Fanfic: 1989 - Fátima e William Bonner - O início. | Tema: Fátima Bernardes, William Bonner

Olá meninas, espero que alguém aí esteja gostando dessa história, bem estou tentando fazer uma história boa, não sei se sairá como eu planejei, tomara que vocês gostem. Sou fã do casal desde 2004, já fiz várias coisas, flogão, email, comprei várias revistas, o dvd do Jornal Nacional, enfim tudo o que vocês imaginam!
Só faltava uma fic, pois na época eu nunca tinha ouvido falar!

P.S: Nesse capítulo escolhi a músic She, porque eu realmente acho que tem muita coisa haver com esse casal 20, espero que vocês gostem da escolha, escutar essa música no mesmo momento em que os personagens a escutam seria uma boa pedida, você se sentiria na história...

Bjus

                                                    Capítulo 4 - She

Sábado, 09 de setembro de 1989.

A noite estava estrelada, no local várias pessoas mascaradas, homens e mulheres, cada qual mais inusitado que o outro, ao fundo a música atraia aos dançantes da festa;

- Sandrinha, você já viu o William ou a Fátima, por aí? - falou Márcio.

- Não, por quê? Ah, pensei que eles poderiam fazer um discurso...

- Fala sério Márcio, hoje é dia de comemoração, chega de blá,blá,blá... E pode já parando de trabalhar esse cérebro com ideias maçantes, você hoje só vai dançar... Comigo, heim -  Disse ela divertida.

- Bem, mas no nosso relacionamento sou eu que digo a última palavra.... - Se fez um silêncio, Sandra já estava se enfurecendo...

- Sim senhora! - Márcio começava a rir enquanto abraçava a raivosa dama de azul mascarada.

-Seu bobo... - E a frase foi finalizada bruscamente por um beijo apaixonado.


Estava ventando, folhas caiam das grandes árvores do Jardim Botânico, a música predominava em todo o ambiente, convidados chegavam a todo o momento. Naquele momento um homem vestido em um traje preto elegante, apareceu pela direita e parou em frente à entrada do local, ele chamava  atenção, pois apesar de todas as máscaras serem exóticas, a dele deixava todas as outras no poço. A máscara alva esboçava um sorriso que nunca cansava, com tons rosados nas bochechas. Descia as escadas tranquilamente quando alguém gritou por detrás de si.

- Fátimaaaaaaaaaaa?????????

O elegante homem olhara com agilidade para trás, tola escolha a dele, após ver quem gritara e o porquê do grito se desequilibrou por completo e acabou descendo o restante das escadas rolando.

Algumas pessoas pararam de dançar para ver o homem de máscara engraçada rolar pelos degraus, uma elegante moça de branco no topo das escadas e outra de azul desceram com um pouco mais de pressa que o normal...

- Tudo bem? - Fátima falou estendendo sua mão para o gajo... - Ele ficou tão encantado com ela que por um instante pensou ter morrido, mas após a sutil moça sorrir e segurar sua mão não teve dúvidas de que era real...Ela era Fátima, o nome que a outra falara.

Apenas assentiu com a cabeça ,levantou-se, deu uma leve curvatura e seguiu seu caminho, sem ao menos dizer um obrigado.

- Nossa, ele é mudo ou o quê?

- Ah, está bem, a deusa Atena desce do olimpo para ajudar um simples humano e você ainda pergunta por que ele não disse nada? Ficou mudo não é amiga? Ou no mínimo pensou que havia morrido... E que Deus era uma mulher! - Sandra discursou entre risos.

- Depois você vem me dizer que eu sou boba, você que é! - Fingindo um muxoxo.

- Estou me sentindo uma mendiga vendo você nestes trajes, vossa senhoria... Será que a  "aia" aqui poderia trazer algo que lhe agrade? - Curvou-se para fazer mais drama,

-Sandra, pára, tem várias pessoas aqui, pelo amor de Deus, vamos sair daqui! - Falou baixinho, com a boca de lado, tentando não chamar atenção.


As jovens moças se encaminharam a um corredor coberto de hera, local onde poderiam se falar sem que todos escutassem.

- Fátima, em que loja você comprou esse vestido? E essa máscara? Você está linda demais!! - Sandra falava entusiasma.

A alva dama contara todos os detalhes de seu dia...

-Nossa, porque não acontece nada emocionante e misterioso assim na minha vida, heim? - Cruzou os braços em total desaprovação.

-Então, é um baile ou a dança das cadeiras? Por que você não está dançando?

- Você ainda pergunta? Márcio está fazendo os comprimentos de sempre, disse que só depois podemos dançar... Mas enquanto isso vou pegar um ponche, vai querer?

- Não, obrigada San...

-Já volto está bem? - Fátima apenas confirmou com a cabeça.

O vento dançava com o vestido branco, a dama observava de longe todas as pessoas dançando em sincronia, a ventania tinha tanta força que mesmo entre as conversas e a música, era possível escutar o uivo da noite. Foi nesse exato momento que um homem, o mesmo das escadas se aproximou por trás, a tocou levemente em seu ombro, não disse nada, apenas gesticulava, pedia uma dança, sem pensar duas vezes sorriu, e aceitou a mão que ele a oferecia.



A melodia do piano começava em seu mais suave esplendor,  “She” e os dois começaram a valsar pelo espaço que detinham, os olhos deles cruzavam-se a todo momento, o sutileza do violino fazia a cena  real parecer um trecho cinematográfico.


“Ela pode ser o rosto que eu não posso esquecer.
Um traço de prazer ou arrependimento
Pode ser meu tesouro ou o preço que eu tenho que pagar.”

Fátima tentava pensar em perguntas, mas o momento foi tão inesperado e  forte, que mesmo apesar de seus questionários mentais achava que o silêncio era a melhor resposta para aquele momento, ela dançando com um homem de máscara... Sentia-se em uma história infantil.

“Ela, que sempre parece tão feliz no meio da multidão.
Cujos olhos podem ser tão secretos e tão orgulhosos
Ninguém pode vê-los quando eles choram.
Ela pode ser o amor, que não pode esperar para durar
Pode vir para a mim das sombras do passado.
Que eu vou me lembrar até o dia que eu morrer”

O homem fechou seus olhos e aproximou o outro corpo do seu. Fátima entendeu o que ele pedia, encostou sua face em seu peito e continuaram a valsar...

 “O sentido da minha vida é...
Ela, ela, ela”

Era o fim, a canção chegara ao ápice, o homem tomou suas mãos com leveza, olhou mais uma vez nos olhos dela e falava, todavia ela não o entendia , ele aproximou-se dela, instintivamente ela  levantou seu olhar e ele a beijou, ou melhor..A máscara a beijou, tão logo o “beijo” terminara ele se distanciava dela, sempre a olhando....olhando para trás....


- Quem é você? Ela falou firme.

Não teve resposta.


Local da dança.

 
Máscara do homem...