Fanfic: Perigoso Amor (Adaptada) ❥ Vondy ❥ | Tema: Vondy

— Está testando os limites da minha paciência — ele replicou, tocando gentilmente um

ponto dolorido na testa dela.

— Não me toque! — ela reagiu, erguendo o braço com dificuldade para afastá-lo.

Ele meneou a cabeça, fazendo ondular os cabelos sedosos.

— Sempre foi assim tão sensível? Pensei que a pancada na cabeça a tivesse feito

recuperar o bom senso.

— E eu esperava que o golpe que lhe acertei o nocauteas-se por um tempo razoável.

Mas vejo que tem a cabeça mais dura que casco de cavalo. Da próxima vez, escolherei uma

pedra maior.

— Não haverá próxima vez, moça. E melhor desistir.

Dul mordeu o lábio para se impedir de continuar falando. Se mantivesse silêncio, talvez

pudesse retomar o plano original, ou ao menos parte dele. O pensamento era razoável, mas a

tênue esperança se dissipou ante a determinação estampada na face do Uckermann.

— Não aceitarei ordens de alguém como você — ela alertou, teimosa.

Ele balançou a cabeça, como se não soubesse mais o que falar para acalmá-la.

— Recolha as garras — disse, sentando-se. — Quem sabe podemos entrar em um

acordo?

— Não faço acordos com o diabo.

— Não sou o diabo, moça — ele garantiu com um sorriso condescendente. — Sou

simplesmente um homem. — Em um gesto inesperado, pegou a mão dela e a encostou sobre o

coração. — Está vendo? Sou de carne e osso como você.

Dul fitou os olhos azuis e, por um instante, a raiva cedeu. Ao tomar consciência de que

sua mão ainda repousava sobre o peito dele, puxou o braço.

Agora tinha certeza de que se tratava de um ser demoníaco, pois só a encarnação de Satã

conseguiria tentá-la assim.

— Deixe-me só, Uckermann.

— Pode me chamar de Christopher.

— Prefiro chamá-lo por seu nome verdadeiro: Lúcifer! Ela lutou para se levantar e

conseguiu. O movimento,

contudo, aumentou a dor na cabeça e a fez ficar tonta, turvando-lhe novamente a visão.

Dul cerrou os olhos, implorando a Deus para lhe dar força... mas ela não veio.

— Por que é tão teimosa? Está machucada.

— Não! — ela gritou quando ele estendeu os braços para ampará-la.

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