Fanfic: Convite ao Amor (Laliter) | Tema: Laliter

Respirou fundo para se acalmar, soltou o ar deva­gar e, então, seguiu para a escada. O café-da-manhã de Natal era sempre bem leve; croissants e café, servidos em frente à árvore durante a abertura dos presentes. A sala de estar em Goldmine era enorme; tinha três ambientes. A árvore de Natal era sempre posta no ponto mais distante, onde havia dois sofás de couro marrom, um em frente ao outro, e uma pesada mesa de centro entre eles. Tudo estava pron­to quando entrou, aromas deliciosos chegando a seu nariz enquanto descia os degraus que levavam à sala.

Sua entrada foi silenciosa devido aos pés descal­ços, dando-lhe um segundo ou dois para avaliar a situação e decidir com antecedência onde se sentar. Flora e Jim ocupavam as pontas opostas do sofá voltado para o terraço, com PETER sentado no meio do sofá em frente, tomando café. Não queria se sen­tar perto dele, não depois do que acontecera no dia anterior. E, com certeza, não queria ficar junto dele sem calcinha. Proximidade física com PETER fazia seu corpo e sua mente enlouquecerem.

Embora LALI continuasse decidida a levar adian­te o plano de se produzir para o almoço de Natal e de fingir que Derek era seu novo namorado, não tinha mais nenhuma esperança de que os olhos de PETER se abrissem para atributos de mulher. Chegara à desanimadora conclusão de que, depois da morte do pai dela, PETER a havia mentalmente colocado numa cai­xa marcada "responsabilidade legal", matando assim qualquer possibilidade de um relacionamento entre eles.

De repente, ele voltou o rosto para ela, seus olhos escuros passando rapidamente por seus cabelos desgrenhados e descendo até as unhas pintadas dos pés antes de se moverem para cima de novo. Estava enganada, ou seus olhos pararam por alguns segundos em seus seios? O que quer que fosse, seu corpo res­pondeu instantaneamente, um arrepio percorrendo a pele enquanto o coração batia mais depressa e os bicos dos seios endureciam de forma alarmante con­tra o cetim. LALI engoliu em seco. É claro que es­tava imaginando, como imaginara no dia anterior que iria beijá-la. Sim, claro que estava. O homem estava apenas olhando, do jeito que qualquer homem olha quando uma jovem bonita aparece diante dele. Ele sempre olhava para ela, mas não do modo como ela queria que ele o fizesse.

- Feliz Natal, todo mundo! - disse em tom alegre, determinada a não deixar que a natureza enganadora de seus sentimentos por PETER estragasse a abertura dos presentes.

Flora e Jim olharam para ela prontamente, seus rostos amigos abertos em sorrisos cordiais.

- E feliz Natal para você, querida - respondeu Flora com alegria. - Venha para cá e sente-se perto de mim - pediu, batendo levemente no sofá no pon­to próximo a ela.

-Desculpe ter feito vocês esperarem. - LALI passou pelos joelhos gorduchos de Flora para tomar seu lugar no meio do sofá, diretamente em frente a PETER. - Acho que dormi demais, apesar do desper­tador - acrescentou, depois de se recostar com os joelhos modestamente apertados e o roupão ajeitado para cobrir o máximo possível de suas coxas nuas.

- Está tudo bem, querida - respondeu Flora. -Você está aqui agora. Café? - ofereceu, já se debru­çando para pegar o bule.