Fanfic: Falling in love for the last time | Tema: Robsten, Robert Pattinson, Kristen Stewart

P.O.V. KRIS

 Eram apenas sete horas da manhã, mas o sol parecia tão, mas tão brilhante que mais parecia meio dia. Após tomar meu banho, desci as escadas lentamente na intenção de não acordar meus pais, eles sabiam que hoje seria minha audição na casa de Catherine, então não levaria um susto ou nada do gênero ao não me ver em casa quando acordarem. Não demorei muito para chegar, Catherine atendeu a porta prontamente, acho que ela já me esperava.

 - Oi Kris. – Disse sorridente e me dando um belo abraço em seguida. – Como você vai?

 - Bem. – Respondi sorrindo. – E quanto a você?

 - Estou ótima também, entre.

 - Claro.

 Entrei em sua casa e me sentei em seu sofá, porque ela disse que eu podia é claro.

 - Me diga, como vai o seu namoro com o Michael?

 - Bem, como sempre.

 - Faz um bom tempo que não o vejo, mas agora que vamos trabalhar juntas acho que vou reencontrá-lo.

 - Oportunidades não faltarão, mas agora me responda, quando os caras vão começar a chegar?

 - Daqui a dez minutos, quer um cafezinho enquanto isso?

 - Eu até aceitaria, mas escovei os dentes para beijar os caras e se eu tomar café sei que vou arruinar tudo.

 - Ah sim, aceita um pouco d’água então?

 - Água eu aceito sim.

 Catherine trouxe um copo para mim e nós ficamos conversando por mais algum tempo até o primeiro cara chegar, seriam quatro selecionados. A campainha tocou quando estávamos em um empolgado diálogo sobre o último episódio de 30 rock, eu apenas dizia o quanto a atuação de Tina Fey estava maravilhosa, enquanto Catherine babava em Alec Baldwin, sim, ela tinha uma queda por ele.

 - O assunto está ótimo Kris, mas tenho que atender a porta, você fica com a ficha do candidato. – Ela disse me entregando um papel que comecei a ler, lá tinha seu nome, idade, de onde veio e seus trabalhos anteriores.

 Li atentamente enquanto ele conversava com Catherine, era um rapaz bonito, com a voz firme e muito seguro de si, não sei, mas só de olhar para ele eu simplesmente já não conseguia ver o que Edward representava, ele era bom demais para um cara como aquele, um cara exibido demais, seguro demais, carismático demais e normal demais, Edward era depressivo, tímido, romântico e fechado, mas ainda era cedo pra dizer qualquer coisa, porque eu também não era muito parecida com Bella, ele era um ator e atores fabricavam emoções, eu teria que ver seu desempenho antes de julgá-lo.

 Catherine, nos apresentou e nós começamos a atuar e quando terminamos eu tive a certeza da minha desconfiança inicial, ele não servia para ser o Edward, Catherine apenas disse que caso ele fosse o escolhido ela entraria em contato em menos de uma semana.

 - Ele vai ser contatado por você? – Perguntei quando ele foi embora preocupada.

 - Acho que não. – Ela disse com uma cara de pavor.

 - Que bom. – Eu disse.

 - Vou ver se o próximo está aqui, quer algum tempo antes de eu chamá-lo?

 - Não, pode pedir para entrar.

 O próximo cara veio, era melhor que o primeiro, mas ainda não era exatamente o que estávamos procurando, o terceiro a mesma coisa, eu já estava começando a ficar preocupada porque caso o quarto fosse a mesma coisa que os outros provavelmente Catherine escolheria o que ficou menos pior e todas as pessoas que já leram o livro ficariam tão decepcionadas quanto eu ficarei caso um desses seja o escolhido.

 - Todas as nossas esperanças estão nesse último cara. – Disse Catherine.

 - O que você vai fazer caso ele seja como os outros?

 - Vou pedir algum tempo pra Summit, caso eles liberem vamos ter que começar com as buscas por um cara bom o suficiente.

 - Mas e se eles não liberarem?

 - Vai ter que ser um deles, depois quando qualquer coisa dá errado no filme a culpa é do diretor, o problema é que estão me apressando muito.

 - Acho que estamos nos desesperando antes do tempo, vamos ver esse quarto cara, vai que ele é bom.

 - Vamos torcer por isso, vou ver se ele chegou, toma a ficha. – Ela disse me entregando os papéis.

 Seu nome era Robert Pattinson, tinha 21 anos, ele era inglês e seus trabalhos eram: A maldição do anel, Feira das vaidades, Harry Potter e o cálice de fogo e Harry Potter e a ordem da Fênix, hum, Harry Potter não era pra qualquer um, talvez ele fosse melhor que os outros.

 - Ai Kris. – Ela disse entrando na sala.

 - O que Cath?

 - Ele não chegou.

 - Vamos espera-lo.

 - Mas se ele já está atrasando antes mesmo de começar a trabalhar, imagine quando começar. Não podemos trabalhar com um cara irresponsável.

 - Vamos esperar mais alguns dez minutos, não temos nada a perder e além do mais, nossas atuais opções não são lá das melhores, então não custa nada esperar.

 - Quer saber, você tem razão, vamos esperar, mas só dez minutos.

 - OK.

 Quinze minutos haviam se passado e nada dele chegar, eu estava enrolando Catherine para que ela não percebesse a hora, eu queria e muito fazer o teste com esse cara, porque além de ser nossa última esperança, algo me dizia que eu tinha que fazer o teste com ele. Minhas expectativas de manter Catherine alheia ao tempo foram frustradas quando ele olhou seu relógio de pulso.

 - Kris, já se passaram dezesseis minutos, eu tenho que resolver umas coisas daqui há uma hora, não dá mais pra esperar ele não.

 A campainha tocou e eu sorri para ela.

 - Acho que ele chegou.

 - Você quer fazer o teste com esse cara? Ele está atrasado e isso não é lá uma das melhores impressões, veja bem no que estamos nos metendo.

 - Vou fazer o teste Cath, e além do mais ele cruzou oceanos provavelmente só pra fazer esse teste, seria muita crueldade não deixarmos que ele o fizesse por apenas dezesseis minutos de atraso.

 - Nossa Kris, você fez eu me sentir um monstro agora, vamos fazer esse teste então. – Ela disse indo até a porta.

 Quando Catherine abriu meus olhos procuravam curiosa pelo britânico que ali estava, era um cara alto, bem alto, com um corpo de um homem normal, magro, mas não muito, braços longos e levemente fortes, mãos grandes, cabelos desgrenhados em um tom meio chocolate, meio loiro escuro, com mexas mais claras que outras, mas estava claro que era natural, não tintura, eu não via seu rosto, pois ele olhava para baixo, tímido, era fofo, mas seria legal ver seu rosto.

 - Aqui é o teste para o filme crepúsculo? – Ele perguntou olhando para Catherine timidamente.

 - Sim, você é o Robert?

 - Sou.

 - Robert, antes de qualquer coisa, quero deixar bem claro que por mim você já estava fora e nem mesmo faria esse teste, porque se tem uma coisa que eu não admito é atraso, eu gosto de pontualidade, então caso seja selecionado para o papel, não quero que isso se repita, caso contrário vou descontar do seu salário, estamos entendidos? – Ela perguntou séria.

 - Sim. – Respondeu prontamente. – Meu voo atrasou dez minutos, me perdoe.

 - Tudo bem.

 - Obrigado por considerar.

 - Agradeça à Kristen, foi ela quem pediu por você.

 Robert olhou para mim e pela primeira vez consegui ver seu belo rosto, além de bem alto ele também era bem bonito, era importante frisar, tinha um belo par de olhos azuis acinzentados e os traços firmes, assim como Edward, de todos que vieram, fisicamente ele era o que mais se parecia com Edward e pelo pouco que vi de sua personalidade acho que ele é bem parecido com o mesmo em alguns outros aspectos.

 - Obrigado. – Ele disse.

 - Não foi nada. – Respondi prontamente.

 - Bom, sem mais delongas, vamos começar a audição? – Perguntou Catherine empolgada.

 - Vamos. – Respondi.

 - Está pronto Robert? – Perguntou Catherine.

 - Sim.

 Catherine nos levou para seu quarto e nós nos sentamos em sua cama.

 - Estou sentindo uma tensão bem forte entre vocês. – Disse Catherine antes mesmo de falarmos uma linha. – Isso é incrível, vou até ligar o rádio pra vocês relaxarem um pouco.

 Ela pôs em uma estação que estava tocando sucessos dos anos 80, Robert e eu começamos a passar as falas e tudo corria normalmente, até que chegou a hora do beijo, ele parecia tão nervoso, como quem não fazia a mínima ideia de como ia fazer aquilo. O rádio que até então só tinha tocado músicas animadas tocou Don’t dream it’s over do Crowded house. Fingi não perceber e continuei esperando que Robert me beijasse, ele se aproximava lentamente, muito lentamente, eu já estava ficando muito impaciente com isso, então coloquei as mãos em seu rosto e o puxei para um beijo (Técnico é claro), confesso que senti algo bom em mim, seus lábios eram tão macios quanto uma pétala de rosa e sua boca tinha gosto de whisky, era algo viciante, eu simplesmente não podia parar, nós fomos nos deitando na cama de Catherine lentamente, Robert estava em cima de mim e o beijo estava ficando cada vez mais intenso, mas ele caiu da cama desconectando nossos lábios. Fiquei na ponta da cama para ver se ele estava bem e sim, ele estava, eu ia começar a rir, mas ele puxou meu braço, eu caí em cima dele, que pôs a mão em minha nuca me puxando em direção a sua boca novamente, nós ficamos nos beijando por mais algum longo tempo, eu não tinha coragem de parar e ele também não, então Catherine teve que interromper pigarreando alto.

 - Nossa. – Ela disse quando paramos. – Vocês parecem duas máquinas, pensei que não iam mais parar de se beijar.

 - Você gostou Cath? – Perguntei.

 - Se eu gostei? Eu amei! Robert você é incrível, a interação de vocês dois é incrível.

 A campainha tocou antes que pudéssemos responder algo a Catherine.

 - Meu Deus! – Disse ela. – Essa campainha não parou hoje, já volto crianças, se comportem.

 - Tudo bem. – Respondemos juntos.

 Catherine saiu e eu olhei para Robert que me encarava meio sem graça.

 - Seu beijo tem gosto de whisky. – Eu disse sorrindo.

 - E isso é muito ruim?

 - Não, é bom.

 - A seu tem gosto de hortelã.

 - Pasta de dente.

 -Ah, eu escovei meus dentes em Londres, mas bebi durante o voo e já estava atrasado pra chegar aqui então nem deu tempo de escovar novamente.

 - Tudo bem, você veio pra cá só pelo teste?

 - Pra te conhecer também, na verdade foi mais pra te conhecer, porque não tenho muitas esperanças de passar mesmo.

 - Por que não tem esperança

 - Porque com tanto cara bom por aí, por que iam me escolher?

 - Porque você é um cara bom e pra ser sincera pra mim você já é o Edward, aqueles caras que vieram antes não são tão bons quanto você.

 - Obrigado.

 - De nada. Por que você veio pra me ver? Você já me conhecia?

 - Sim, eu acompanhava o seu trabalho, você é incrível.

 - Obrigada.

 - Kris. – Disse Catherine chegando no quarto.

 - Oi?

 - O Cameron veio te buscar.

 - Já vou.

 - OK.

 - Era ele na campainha?

 - Não, minha vizinha pedindo ovos.

 - Robert. – Eu disse o chamando.

 - Oi?

 - Você tem Skype?

 - Sim.

 Peguei uma caneta e um pedaço de papel no criado mudo de Catherine e anotei o meu.

 - Aqui, esse é o meu, me adiciona se quiser. – Eu disse sorrindo.

 - Pode deixar. – Ele disse simpático.

 - Tchau.

 Dei um beijo em sua bochecha e saí.

POV ROB

Eu tinha acabado de beijar Kristen Stewart e ela pediu meu Skype, o melhor de tudo? Não foi um sonho! Aquilo nem parecia verdade, há tantos anos eu acompanhava seu trabalho desde o inicio e agora eu tinha a oportunidade de trabalhar com ela e de ser seu amigo pessoal, isso parecia bom demais.

 Assim que Kristen saiu fui para a sala para me despedir de Catherine que me olhou de rabo de olho e sorriu.

 - O que foi? – Perguntei.

 - Espere um segundo. – Ela disse.

 Catherine foi até seu quarto e voltou com uma bíblia em mãos e pôs em cima da mesa.

 - Robert, eu percebi o clima entre vocês dois lá dentro, foi algo bem nítido, mas espero que saiba que aqui no nosso país é preciso ter dezoito anos para ser maior de idade, Kristen é menor, então como não quero você preso quero que você jure, diante dessa bíblia que não vai ter nada com a Kris enquanto ela não puder legalmente.

 - Se é importante pra você, OK, eu prometo, mas não acho que eu e Kristen vamos ter alguma coisa, porque ela tem um namorado de longa data, não é?

 - Sim, mas nunca se sabe.

 - Catherine, vou embora agora, tudo bem?

 - Sim, se você for selecionado vou te mandar um e-mail em até uma semana.

 - Tudo bem.

 Saí de seu apartamento e lá estava Tom, sentado em uma das cadeiras do corredor me esperando.

 - Vamos embora? – Perguntei.

 - Vamos. – Ele respondeu. – Vi a Kristen passando por aqui agora pouco.

 - O que achou?

 - É bonita.

 - Sim, ela é.

 - Mas Rob, agora preciso te fazer uma pergunta importante.

 - Qual?

 - Onde nós vamos dormir?

 - Num hotel, por minha conta.

 - Ah sim, então tá bom.

 - Vamos logo.

 Nós fomos para o centro de Los Angeles, jantamos em um restaurante local, depois fomos para o hotel mais barato que achamos, de manhã nós voltaríamos para Londres e eu teria que esperar uma longa semana para saber se o papel seria meu.