântica incurável, afastou-se e olhou para o enfermeiro que segurava uma nota de 100 reais em sua mão, com uma carranca de assustar qualquer um.

-  Eu falei para você  Fabrício, disse que eles formavam um casal perfeito!! – Desabafou entre risadas, dando alguns pulinhos, com os olhos brilhantes.

- Blá, Blá, Blá... Está certo Jú, está certo, você ganhou a aposta, toma, pegue essa nota, mas vou logo avisando quero uma bebida quando acabar o nosso turno, viu?

                                                     -//-//-//-//-//-

William posicionou Fátima em seu carro no banco de trás, e tomou a direção do móvel.

Ao chegar, abriu a casa, subiu as escadas com ela em seu colo e a deitou em sua cama. Acendeu um abajur,  foi até o banheiro, pegou uma toalha branca e uma pequena vasilha para pegar a água morna do chuveiro, sentou ao lado da moça e retirou a coberta dela, cortou o que restava do vestido e puxou cuidadosamente, revelou o conjunto íntimo e quando ele rapidamente olhou cobriu os olhos com as mãos e ficou vermelho.

- De..Desculpa! – Falou nervoso, como se ela pudesse ouvi-lo. – Foi sem querer....eu acho, o que eu estou falando, Fátima, vou dar um banho de gato em você e já colocarei uma roupa bem confortável em você, certo? Juro que é só isso.

Ele mergulhou a toalha na água, e passou no rosto dela, no braço, e em todas as partes, sempre com muito cuidado, como se ela fosse se desfazer se ele não tomasse o máximo cuidado. Enquanto dava o “banho” ele explicava-se para ela, se culpando por tudo o que a tinha acontecido.

- Fátima, eu sei que você não vai lembrar-se dessas palavras que eu irei proferir, mas, vou falar de qualquer modo. – Naquele dia, o nosso primeiro dia de trabalho aqui no Jornal da Globo, será  que você lembra? Vimos-nos no corredor, você pegava café, e estava nervosa, naquele momento, eu soube... Soube que nunca mais meu coração me pertenceria, ele foi sequestrado por você, pelo seu sorriso, e seu jeitinho encantador... Te amei desde o primeiro momento, mas não parecia que era correspondido, sempre que eu tentava me aproximar nunca conseguia lhe perguntar, ficava nervoso, agitado, gaguejava... E naquele baile, pude me aproximar mais um pouco, vi a mulher mais maravilhosa do mundo à minha frente e simplesmente, desabei... Caí na frente de todos... –hahahahahah

- Quando finalmente a tomei em meus braços e nós dançamos juntos, o tempo havia congelado, posso lembrar de como o vento guiava o seu vestido, e como o seu sorriso estava mais radiante,sabe, fiquei inseguro, pensei comigo,- Será que ela não é demais para mim? – Mas Márcio me encorajou a persistir, a lutar e me disse que seu aniversário era dia 17, e foi aí que o jantar surgiu, e aconteceu tudo o que aconteceu... – O banho acabara, ele abriu uma porta do guarda roupa e pegou uma camiseta, cuidadosamente a vestiu...

- Fátima, perdão por não ter sido corajoso e me declarado de uma vez ao invés de lhe fazer passar por toda essa tortura...

-ah...uhm.. – murmurou ela curvando-se um pouco com uma voz fraca falou.

- Wil..li..am, seu bo...bobo! estou com frio.. me abra....abrace!

William ficou embasbacado, e meio sem graça....vermelho como tomate, ela não abrira os olhos apenas falara. Ele deitou ao seu lado e à abraçou, permaneceram deitados de conchinha ... William se perdeu ao inalar o aroma que vinha dos negros cabelos da moça que permanecia entre seus braços.

- Ali..ás seu bobo...  – Falou baixinho... Um sussurro.. -Eu sempre te amei!