Fanfic: Falling in love for the last time | Tema: Robsten, Robert Pattinson, Kristen Stewart

P.O.V. KRIS

 Já era o dia da viagem, me arrumei rapidamente, ansiosa para não perder absolutamente nada, aSummit estava disposta a pagar toda a viagem, mas eu queria levar o meu carro sem ter que esperar para tê-lo, além do fato de uma viagem de carro ser algo bem excitante. Chamei Rob, Taylor e Nikki,que não queria ir, porque segundo ela de avião era bem melhor, mas bastou eu dizer que Rob iria pra ela mudar de ideia rapidamente, o que seria muito bom, porque agora não era apenas eu quem sabia dirigir, seria muito cansativo levar o carro sozinha a viagem inteira. Califórnia e Óregon eram coladas, mas estávamos na ponta deles, logo a viagem seria de doze horas de carro. A Summit ia levar tudo amanhã, inclusive as malas, então levamos apenas uma mochila de costas com roupas para uma noite e o começo do outro dia. Saímos às oito da manhã comecei dirigindo e Nikki foi ao meu lado, ela fazia questão de olhar para Rob que estava atrás de mim a cada meio minuto, eu me perguntava como estava Taylor que tinha uma queda por ela. Depois da primeira parada trocamos de lugar e agora quem dirigia era Nikki, mas Taylor me puxou em um canto e pediu para que eu o deixasse ir na frente e ficasse conversando com o Rob sobre qualquer coisa, pra ele ter sua chance com minha amiga, acatei seu pedido e me sentei no banco de trás.

 - Oi. – Eu disse a Rob.

 - Oi. – Ele disse sorrindo. – Cansada?

 - Um pouco. Você está animado com a ida à Oregon?

 - Sim. Eu gostava muito do meu apartamento de Los Angeles, mas tudo bem, talvez eu encontre algo bom lá em Oregon também.

 - Você tem onde dormir essa noite?

 - Não, vou ter que pagar um hotel.

 - Quer dormir no meu apartamento?

 - Você tem um apartamento? – Perguntou confuso.

 - Tenho, fui à Oregon com meus pais e nós visitamos alguns e eu escolhi um não muito longe dos sets de filmagem, meus pais já pagaram os três meses de aluguel.

 - Nesse caso eu aceito sim, alguém mais vai pra lá?

 - A Nikki.

 - Tsc. Pensei que seríamos só nós dois. – Ele disse num tom brincalhão e eu sorri.

 - Se você quiser ir outro dia em que eu esteja sozinha. A gente pode jogar vídeo game, comer chocolate, assistir filme, jogar twister.

- Jogar twister? Só eu e você? Parece bom. – Ele disse sorrindo e não pude deixar de notar nas malícias de suas palavras. O que me fez rir. – O que?

 - Você não presta.

 - Eu sei.

 Nós continuamos conversando enquanto Taylor e Nikki tinham sua própria conversa na frente, estávamos em pleno deserto de Death Valley, quando ouvimos um barulho estranho e o carro parou.

 - O que houve Nikki? – Perguntei.

 - Não sei. Vamos ali fora dar uma olhada.

 - OK.

Todos saímos do carro, levantei o capô e estava saindo fumaça do motor.

 - Rob, você entende de carros? – Perguntei esperançosa.

 - Eu não sei nem mesmo dirigir. – Ele disse como se fosse óbvio.

 - Kris, eu entendo alguma coisa de carro. – Disse Nikki. – Posso dar uma olhada, o Rob fica aqui comigo enquanto você e o Taylor vão procurar por ajuda.

 - É... Pode ser. – Concordei relutante.

 - Melhor eu ir com ela. – Rob disse à Nikki que fechou a cara na hora. – Ela e o Taylor são menores de idade, se eu for qualquer coisa que venha a acontecer eu me responsabilizo, o mesmo serve para você com o Taylor.

 - Você quem sabe. – Disse mal humorada.

 - Vamos Kris? – Ele me perguntou.

 - Vamos. – Respondi logo após.

 Rob e eu saímos em busca de alguma ajuda, levamos conosco uma garrafa d’água de dois litros que acabou em menos de duas horas, andamos pelo canto da estrada no meio daquele deserto sem fim. Eu estava sem dúvidas pagando todos os meus pecados, estava começando a temer o nome daquele local Death Valley (Vale da morte), meu Deus, não queria morrer assim, não dessa forma, tentei tirar esses pensamentos de mim e me concentrei na caminhada, nós evitávamos conversar para não ficar com mais sede, andamos e pra variar andamos mais um pouco.

 - Meu Deus! – Eu disse exausta. – Já faz quantas horas que estamos andando e não encontramos nada?

 - Umas duas horas. – Ele disse após olhar no relógio de pulso.

 - Você sabe que isso quer dizer que vamos levar mais duas pra voltar caso não encontremos nada, não sabe?

 - É por isso que temos que andar até encontrar alguém.

 - Não sei se vou agüentar por muito tempo, a minha cabeça está explodindo e a minha garganta está seca. – Eu disse enquanto parava e colocava a mão no coração que estava doendo.

 - O que houve Kris? Está passando mal mesmo? – Perguntou me olhando preocupado.

 - Sim. – Olhei para o horizonte e vi algo que me parecia um restaurante a duzentos metros. – Olha! – Eu disse apontando feito uma criança no dia de natal.

 - Parece um restaurante. – Disse empolgado.

 - Por favor, me diz que você trouxe dinheiro.

 - Eu trouxe dinheiro! – Disse sorrindo.

 - Quanto?

 - Uns 100 dólares.

 - Ótimo, vamos pra lá, agora!

 Segurei a mão de Rob e fui a passos largos até o lugar que a princípio parecia um restaurante, mas bastou nos aproximarmos pra notar que se tratava de um bar para motoqueiros.

 - Kris, não sai do meu lado tá bom? – Disse antes de entrarmos. – Lugares como esse só tem gente barra pesada, não quero me meter em confusão.

 - OK. Vamos entrar juntos, sentar discretamente em uma mesa no canto e conversar baixo sobre amenidades.

 - Essa é a minha garota. – Disse sorrindo. – Vamos.

 Nós entramos no bar, imediatamente vários motoqueiros mal encarados ficaram olhando fixamente para a gente, como quem perguntasse o que dois jovens americanos que nem mesmo tinham uma moto estavam fazendo ali, parecia que vínhamos de outro planeta. Segurei a mão de Rob firmemente e me escondi atrás dele, com medo dos caras. Rob me puxou para uma mesinha bem afastada e nós nos sentamos.

 - Vou ter que ir até lá para pedir algo, não olhe e nem fale com ninguém. – Ele disse em alerta.

 - OK. – Respondi prontamente.

 - O que você vai querer?

 - Água, muita água e alguma coisa pra comer, qualquer uma.

 - Tudo bem. Já volto.

P.O.V. ROB

 Fui até o balcão, pedi duas garrafas de 500 ml d’água e dois cheese tudo no capricho, a mulher preparou rapidamente, quando olhei para Kristen não me surpreendi ao ver um homem que aparentava uns quarenta anos, barbudo e com a barriga saliente conversando com ela, crente que estava jogando charme. Peguei nossos lanches e fui até ela.

 - Tá vendo aquela belezinha ali. – Ele apontou para alguma das motos do lado de fora e ela olhou. – É a minha menina, minha Ducati Superbike 1198 SP.

 - Com licença. – Eu disse

 O homem me olhou de cara feia.

 - Ele está comigo. – Kristen disse a ele. – É meu namorado.

 Hum, ela estava me apresentando como namorado, tudo bem que nesse caso era pra safar sua pele, mas mesmo assim, era legal ouvir isso dela.

 - Namorado? – Perguntou o homem levemente irritado. – O que você faz rapaz? Deve ter algo de especial para namorar alguém como Jeanne.

 Jeanne? De onde Kristen tirou esse nome?

 - Paul é um homem maravilhoso! – Disse Kristen, só algum tempo depois que saquei que Paul se era eu. Jeanne e Paul, esses nomes não me eram estranhos... O último tango em Paris! Espera. Kristen já assistiu a esse filme? Ela não podia! – Ele é policial e trabalha em operações de alto risco.

 - Então o rapaz sabe lidar com armas... – Disse coçando a barba. – Eu também sei, a gente tem que aprender na cadeia, senão não sobrevivemos.

 - Kri... Jeanne – Disse me corrigindo rapidamente. – Vamos embora? Temos que pegar estrada antes que anoitessa.

 - Não, fiquem aqui. Já são cinco horas, daqui há pouco escurece, eu e meus amigos vamos pegar estrada rumo à Nashville amanhã cedo, vocês dormem por aqui.

 - Mas é que a gente realmente tem que ir. – Disse Kristen se levantando.

 - Vocês ficam. – Disse autoritário segurando o pulso de Kristen fazendo com que ela caísse sentada.

 - Hei, tira a mão da minha namorada. – Eu disse autoritário.

 - Tá pensando que está falando com quem Playboyzinho? – Perguntou irritado e se levantando da cadeira chamando atenção de todos para nós.

 - Algum problema aí James? – Perguntou um dos caras mal encarados.

 - Deixa que eu resolvo isso aqui.

 Ele pegou os cheese tudo da minha mão e jogou no chão, pisando em ambos em seguida.

 - Hei. – Disse Kristen se levantando revoltada. – Tem noção do quanto andamos pra encontar algum lugar para nos alimentar? E quando finalmente achamos você vem e joga nossa comida no chão? De jeito nenhum, pode pagando outro.

 De repente o homem começou a gargalhar, de ficar vermelho, todos no bar fizeram o mesmo.

 - Acha mesmo que EU vou pagar outro lanche para vocês? Ainda mais com você sendo grossa desse jeito? Vê se estou na esquina garota.

 - Não, quem está lá é a sua mãe. – Arregalei os olhos a ponto deles quase saltarem de meu rosto. Onde Kristen estava com a cabeça pra falar aquilo?

 - Não fala da minha mãe sua piranhazinha. – Ele disse ficando cego de ódio e agarrando o pescoço de Kristen com força.

 - Solta ela. – Gritei socando inutilmente suas costas. Peguei a chave da moto de seu bolso, num último caso iria ameaçá-lo ou algo assim.

 Dois caras me seguraram e me jogaram para fora do bar, em seguida Kristen que caiu dando cambalhota pela estrada de terra, corri até ela e a segurei firme em meus braços analisando seu rosto que estava sangrando.

 - Você está bem? – Perguntei.

 - Sim. – Disse tranquila. – Meu rosto está queimando um pouco, só isso.

 - Está machucada. Vou lá, acabar com eles. – Disse furioso.

 - Não, vamos embora, não quero mais briga, por favor. – Ela disse parecendo realmente exausta.

 - Tem certeza? Eu posso ir até lá e...

 - Rob, por favor, eu só quero encontrar o Taylor e a Nikki, depois descansar um pouco.

 - Hei. – Eu disse pegando a chave da moto do valentão do bolso. – Vamos embora.

 - Eu não sei pilotar motos.

 - Mas eu sei. – Eu disse sorrindo e ela retribuiu sorrindo também, como quem pensasse a mesma coisa que eu.

 Corremos até a moto, ela subiu na minha garupa, liguei e saí arrastando pneu.

 - Rob. – Ela me chamou.

 - Oi?

 - Estão atrás da gente, acelera aí.

 Olhei pelo retrovisor e lá estavam, sei motos há uns 400 metros de nós, acelerei e depois de uns dois minutos chegamos no fim daquele maldito deserto, entrei em uma pequena cidade há quase 300 por hora, ela tinha pequenas ruas, fui entrando em cada uma delas, aproveitei o fato deles ainda não terem entrado para estacionar a moto atrás do tanque de lixo, como estavam muito rápido passaram direto. Esperamos mais um pouco, depois saímos para procurar um mecânico, coisa que realmente viemos fazer, tinha apenas um na pacata cidade que aceitou na hora nos ajudar, disse que nos levaria de carro, então deixamos a moto em sua oficina, o grandão com certeza a acharia em breve.

 O mecânico ficou com pena de nosso estado e nos levou para sua casa que ficava em cima da oficina, comemos e bebemos, depois ele nos levou para o deserto onde Nikki e Taylor nos esperavam, dentro de uma hora em média já estávamos lá.

 - Onde vocês foram criaturas? – Perguntou Nikki saindo do carro desesperada. – Eu já estava entrando em pânico aqui! Pensando que vocês tinham morrido sei lá.

 - Sem exagero Nikki, por favor. – Kristen disse. – Eu disse que traria ajuda, eu trouxe.

 - Onde vocês foram? – Taylor perguntou saindo do carro em seguida. – E por que o seu rosto está machucado Kristen?

 - É uma longa história. – Ela respondeu.

 O mecânico concertou o maldito carro rapidamente e Nikki voltou a dirigir já que Kristen estava exausta, nós fomos dormindo no banco traseiro e só acordamos quando finalmente chegamos à Oregon, essa definitivamente tinha sido a viagem mais louca da minha vida!