Fanfic: A garotinha cresceu.

Depois de algum tempo calados respirei fundo e perguntei calmamente.

-Seus pais te deram o carro?

-Não, eu comprei.

-Hum, então você trabalha.

-Digamos que sim.

-Trabalha com o que?

-É complicado.

-Tudo bem se não quiser falar.

-Eu prefiro assim, é porque não é nada muito certo, por enquanto.

-Entendi, mas você mora com seus pais né?

-Só com meu pai, minha mãe morreu quando eu tinha sete anos.

-Sinto muito.

-Tudo bem, já faz muito tempo... Você mora com seus pais?

-Com minha mãe e meu irmão. Meus pais são divorciados, meu pai se casou de novo com uma garota de vinte e três anos, minha mãe continua sozinha.

-Entendi, deve ter sido difícil pra você e seu irmão aceitarem isso.

-Um pouco, eu tinha dez anos e meu irmão quinze.

-Sinto muito pelo divorcio dos seus pais.

-Tudo bem.

Ficamos calados novamente, em poucos minutos ele estacionou com habilidade a duas quadras do cinema, descemos, camihamos lado a lado depois que ele ativou o alarme do carro, mantivemos uma distancia de um braço entre nós. Assim que entramos ele comprou as entradas após inssistir muito para pagar a minha cedi. Ele comprou uma lata de refrigerante pra ele e olhou pra mim.

-Então, o que vai querer?

-Só um chiclete de clorofila sem açúcar.

Ela riu baixinho enquanto ainda olhava pra mim sem tentar disfarçar, passei a mao no cabelo sem entender, ele parou de rir, olhou para os dois lados e então voltou a olhar pra mim.

-Tem certeza?

-Tenho.

-Tudo bem então, um chiclete de clorofila sem açúcar.

Ele pagou e me entregou o chiclete, entramos na sala e os trailers ainda não haviam começado e as luzes ainda estavam acesas, ele olhou pra mim e esperou alguns segundos antes de perguntar.

-Erquerda, direita, na frente ou atrás?

-Tanto faz.

-Tudo bem então, pode ser esquerda e atrás?

-Claro, como preferir.

Nos sentamos na penúltima fileira, um ao lado do outro, ele abriu o refrigerante discretamente sem fazer barulho, eu fiquei brincando com meu chiclete antes de desembalá-lo e começar a mastigar, notei que ele estava olhando pra mim , mas não olhei de volta, olhei para a tela ainda em branco e entoa olhei pra ele, olhava distraidamente pra tela, parecia pensativo se tornando mais enigmático ainda pra mim.

-No que esta pensando?

Ele me olhou levemente surpreso pela pergunta que o pegou desprevenido, sorriu delicadamente, olhou para as mãos, depois para a lata de refrigerante, só então voltou seus olhos verdes pra mim.

-Acho que, o filme vai ser bom.

-Hurrum, então você gosta de filmes de terror?

-Não é bem terror, tem ação, ficção icentifica, mas eu gosto de filmes de terror. E você, de que tipo de filmes gosta?

-Eu assisto filmes de terror, acho ate legaias mas eu prefiro comedias românticas, drama... Sabe, toda garota gosta desses tipos de filme.

-É eu entendo.

Novamente o silencio, chegava a ser desconfortável quando ele ficava em silencio apenas avaliando o que estava a sua volta e agora mais que nunca ele parecia realmente entediado. As luzes permaneceram acesas por mais dez minutos enquanto nois dois ficamos em silencio, o único som que se ouvia alem das conversas e dos murmurinhos eram os leves goles que ele dava em seu refrigerante que depois de observar a lata por alguns seguntos constatei que era de limão. Finalmente as luzes se pagaram, esperei impaciente os trailers e finalmente o inicio do filme, sorri satisfeita por ter algo em que prestar atenção alem do garoto praticamente desconhecdo ao meu lado que me convidou para vir ao cinema após apenas uma carona.

Gostei do principio do filme, bem animador, mas ao decorrer dele confesso que fiquei com um pouco de medo, olhei para  o lado ele parecia ate bem entretido com o filme, estava gostando, nem sequer piscava, a noa ser quando olhava pra mim, eram aproximadamente de cinco em cinco minutos, ele olhava meu rosto, avaliava minha expressão e voltava a prestara tenção no filme. Uma musica de suspense começou a tocar a personagem ia caminhando me deixando cada vez mais apreensiva e nervosa, finalmente algo a atacou, cerrei meus lábios para noa gritar, o que foi a reçao de varias pesoas, ao contrario dela por impulso e força do habito toquei a mao do Forlan pusada virada pra cima sobre o apoio, quase gritei, sua mao estava absurdamente gelada, ele olhou minha expressão aterrorisada e me deu um sorriso amarelo, se aproximou devagar e disse em meu ouvido bem baixinho.

-Me desculpa. Não foi por querer.

Fiz que sim com a cabeça ele srriu levemente e aproximou a mao da minha. Depois Ed mais alguns sustos eu estava segurando sua mao que agora parecia mais quente. Fiquei feliz quando os créditos finais apareceram, as luzes se acenderam, olhei pro lado, o Forlan tinha um meio sorriso torto nos laibos enquanto olhava pra mim, sorri delicadamente pra ele enquanto abaixava a cabeça e os cabelos caiam sobre o rosto, ele passou a mao em meus cabelos colocando-os atrás da olha para fiar olhando meu rosto por alguns segundos. Fechei os olhos por alguns instantes e senti sua lábios tocarem minha bochecha de leve, olhei pra ele, sorriu delicadamente pra mim.

-Temos que ir.

Ele se levantou primeiro, me levantei também, seguimos devagar ate a saída do cinema, caminhamos devagar, agora mais próximos ate o carro, assim que entramos ele deu a partida olhou pra mim e perguntou enquanto afastava o carro da vaga de ré.

-Gostou do filme?

-Sim, é bom.

Ele sorriu, talvez se lembrando do meu quase grito, acelerou devagar o carro pela avenida principal, onde logo parou por causa do semáforo que ficou vermelho. Ainda calados ele olhou novamente pra mim, olhei pra ele, olhos nos olhos.

-Você é muito linda.

-Obrigada.

Acabei ficando vermelha sem querer, senti meu rosto esquentar e corar, ele também notou, afagou lentamente minha bochecha com as costas da mao, olhei para o lado de fora do carro enquanto ele acelerava devagar, o tempo parecia estar mudando, a noite não estava mais quente, havia esfriado bastante nas duas horas que ficamos no cinema, as nuvens escuras começavam  aparecer, fazia alguns dias que não chovia, provavelmente em Newport já estava chovendo. Ouvi ele ligar o som do carro e uma musica baixa começou, reconheci como sendo de uma banda gótica, Evanescense, olhei pra ele.

-Se quiser mudar, noa me importo.

-Não, eu gosto dessa banda.

-É uma boa banda.

-A voz da Amy Lee é perfeita.

-Realmente... Já foi em algum show deles?

-Não, minha mãe nunca deixou, diz que sou muito nova.

-Hurrum.

-Você já foi?

-Só em um, a dois anos.

-Foi bom?

-Foi, só que choveu e o estádio não tinha cobertura.

-Deve ter sido ruim ficar na chuva o show inteiro.

-Ate que ano foi tao ruim, só me molhei bastante.

Sorri involutariamente e olhei para o lado de fora novamente, ele cotinuou dirigindo e logo parou em outro sinal, observei enquanto as motos atravessavam entre os carros com habilidade, ao nosso lado aprou um carro, uma muler com uma criança, a garotinha tnha cabelos encaracolados e escuros, ela sorriu e acenou pra mim, retribui o aceno, olhei pro lado, o Forlan sorria pra mim, mas ele logo voltou a prestar atenção na rua a nossa frente, acelerou o carro de leve, continuou dirigindo com habilidade e em silencio ate estarmos parados na porta da minha casa. Olhei pra ele por algum tempo, finalmente consegui dizer.

-Obrigada pela noite, eu me diverti.

-Também me diverti, disponha, quando quiser pode me ligar, ai combinamos e eu venho te buscar.

-Hurrum, eu ligo, se quiser também pode me ligar.

-Claro.

Ele sorriu mais uma vez pra mim, foi só então que notei que ele usava um pircing na língua, nos olhamos por mais algum tempo e eu finalmente abri a porta do carro, ele segurou minha mao com carinho, olhei pra ele enquanto fazia um carinho delicado em meus dedos, olhei pra nossas mãos juntas depois pro seu rosto que parecia sereno e calmo como nunca, ate um pouco descontraído eu diria.

-Nos vemos amanha.

Sorri involuntariamente quando ele disse aquilo, ele se aproximou de mim devagar e beijou meu rosto novamente, soltou minha mao devagar, olhei pra ele por mais alguns segundos e disse assim que sai do carro.

-Nos vemos amanha.

Ele sorriu, esperou ate que eu chegasse a porta piscou os faróis duas vezes pra mim e se foi, entrei em casa sorrindo, tranqui a porta assim que passei por ela sorri debilmente, sbi as escadas de dois em dois degraus após não ver meu irmão na sala nem na cozinha.

-Damon, cheguei.

-To no meu quarto.

Entrei no quarto dele, ele ficou me olhando da escrivaninha neuqnato eu sorria pra ele, me deitei em sua cama e ele me olhou mais um pouco.

-Hum, andando normal, acho que não fizeram nada de mais não.

-Damon! Idiota.

-To brincando maninha, mas e ai se beijaram muito no cinema?

-Logico que não, só vimos o filme.

-Esse cara é gay, eu tenho quase certeza.

-Ele não é gay, ele me respeita.

-Hurrum sei.

-É serio, ele nem me deixou gastar meu dinheiro.

-Pagou tudo pra você?

-É.

-Pelo menos ele segurou sua mao?

-Mais ou menos, eu segurei a mao dele porque eu fiquei com medo do filme.

-Ele te beijou quando te deixou aqui noa beijou?

-Só um beijo no rosto.

-Esse cara é gay.

-Ele não é gay.

-Ai ai viu.

Fiquei em silencio por algum tempo relembrando os momentos que tive com o Forlan, o jeito que foi carinhoso e educado comigo, sorri enquanto olhava para o teto do quarto do meu irmão, ele ainda mexia no notebook.

-Bom, ach melhor eu me trocar... Já jantou?

-Não, tava te esperando.

-Eu vou ter que fazer o jantar?

-Elementar minha cara Clair.

-Ta brincando.

-É eu to brincando, eu já comi sim, tem pizza no microondas la em baixo. A Clair a Libby ligou, pediu pra você ligar pra ela quando voltasse.

-tudo bem, obrigada.

-De nada.

Sai do quarto dele, entrei no meu quarto, me troquei, coloquei uma blusa de moleton antiga cinza, uma calça legguin preta, amarrei o cabelo e desci as escadas, coloquei a pizza pra esquentar, logo ouvir meu celular tocar, antedi logo me lembrando da Libby.

-Oi Li, desculpa é que não deu pra eu te ligar...

-Quem é o seu acompanhante do cinema?

-O Damon te contou?

-Claro, agora fala eu conheço?

-Na sei, talvez... Bom, promete que ano vai falar nada pra ninguém ainda?

-Prometo garota, fala logo.

- nome dele é For...

-Forlan Van Dyke?

-É, você conhece?

-Melhor amigo do Kyle.

-Serio?

-É.

-A então me fala mais dele, eu não consegui descobrir quase nada.

-Bom, ele tem dezesseis anos, mora com o pai, perdeu a mãe quando tinha sete anos, dirige, tem carro, escura Evanescense, Ozzy, Hip Hop... Supper educado, um pouco irônico e as vezes áspero.

-Entendi, mais alguma coisa?

-Acho que não... Voces se beijaram?

-Não. Porque todo mundo pergunta isso?

-Não sei, perguntei por curiosidade mesmo... Amiga, eu tenho que desligar aqui, minha mãe ta me falando que já tem meia hora que eu to no telefone.

-Com quem tava conversando?

-Kyle.

-Ai que meigo, ta bom vai la, beijos e ate amanha.

-Ate amanha lindinha... Não esquece do jogo.

-Que jogo?

Ela desligou o telefone, olhei pro meu celular incrédula, ri de mim mesma então retirei a pizza do microondas, comi devagar sentada na mesa da cozinha enquanto olhava os raios bem ao longe. Com pouoc tempo a chuva começou a cair primeiro em uma garoa leve e depois mais forte. Fiquei olhando a chuva cair por um longo tempo, depois lavei as vasilias e guardei, subi as escadas e entrei no quarto do meu irmão, ele ainda estava no computador, me aproximei dele, beijei seu pescoço Ed leve e com carinho.

-Boa noite maninho.

-Boa noite maninha... Sonha com o viado do cinema.

-Vai a merda Damon.

Ele riu e beijou meu rosto, segui direto pro meu quarto escovei bem os dentes e me deitei, liguei a TV e deixei em um canal de filmes, estava passanod Marley e Eu, assisti o filme todo, mas dessa vez não chorei no final, comecei a assistir outro filme, dessa vez era de ação, um assalto ao banco, na metade do filme me surpreendi coom meu celular tocando, tateei a mesa de cabeceira e finalmente o encontrei, atendi meio confusa, quem ligaria para mim a uma da manha?

-Alo.

-Boa noite... Desculpa atrapalhar seu sono.

-Forlan?

-É.

-Oi, desculpa, não atrapalha não, eu tava acordada.

-Hum, é que bom, eu estava passando aqui perto da sua rua, eu posso passar ai pra te ver?

-Forlan, já é mais de uma da manha, a gente já deveria estar dormindo a muito tempo.

-Eu sei Clair, mas é que ano consegui dormir pensando em você.

-Forlan...

-Clair, se você ano acredita, faz um favor pra mim, abre sua janela.

-Ta chovendo.

-Eu sei, mas só destranca.

Me levantei e destranqui minha janela no segundo andar, voltei pra cama e me deitei novamente, ouvi ele respirar fundo, avisei a ele que estava aberta.

-Tudo bem então, mas me diz, o que tem feito?

-Eu, cheguei, conversei com meu irmão, esquentei uma pizza...

-Pizza de que?

-Presunto e queijo.

-Entendi, o que mais?

-A Libby me ligou.

-Namorada do Kyle?

-É, você conhece?

-Mais ou menos, eu e o Kyle crescemos como irmãos.

-Entendi.

-Mas continua.

-Depois eu fiquei olhando a chuva cair, comi a pizza, vim pro meu quarto, escovei os dentes, fiquei vendo Marley e eu ai agora eu to vendo um filme de assalto ao banco ate que é lega, não é ruim não...

-Hurrum, merda.

-Que foi?

-Nada não, pode continuar, bti em um negoço aqui.

-Ta, mas eu acho que foi só isso mesmo...

Olhei pra minha janela que começava a se abrir sozinha, me encolhi na cama e finalmente o vi, estava de pé ali, completamente vestido de preto e um pouco molhado, pensei em gritar mas quando vi ele guardar o celular no bolso entendi tudo, ele sorriu pra mim ao tirar a blusa de moleton molhada e deixar no chão ao lado da janela, se aproximou devagar e se sentou na beirada da cama.

-Oi.

-Oi.

-Que foi?

-Você é louco.