Fanfic: Convite ao Amor (Laliter) | Tema: Laliter

Então, o que ele estava fazendo em seu quarto naquela hora da madrugada?

- Flora me mandou acordar você - continuou ele, uma certa exasperação na voz.

- Para quê? - Havia confusão em sua voz.

- Café-da-manhã e entrega de presentes. LALI piscou.

- Cedo assim?

- Os homens com as mesas e persianas vão chegar às 9h e já são 8h.

-Oito! - LALI se sentou depressa, tirando os cabelos do rosto enquanto olhava a varanda tomada de sol e depois seu relógio de cabeceira, que confir­mou que, na verdade, passava um pouco das oito. No entanto, havia posto o relógio para despertar às seis porque queria parecer o melhor possível para a aber­tura dos presentes, com o cabelo bem arrumado, a maquiagem perfeita e vestida para impressionar, em seu jeans sensual e no top verde lindo.

- Acho que não acordei com o toque do relógio - disse ela, com um gemido.

Ou talvez tivesse dormido sem ligá-lo. Tinha fica­do acordada até tarde, fazendo tudo o que podia na noite anterior em preparação para o dia de Natal.

- Então se levante e desça - ordenou PETER com impaciência, antes de se voltar para sair do quarto.

- Eu... eu já vou descer - respondeu ela. -Melhor assim...

Só depois que PETER saiu, LALI percebeu que não tinha lhe desejado um feliz Natal. Mas ele também não. Parecia cansado e mal-humorado. Provavelmen­te, não tinha dormido o bastante. Não o ouvira chegar na noite anterior, portanto deveria ter sido bem tarde. Fora para a casa de Chloe depois da festa e...

-Não pense sobre a noite passada - disse a si mesma em voz alta. - Apenas se levante e vá em frente.

Respirando fundo, LALI jogou para trás as roupas de cama e correu para o banheiro, onde lavou o ros­to e escovou os dentes em apenas dois minutos. Depois, se olhou no espelho. É o Dia D, pensou com o estômago revirando. De certa forma, foi bom não ter tido tempo de se vestir. Faria com que sua trans­formação mais tarde fosse mais dramática e chamasse mais a atenção. Ao mesmo tempo, não queria parecer um horror total. Sem tempo para arrumar os cabelos, escovou-os e os enrolou num nó frouxo no alto da cabeça. Nada de maquiagem. Felizmente, sua camisola era nova e bonita, de cetim lilás, com um roupão que combinava. Vestiu o roupão, amarrou a faixa e correu de volta ao quarto, só então se lem­brando que não tinha nada adequado para os pés. Nunca usava pantufas. Sandálias não ficavam bem, nem chinelos. Oh, bem, não seria a primeira vez que desceria para o café-da-manhã de Natal descalça e vestida com suas roupas para dormir, embora as anteriores fossem um pouco mais compridas. A ca­misola nova descia apenas até a metade das coxas, o roupão chegava aos joelhos. Teria que tomar cui­dado quando se sentasse. Pelo menos, suas pernas eram belas e lisas. LALI fora a um salão de beleza na semana anterior e fizera uma depilação completa. Dolorosa, mas valia cada centavo que custara, por não ter que raspar as pernas por meses. Mas sentia-se um pouco estranha quando não usava calcinha. Como agora, por exemplo. LALI poderia vesti-la, mas re­almente não havia tempo para mais demora. Já pas­savam sete minutos das oito. E, afinal, ninguém ia saber.