Fanfic: Convite ao Amor (Laliter) | Tema: Laliter

- Desculpe - disse PETER. - Pensei que você pre­feriria safiras, para combinar com seus bonitos olhos azuis.

- Oh, pare com isso - respondeu Flora rindo. Mas ele comprara safiras para ela, na forma de

um relógio maravilhoso, incrustado com safiras. Jim também ganhou um relógio muito caro de ouro. Ambos ficaram maravilhados. LALI nunca tinha visto PETER gastar tanto com presentes de Natal. Ele não poderia ter falado sério sobre ter problemas fi­nanceiros, pensou com alívio, se estava jogando dinheiro fora desse jeito.

Jim e Flora pareceram gostar dos presentes que LALI escolhera para eles. Flora estava maravilhada com seu perfume favorito e um livro de culinária diferente, que trazia receitas de alimentos saudáveis. Era mais difícil comprar presentes para Jim, porém uma garrafa de um vinho raro e um copo com seu nome gravado agradaram muito. Em troca, o casal deu a LALI um belo porta-retrato e uma adorável agenda feminina para o ano seguinte. Tinha desenhos de flores em cada página e um pensamento especial para o dia. PETER se tornou o orgulhoso proprietário de uma nova carteira de couro e de uma gravata de seda muito elegante.

- Para as raras ocasiões em que você é obrigado a usar uma - informou Flora.

O que era realmente raro. PETER ficava maravilho­so de smoking ou qualquer outro tipo de roupa. Mas odiava usá-los. Preferia roupas mais casuais. Quan­do as circunstâncias exigiam, usava terno, mas com camisa aberta no pescoço ou de gola alta. Apenas quando o protocolo exigia, usava uma gravata. Em casa, vivia de short ou jeans. Como agora. Natural­mente, trocaria a roupa para o almoço de Natal, usando uma elegante calça e uma camisa de gola aberta, o comprimento das mangas dependendo do clima. A previsão para o dia era de 28 graus, uma temperatura muito agradável para essa época do ano. LALI ficou alegre porque não estaria frio ou chuvoso, já que ficaria congelada na roupa nova.

- Tudo bem, pessoal - disse PETER, levantando-se de repente. - Hora de limpar a confusão que fizemos aqui e começar a agir. Jim, vou precisar da sua ajuda para aprontar tudo lá fora. E você, Flora, não vai sair por aí trabalhando feito uma condenada, como sem­pre faz. Os fornecedores vão chegar às dez horas. Tudo de que eles precisam é de uma cozinha limpa. Vão trazer tudo, até os pratos, talheres e copos. Me­nos o vinho. Eu o comprei semana passada e o guar­dei na adega. Jim, precisamos levá-lo para cima também. Primeiro, guardarei meus presentes; depois, estarei no terraço de trás em cinco minutos. Os hós­pedes devem chegar a partir de meio-dia. Portanto, LALI, você tem tempo para se vestir e estar aqui às cinco para meio-dia, para me ajudar a receber as pessoas quando chegarem.

- Quantos virão este ano? - perguntou ela.

- Vinte, se todos vierem. Vinte e quatro contando conosco, certo?

- Tudo bem.

Todos se levantaram para realizar suas tarefas. O coração de LALI começou a bater mais depressa. Talvez tivesse sido bobagem sua continuar com o plano de Derek sem pensar direito, mas, agora que o momento chegara, ainda era melhor do que enfrentar o almoço de Natal sozinha. Se não fizesse mais nada, Derek pelo menos impediria que ela comesse tudo o que fosse servido. No entanto, seria capaz de agüentar o interrogatório de PETER? Flora lhe dissera no dia anterior que PETER levava muito a sério seu papel de tutor. O que no passado significou implicar com seus namorados e verificar se eram caçadores de fortuna.

Trazer Derek em casa em data tão próxima do recebimento da herança do pai e ter dito a PETER que estavam muito apaixonados apenas o deixaria mais protetor. E paranóico. Ela se sentiria mais confiante se Derek não fosse gay. E se tivesse conhecido Chloe antes. O desconhecido a deixava nervosa. E não queria ficar nervosa. Queria descer como uma prin­cesa as escadas antes do meio-dia, o exemplo máxi­mo da beleza e da sofisticação. Queria que PETER a olhasse e pensasse que ela era a mais bela e desejável mulher que ele jamais vira!