Fanfic: Falling in love for the last time | Tema: Robsten, Robert Pattinson, Kristen Stewart

P.O.V. KRIS

 Eram onze e quarenta da manhã quando acordei, estava dormindo de conchinha com ele, nunca havia dormido daquela forma com ninguém e não fazia ideia do quanto àquilo era bom, eu não estava com um pingo de vontade de levantar, mas não queria estar lá quando ele acordasse, eu iria embora e quando nos víssemos novamente seria como se nada tivesse acontecido, me levantei, limpei os cacos de vidro do chão antes que ele pisasse quando acordasse sonolento, depois fui para casa, ao chegar meus pais já haviam saído pra trabalhar e meus irmãos estavam almoçando.

 - Bom dia. – Eu disse.

 - Bom dia. – Responderam juntos.

 - Por que vocês não foram à festa do Taylor? – Perguntei.

 - Nós fomos. – Disse Cameron. – Você tinha ido levar o Rob em casa, mas sabe o que é mais engraçado?

 - O que?

 - O Michael nos disse que você não ia voltar porque segundo você, o papai te viu perto de casa e te chamou pra entrar, mas o curioso é que quando chegamos em casa ele nos disse que você tinha ido dormir na casa da Nikki, no entanto o Taylor comentou que a Nikki saiu mais cedo porque a mãe dela tinha passado mal. Agora quero que você seja sincera, porque o papai não sabe de nada disso, e vai continuar sem saber, basta você dizer a verdade.

 Inferno! Eu era uma idiota mesmo, fui trair meu namorado e agora teria que confessar tudo para meus irmãos, eles iam achar que eu era uma vadia.

 - OK, mas primeiro vocês vão ter que prometer que não vão contar pros meus pais e muito menos pro Michael.

 - Kristen, você não está em posição de negociação. – Disse Dana.

 - Tá bom, eu conto.

 - Pode começar.

 - Ontem eu fui à festa com a Nikki, ela ficou lá tentando desenrolar o Rob enquanto eu fiquei conversando com um ex colega de classe que encontrei por lá, mas ela teve que ir embora, então eu fiquei com o Rob... Literalmente.

 De repente os três arregalaram os olhos.

 - O inglês? – Perguntou Taylor.

 - Sim.

 - Meu Deus do céu! – Disse Dana. – Não diz que você dormiu no apartamento dele.

 - Eu dormi no apartamento dele.

 - Vocês... – Disse Cameron assustado e com medo da minha resposta.

 - Não, nós não transamos.

 - Kristen, você nunca traiu o Michael com todo esse tempo de relacionamento, mas que diabos passou pela sua cabeça?

 - Eu não sei. – Disse na defensiva. – Acho que senti uma atração, não faço ideia do que dá em mim, mas o fato é que toda vez que estou perto dele sinto uma vontade quase incontrolável de beijá-lo e isso está me matando por dentro, não fazem ideia do quanto.

 - Você tem que parar de ficar o dia inteiro na casa dele.

 - Não dá, é mês de adaptação, vou ter que vê-lo todos os dias.

 - Então seja forte, porque não vale à pena deixar o Michael que te ama e te respeita por alguém que você conheceu há três meses.

 - Eu sei, mas vai dizer isso pro desejo que eu tenho por ele.

 - Só tenho uma coisa a dizer maninha. – Disse Taylor. – Não queria estar na sua pele.

 - Fica tranquila. – Disse Dana. – Não vamos contar a ninguém sobre isso.

 - Obrigada.

 - Mas você tem que ser fiel ao Michael novamente.

 - Vou ser.

 - Ótimo, quando terminarmos de almoçar, vou trabalhar. – Disse Cameron. – O Dana e o Taylor vão passar o dia na faculdade, o papai e a mamãe só vão chegar à noite, então se comporte.

 - Vou me comportar. – Garanti.

P.O.V. ROB

 Quando acordei percebi que faltava algo por ali, é claro, faltava Kristen, ela havia dormido comigo não havia? Ou se tratava apenas de um sonho bom? Eu estava torcendo para que não fosse, eu achava que não, pois seu cheiro ainda estava em mim, mas pra ter certeza desci até a cozinha, no entanto os cacos de vidro não estavam no chão, meu Deus! Estou ficando louco, olhei na lixeira para ter certeza e para minha felicidade tudo era real! Sorri feito um idiota, por que eu estava tão feliz? Será que tinha a ver com a madrugada maravilhosa que passei junto à ela? Provavelmente sim, nenhuma outra garota tinha me deixado tão estúpido quanto aquela menor de idade. O único problema era, por que ela foi embora? Será que não gostou? Mas não faz sentido, se não foi bom pra ela, por que não parou? Talvez seu pai tenha ligado, ou quem sabe seu namorado, ah, ela tinha um namorado. Será que ela ia querer me beijar de novo ou foi só por uma noite? Ai Kristen, por que você não me deixou nem mesmo um bilhete pra dizer qualquer coisa? Por que você tinha que agir feito uma americana e não dar o mínimo pras coisas?

 Meu celular tocou interrompendo meus pensamentos. Era ela, eu estava nervoso.

 - Alô. – Eu disse ao atender.

 - Oi Rob, bom dia. – Ela disse como quem não tinha saído da minha casa sem dar explicações.

 - Por que você não me disse que não ia sair hoje mais cedo? – Eu disse sem enrolação.

 - Sem cobranças Rob, sem cobranças.

 - Desculpa.

 - Tudo bem, a gente vai ensaiar hoje, não vai?

 - Sim, claro, que horas você vem?

 - Hoje todos da minha família só vão estar de volta as onze, pensei de você vir pra cá.

 - Mas seus pais não vão se importar?

 - Acho que não, mas ainda que se importem, não vão estar aqui.

 - OK, então eu vou que horas?

 - Pode ser agora, já almoçou?

 - Não.

 - Eu também não, vem pra cá e a gente almoça junto.

 - Tudo bem, mas me dá o número da sua casa, porque só sei a rua.

 - É a 1036.

 - Estou indo então.

 Encerrei a chamada e tomei um banho rápido em seguida, fui até sua casa de bicicleta, sei que não era muito necessário já que sua casa era na rua ao lado, não demorei muito para encontrar a enorme residência, que fazia a casa dos meus pais parecer uma porcaria qualquer, toquei o interfone e depois de algum tempo alguém atendeu, acho que era Kristen.

 - Quem é? – Perguntou.

 - É o Rob.

 - Oi Rob. – Ela disse empolgada. – Espera. – O portão fez um barulho e começou a abrir. – Abriu?

 - Sim. – Respondi.

 - Pode entrar.

 - OK.

 Peguei minha bicicleta e entrei, Kristen veio na minha direção em meio ao quintal, sua casa estava distante. Kristen usava uma blusa do Pikachu, além de linda gostava de Pokémon, queria que eu me apaixonasse mesmo.

 - Estou me sentindo um mendigo. – Eu disse.

 - Por quê? – Perguntou confusa.

 - Olha a sua casa!

 - Tsc, isso não é nada.

 - NADA?! Tá de brincadeira né?

 - Não.

 - Quantos carros tem aqui?

 - Oito.

 - O que?! – Isso era humilhação, sério mesmo, meu pai tinha um, muito do velho que era da família inteira.

 - São quatro dos meus pais e um pra cada filho.

 - E eu aqui com a minha humilde bicicleta.

 - Para com isso, ficar se colocando pra baixo, coisa de gente besta.

 - O Michael tem carro? – Perguntei.

 - Do que importa?

 - Ele tem carro?

 - Tem, uma Land Rover.

 - Nova?

 - Desse ano.

 - Hum... Por isso que você gosta dele?

 Ela me encarou como quem não acreditasse no que acabara de ouvir e na mesma hora me arrependi de ter perguntado.

 - Claro que não, se eu quiser meus pais me compram uma dessas, mas eu escolhi meu mini cooper

 - Se eu quiser meus pais me compram uma bike novinha, mas só no natal. – Eu disse tentando descontrair

 Ela riu e deu um soco em meu braço.

 - Seu idiota.

 Dentro de pouco tempo chegamos, deixei minha bicicleta na varanda e nós entramos, a casa por dentro era ainda mais bonita, que humilhação, eu nunca mais deixaria Kristen entrar em meu apartamento, eu sabia que isso era mentira, mas era conveniente de ser pensado no momento.

 - Kris, sobre ontem, eu...

 - O que aconteceu ontem? – Ela perguntou se fazendo de desentendida, aquilo me magoou, eu ali todo feliz por nós e ela se fazendo de desentendida.

 - Então pra você não significou nada?

 - Não me olha desse jeito. – Disse derretida. – Rob... Foi incrível o que rolou entre nós, mas...

 - Por que “mas”? Não precisamos de “mas”.

 Segurei sua cintura e a puxei para mais perto de mim.

 - Rob, não. – Ela disse sem forças

 Dei um selinho em sua boca e ela ficou me olhando intensamente, da mesma forma que ontem.

 - Rob, eu tenho o Michael. – Ela disse.

 - Ele não precisa saber, minha boca é um túmulo.

 - Mas eu vou saber, não vou traí-lo.

 - Você já o traiu.

 - Rob, nós somos amigos, se ficarmos desse jeito vamos estragar tudo.

 - Mas quem disse que uma coisa precisa terminar pra que a outra comece?

 - Rob, sério, não vamos fazer mais nada, eu não quero.

 - Vou respeitar sua decisão, mas espero que esteja ciente de que não é isso que você quer.

 - Do que você está falando?

 - Você pode enganar qualquer um, menos a si mesma.

 - Rob, vamos comer? – Perguntou saindo de perto de mim e mudando de assunto. – A comida está pronta.

 - Vamos.

 Nós fomos até a sala de jantar também enorme onde a comida estava organizada, tinha muita variedade e muita quantidade, ao menos nisso sua casa lembrava a de minha mãe. Nos sentamos e comer.

 - Vamos subir? – Kristen perguntou ao terminarmos.

 - Você não vai tirar a mesa? – Perguntei.

 - Pra isso tenho uma empregada.

 - Eu nunca tive uma empregada, qual é a sensação?

 - Sei lá, é só uma empregada, para de enrolar, vamos trabalhar.

 - Vamos, mas onde?

 - No meu quarto.

 Olhei para ela com uma cara maliciosa, mas ela apenas me ignorou e nós subimos até o segundo andar, Kristen me levou até seu quarto que era diferente do resto da casa, não que não fosse bonito, só não era requintado e era bem grande, reconheci imediatamente a parede cheia de pôsteres que ficava de frente pro notebook, era a parede que eu via pelo Skype. Kristen fechou a porta, pegou o script em cima da escrivaninha e se sentou em sua cama.

 - Trouxe o seu script? – Ela perguntou.

 - Sim. – Eu disse o tirando de minha mochila.

  Nós começamos a ensaiar e quando era de tarde paramos para lanchar, retornamos aos ensaios, depois das sete já estávamos cansados e não queríamos mais trabalhar, então ficamos jogando guitar hero, Kristen conseguia virar com altas pontuações as músicas mais difíceis do expert e isso na guitarra.

 - Não consigo fazer isso. – Confessei.

 - É a sua vez, quero que toque na mesma dificuldade.

 - Só jogo no difícil.

 - Tá amarelando? – Perguntou me provocando.

 - Não.

 - Então joga.

 - Não vai rir de mim?

 - Ah qual é? Ao menos você sabe tocar uma guitarra de verdade.

 - Tá bom então, vamos lá.

 Kristen escolheu o nível três do expert e eu comecei a tocar, não fiz altas pontuações, mas consegui virar.

 - Vou pegar o vídeo game do quarto do meu irmão, ele tem os melhores jogos. – Disse Kristen.

 - Melhor não Kris. – Eu disse. – Não mexe nas coisas dele.

 - Ele não se importa.

 - Não, vamos jogar Mortal Combat.

 - Tá bom, mas já vou avisando que sei uns especiais bolados. – Ela disse.

 - Ah é? Pois eu sei uns incríveis também.

 - Então que vença o melhor.

 - Beleza.

 Nós começamos a jogar, Kristen estava com um que era bloqueado, sério? Não era justo, mas eu não precisava daquilo, eu ia ganhar. Estava muito difícil para ambos, mas ela mandou um especial que acabou comigo, no segundo round eu ganhei com muito esforço e no terceiro ela venceu com aquele mesmo especial.

 - Haha. – Ela disse se exibindo. – Ganhei.

 - Ah é? Me libera um desses bloqueados pra gente ver quem é melhor.

 - Tudo bem, você não vai ganhar mesmo.

 Kristen escolheu o seu e deixou que eu escolhesse um dos outros bloqueados, escolhi um que Tom sempre jogava que era muito bom.

 - Hum, boa escolha. – Ela disse enquanto desbloqueava para mim.

 A disputa foi ainda mais acirrada, ela ganhou o primeiro round, mas eu ganhei os outros dois.

 - E aí? Quem não ia ganhar mesmo? – Perguntei a provocando.

 - Seu idiota.

 Ela começou a me bater e nós caímos no chão, eu caí na verdade, ela apenas caiu em cima de mim, o problema – ou a solução – mesmo foi quando nossos olhares se cruzaram, nós estávamos muito perto e aquela distância não podia nos impedir de absolutamente nada, nós íamos nos beijar, íamos.

 - Kristen, cheguei. – Disse seu pai abrindo a porta do quarto. – Que isso? – Perguntou espantado.

 - P...Pai. – Disse Kristen se levantando. – Você não ia chegar onze horas?

 - Ia, mas resolvi tudo antes do tempo e não tenta me enrolar. – Ele parecia nervoso. – Quem é você? – Agora ele estava falando comigo.

 Me levantei do chão e estendi a mão simpaticamente.

 - Sou o Rob.

 - Não me importa quem diabos você é. O que estava fazendo com a minha filha em cima de você?

 - Ela caiu. – Eu disse abaixando a mão. – Mas eu caí primeiro.

 - E ela caiu justamente em cima de você.

 - Sim, ela me bateu e nós caímos, juro que não era nada que o senhor estava pensando.

 - Era sim. – Disse Kristen. – No que te interessa?

 - Hei, olha como fala comigo.

 - Pai, por favor né? Eu tenho namorado, o senhor acha mesmo que eu estava o traindo?

 - Não sei, vocês jovens são tão... Sei lá, modernos.

 - Não a esse ponto, Rob é um amigo meu, por favor, seja educado e o cumprimente

 - OK. – Ele disse meio relutante. – Prazer em conhecê-lo Rob, meu nome é John.

 - Prazer em conhecê-lo. – Nós apertamos as mãos.

 - Vocês vão ficar aqui? – O pai dela perguntou.

 - Sim papai, nós vamos.

 Ele saiu e Kristen ficou parada me olhando.

 - Onde paramos mesmo? – Perguntou.

 Dei uma banda nela e fiquei sobre seu corpo, então ela virou o jogo me imobilizando com extrema facilidade e rapidez, não conseguia nem mesmo me mexer.

 - Calma, calma. – Eu disse. – Só mostrei onde paramos.

 - Desculpa. – Ela disse me soltando. – É só o meu instinto de defesa.

 Me levantei e a ajudei a levantar, nós jogamos mais um pouco, eu a ganhava na maioria das vezes, quando eram dez horas achei melhor ir para casa.

 - Quer que eu te leve? – Kristen perguntou.

 - Eu vim de bicicleta e além do mais a minha casa é na rua ao lado.

 - É verdade, vou te levar até o portão.

 - OK.

 Nós fomos até o portão, luzes dos postes que ficavam estrategicamente no quintal iluminavam o caminho até lá.

 - Tchau. – Ela disse ao chegarmos.

 - Tchau. – Demos rápidos e tímidos beijos no rosto e eu fui para casa.

 Todo o resto das próximas duas semanas passou assim, eu não sabia mais ao certo se Kristen me queria ou não, ela era tão confusa, certos momentos eu poderia jurar que queria, já em outros que não. Aquilo estava me enlouquecendo porque gostava muito dela, a cada dia mais, em certas horas eu até me sentia mal por toda essa situação, eu sabia que tinha que fazê-la ser minha, ou tirá-la de vez do meu coração, porém as duas coisas pareciam impossíveis, esse era o grande problema.