Fanfic: Falling in love for the last time | Tema: Robsten, Robert Pattinson, Kristen Stewart

P.O.V. KRIS

 Já estava na hora de ir para a casa de Taylor, então tomei um banho rápido, peguei meu notebook, já que cada um tinha que levar o seu para o corujão e me vesti com uma calça de flanela velha e uma blusa preta, estava levando meu casaco também, porque apesar de o tempo estar quente a casa dele inteira tinha ar condicionado e ficava um freezer. Estar na casa de Taylor era como estar em casa, cresci lá, então não tinha que me preocupar em me arrumar e além do mais era o corujão, todos iam de pijama mesmo.

 Avisei meus pais que ia passar a noite na casa de Taylor e eles deixaram imediatamente, eu até jantaria, mas tinha certeza que dona Deborah, mãe do Tay ia fazer algo para comermos e me obrigar a comer no mínimo mais do que eu aguentava, como ela sempre fazia, a casa deles não era muito longe da minha, apenas uns cinco minutos de carro, pouco antes de chegar liguei para Taylor avisando e quando cheguei o portão da garagem já estava aberto para mim, entrei com o carro e estacionei, sorri feito uma idiota ao ver a bicicleta velha e enferrujada de Rob na varanda. Entrei direto como de costume já sentindo a diferença de clima e seus pais assistiam tevê agarradinhos.

 - Com licença. – Eu disse enquanto entrava na casa fria. Já mencionei o quanto o ar-condicionado deles era potente? 

 - Entre meu amor. – Disse Deborah simpática como sempre.

 - Olá Kris, como vai a Jules e o John? – Perguntou Daniel, seu pai.

 - Vão muito bem e mandaram lembranças para vocês.

 - Oh sim, mande para eles de volta. – Ele disse sorridente.

 - Mandarei.

 - O Tay e os meninos estão lá no quarto dele, eles estão te esperando para começar a sessão cinema, você é de casa, fique a vontade.

 - Claro, estou indo.

 Fui em direção às escadas, olhei para o degrau em que eu e Rob ficamos pela primeira vez e sorri, eu parecia uma adolescente boba e encantada, definitivamente tinha que parar de ser tão romântica. Virei à esquerda e entrei na segunda porta onde era seu quarto.

 - Boa noite meninos. – Eu disse ao entrar.

 - Boa noite. – Responderam juntos e eu olhei diretamente para Rob que me encarava de cima a baixo me deixando sem graça.

 - A gente estava te esperando para começar a sessão, vamos galera?

 - Vamos. – Os meninos responderam.

 Eles se levantaram, deixei minha bolsa em cima da cama de Taylor, e nós fomos para a sala de cinema que Taylor tinha em casa, a família de Taylor não planejava montar uma, mas meus pais ganhavam muitas coisas por trabalharem na indústria, montaram uma na nossa casa e os equipamentos que sobravam eles davam para os amigos mais próximos que estivessem interessados em montar também, a família Lautner quis, então meus pais deram para eles, mas sempre achei a deles melhor, pois as poltronas eram de deitar e super confortáveis, meu pai sempre prometia trocar as nossas, mas esquecia. A sala era ainda mais fria que o resto da casa, então imediatamente me agasalhei, eu só podia pensar no quão sortuda era por ter trago meu casaco.

 - Vou me sentar na frente. – Disse Taylor. – Gosto de assistir os filmes bem de perto.

 - Eu também vou. – Disse um de seus amigos e os outros dois.

 - Eu prefiro assistir lá atrás. – Disse Rob.

 - Eu também. – Eu disse imediatamente e isso era uma bela mentira.

 - Você não prefere não. – Disse Taylor me acusando. – Você sempre gostou de assistir na frente.

 - Hoje me deu vontade de assistir atrás, posso? – Perguntei.

 - Pode. – Disse meio confuso e depois voltou ao seu tom normal. – Gente, se acomodem aí que eu vou colocar o filme.

 Os meninos foram lá para a primeira fileira, enquanto eu e Rob fomos para a última, a distância entre nós e eles era gigante já que eram dez fileiras com um espaço enorme entre uma cadeira e outra, Rob e eu inclinamos o máximo possível nossas cadeiras – inclusive esse era o motivo de tanto espaço entre elas. – e nos deitamos.

 Jeane, a empregada de Taylor chegou com uma bandeja seis baldes de pipoca enormes cada um, e entregou para todos nós, depois com seis copos de 500 ml de coca e fez o mesmo. Taylor chegou pouco tempo depois e se acomodou com seus amigos enquanto o filme de terror começava.

 - É bom saber que você gosta de ficar perto de mim. – Sussurrou Rob bem perto tão perto que senti seu hálito quente, não me arrisquei olhar para ele com medo da proximidade de nossos rostos.

 - Quem te disse isso? – Perguntei também sussurrando.

 - Você se entregou ao querer vir para cá sendo que gosta de assistir aos filmes na frente.

 - Só fiz isso porque não achei legal te deixar aqui sozinho.

 - Só por isso? – Perguntou descrente.

 - Só por isso.

 - Como foi com o Michael hoje mais cedo?

 - Só tenho uma coisa a dizer: Nove minutos.

 Rob gargalhou alto e eu contive meu sorriso.

 - O filme é terror gente. – Disse Taylor lá da frente.

 - Você demostrou sua frustração? – Ele perguntou sussurrando e ignorando Taylor.

 - Claro que não, ele nem mesmo sabe que eu o observo nesse sentido, não sei o que está acontecendo comigo, eu não senti nada e ele percebeu.

 - Como assim?

 - A gente transou e tal, mas eu não tinha vontade nenhuma, então não fiz nada, nem mesmo me mexi.

 - Nossa, ao menos gemeu?

 - Sim, mas fingi.

 - Não pense que não sabemos quando vocês fingem, porque sabemos.

 - É, eu acho que ele percebeu, porque depois disse que eu não fui bem e até me perguntou se tinha outro cara.

 - Então a coisa foi feia.

 - Não, depois eu fiz com ele de novo, mas dessa vez fingi melhor e ele acreditou.

 - Parabéns, porque é muito difícil nos enganar nesse sentido, a gente sabe quando está agradando a uma mulher e quando não.

 - Sou atriz desde os doze anos de idade, acho que fingir prazer por nove minutos não é problema.

 - É, provavelmente esse é o motivo dele não ter percebido.

 Nós ficamos em silêncio por mais algum tempo, ele continuava extremamente perto, até que as cenas estavam começando a ficar muito assustadoras, definitivamente terror não era o meu gênero. Estava tentando parecer forte, mas não resisti e escondi meu rosto no peito de Rob que me abraçou.

 - Tudo bem? – Sussurrou.

 - Não. – Admiti também sussurrando.

 - O que houve?

 - Tenho medo de filmes de terror.

 - Olha, achei alguma característica feminina em você.

 - Aí vai mais uma pra sua lista: Eu tenho uma vagina. – Eu disse irritada com seu comentário, não gosto quando falam sobre minha feminilidade, isso e minhas orelhas são meu ponto fraco.

 Ele riu ruidosamente.

 - Você é uma boba mesmo, é apenas um filme. – Sussurrou de volta.

 - Essa informação não é suficiente para me deixar menos assustada. Posso me deitar no seu assento junto com você?

 - Claro que pode.

 Me levantei e Rob regulou o assento, deixando semi inclinado para que ficássemos mais confortáveis, sentei entre suas pernas e deitei sobre seu corpo, ficando com a cabeça apoiada em seu ombro e olhando para frente, seus braços me envolveram e suas mãos repousaram em minha barriga.

 - Pelo que vejo você gosta muito do Batman. – Ele disse colocando uma de suas mãos em cima do símbolo do casaco que ficava em meus seios, seria meio ridículo eu querer pará-lo agora depois de tudo que ele já havia feito com eles.

 - Sim, eu o adoro.

 - É o meu herói favorito. – Ele disse sorrindo.

 - Que legal. – Eu disse realmente empolgada. – Me diga por que gosta dele.

 - Porque ele não é como os outros que precisam de poderes para fazer algo pela sociedade e acredito que até por ele mesmo, ele simplesmente é um homem muito rico que luta pela paz de sua cidade, acho isso muito legal, porque ele é o herói mais próximo de todos nós.

 - Engraçado... – Eu disse sorrindo. – Eu penso exatamente da mesma forma.

 Coloquei as mãos em suas coxas que estavam nas laterais de meu corpo acariciando-as lenta e carinhosamente.

 - Você é uma provocadorazinha. – Ele sussurrou com os lábios colados em minha orelha, sentir seu hálito quente contra minha pele me causou arrepios.

 - Eu te provoco? – Sussurrei de volta.

 - Não faz ideia do quanto.

 Lambi meus lábios tentando suprir o desejo quase incontrolável de uni-los aos seus e permaneci assistindo ao filme que tanto me assustava, eu não queria voltar ao assunto para não cair em tentação, Rob abriu meu casaco e colocou uma das mãos por baixo de minha blusa, droga, isso não ia prestar, mas cadê a coragem de impedi-lo, senti sua mão ousada chegando a meu seio direito por cima do sutiã e o apertando com força.

 - Cuidado, é uma área muito sensível. – Eu o alertei e ele apertou mais levemente.

 Ele colocou a outra mão dentro de minha blusa e juntamente com a outra foi para minhas costas, desabotoando meu sutiã, depois abaixou as alças e o puxou para fora, o guardando no bolso de meu casaco, suas mãos foram diretamente até meus seios nus por baixo da blusa e eu mordi os lábios ao sentir suas carícias, toda a excitação que não senti hoje mais cedo enquanto estava com Michael veio com força total.

 Tomei coragem e olhei para cima, Rob estava com o rosto muito próximo ao meu, ele olhava para mim ansiosamente, esperando pela minha iniciativa, me aproximei lentamente de seu rosto e dei um leve selinho em seus lábios, depois o beijei, após três longas semanas, sua língua invadiu minha boca gentilmente e nós virávamos os rostos em um movimento sincronizado, levantei minha mão e a entrelacei em seus cabelos rebeldes, enquanto as suas brincavam com meus seios, eles provavelmente já estavam vermelhos a essa altura. Comecei a sentir algo me cutucando por trás, eu já sabia o que era e gostava disso, então decidi provocá-lo ainda mais, desci minhas mãos até sua perna, ora apertando fortemente sua coxa, ora fazendo carinho, ele gemeu contra minha boca e eu sorri.

 - Você me deixa louco. – Sussurrou com a voz rouca de excitação.

 Mordi seu lábio inferior e o beijei ferozmente, ele estava enlouquecendo e eu gostava muito disso, a forma que o provocava me deixava excitada e em certo momento ele parou de me beijar e tirou as mãos de minha blusa.

 - O que? - Perguntei.

 - Não aguento mais, preciso ir ao banheiro, depois a gente continua.

 - Tudo bem. – Eu disse num tom inocente. – Tem um ali no canto. – Eu o alertei.

 - Acho melhor eu ir no lá de fora.

 - OK. – Assenti sorrindo diabolicamente e chegando para frente para ele sair.

 Ele se levantou e se foi apressadamente, minha auto estima nunca esteve tão lá em cima, eu provoquei isso e estava muito orgulhosa.

 Uns quinze minutos depois Rob voltou e se sentou atrás de mim novamente e voltamos a mesma situação de antes, por pura sorte no intervalo de um dos nossos beijos percebemos que estavam rolando os créditos do filme, então me levantei e fui para meu acento. Taylor se levantou e acendeu as luzes, eles vinham com seus copos e baldes de pipoca vazios enquanto os nossos estavam completamente cheios, Taylor ficou confuso quando viu que tínhamos comigo e bebido muito pouco, mas ficou numa boa, em seguidas todos saímos rumo a seu quarto, fui ao banheiro e pus meu sutiã de volta, sorri ao olhar para meus seios, não é que eles estavam vermelhos mesmo?

P.O.V. ROB

 Nós fomos para o quarto de Taylor, eu não sabia ao certo o motivo de Kristen ter me beijado hoje, eu já estava realmente pensando que aquele na festa dele, seria nosso primeiro e último beijo, realmente não esperava, mas tenho certeza de que se esperasse não seria tão maravilhoso quanto foi, eu queria que Taylor inventasse de assistir mais um filme, mas ele não o fez, antes que ligássemos nossos notebooks para começar a jogar a mãe dele bateu à porta.

 - Taylor. – Ela disse do lado de fora.

 - Oi mãe? – Respondeu atencioso, coisa que não é normal para os adolescentes de hoje em dia, ainda mais americanos.

 - O cachorro quente está pronto, venha com seus amigos jantar.

 - Tudo bem, nós já estamos descendo.

 - OK, eu e o seu pai vamos dormir.

 - Boa noite. – Respondeu caloroso.

 - Boa noite. – Ela respondeu e ouvi seus passos se afastando.

 - Vamos jantar gente? – Taylor perguntou.

 - Não estou com muita fome, me entupi de pipoca. – Disse um de seus amigos.

 - Nem eu, mas ainda encaro um cachorro. – Disse o outro.

 - Eu também. – Disse o último.

 - Eu estou faminta. – Disse Kristen.

 - Também estou. – Concordei.

 - É claro, nem comeram pipoca direito. – Taylor falou sorrindo.

 - A gente estava conversando e esquecemos de comer, nem sequer prestamos muita atenção no filme. – Disse Kristen.

 Nós descemos e jantamos rapidamente, depois subimos novamente e começamos a jogar, cada um em seu computador, o meu era o mais velho dali, eu tinha que me acostumar com isso agora, já que todos que estavam em meu convívio eram ricos e eu pobre, odiava essa sensação de inferioridade financeira, mas eles nem pareciam ligar para o ano ou a marca de meu notebook, eu jogava genuinamente bem e muito melhor que eles, a única que chegava perto era Kristen, mas mesmo assim, não era tão boa quanto eu, eles pareciam encantados com todo meu desempenho, me elogiando toda hora, enquanto ela apenas bufava e eu ria. Ficamos até às cinco e meia da manhã jogando War craft, Conter strike e The king of fighter enquanto bebíamos coca cola e mais pipoca que Taylor preparou. Depois nos deitamos na cama gigantesca que a empregada tinha arrumado para todos enquanto assistíamos ao filme. Kristen deitou na ponta, eu ao seu lado, Taylor ao meu e seus amigos em seguida, todos já estavam dormindo, eu estava quase pegando no sono quando Kristen me cutucou.

 - Não vai me dar um beijo de boa noite? – Ela perguntou.

 Aproximei meu rosto do seu lentamente e a beijei com paixão, Kristen retribuiu e segurou firmemente meus cabelos durante o beijo.

 - Não gosto de começar a te beijar por isso. – Ela disse sorrindo.

 - Por quê?

 - Não dá vontade de parar.

 Eu sorri para ela, que me beijou novamente em seguida. Depois de mais alguns beijos o sono acabou nos vencendo e nós acabamos dormindo, era estranho, mas naquela noite sonhei com seus grandes olhos verdes me encarando, era a primeira noite que eu sonhava com Kristen Stewart.