Fanfics Brasil - continuação Convite ao Amor (Laliter)

Fanfic: Convite ao Amor (Laliter) | Tema: Laliter


Capítulo: continuação

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- Não neste último ano.


Tivera namorados no passado, na universidade e depois de formada. Mas tudo terminava sempre mal, quando os levava em casa para conhecer PETER. Para ele, o namorado da vez sempre parecia um ser insig­nificante. A cada apresentação, LALI percebia com total clareza que queria PETER mais do que jamais quisera qualquer outro homem. PETER também tinha o dom de fazer comentários que a forçavam a se perguntar se o namorado estava interessado nela ou em sua futura herança.


Mas LALI não acreditava que PETER estragava seus relacionamentos por uma razão pessoal. Isso signi­ficaria que ele se importava com quem ela namora­va, o que não ocorria. Deixara muito claro, desde que se tornara seu tutor, que detestava a tarefa — to­lerada apenas devido à afeição e à gratidão que tinha pelo pai dela. Cuidava de seu bem-estar, mas, desde o começo, tentou deixá-la aos cuidados de outras pessoas.


No primeiro Natal depois do ensino médio, ele a enviou para longas férias no exterior com uma amiga e sua família. Depois, tomou medidas para que vi­vesse na própria universidade até concluir a gradua­ção na qual se especializara em pedagogia infantil. Quando se formou e conseguiu um emprego numa pré-escola no subúrbio da zona oeste de Sydney, ele a encorajou a alugar um pequeno apartamento na vizinhança, dizendo que lhe tomaria muito tempo dirigir todo dia de Point Piper a Parramatta.


Era verdade e, por isso, aceitou a sugestão. Mas sempre acreditou que o motivo de PETER era mantê-la longe de casa e deixá-lo livre para fazer o que qui­sesse, quando quisesse. Sua presença tão perto do quarto dele, sem dúvida, restringiria-o bastante. Homem reconhecidamente elegante e sofisticado, PETER tinha sempre amantes, as quais descartava com uma rapidez impressionante. Toda a vez que LALI ia para casa, ele tinha uma namorada diferente a seu lado, todas muito bonitas. LALI detestava vê-lo com outras.


No ano anterior, LALI restringira suas visitas à casa aos feriados de Páscoa e Natal e às férias de inverno, muito curtas, durante as quais PETER estivera ausente, esquiando. Este ano, não ia em casa desde a Páscoa e PETER não reclamara, aceitando suas muitas e diferentes desculpas. No dia seguinte, vés­pera de Natal, iria para casa pela primeira vez depois de nove meses, período em que não se encontrara com PETER.


A perspectiva de vê-lo no dia seguinte fez seu co­ração bater mais forte. Que idiota você é, LALI, disse a si mesma. Nada vai mudar. Nada jamais mudará. Você ainda não sabe disso? Já é hora de aceitar a ver­dade. Hora de parar de esperar por um milagre.


- O nome dele é PETER Coleman - disse em tom indiferente. - É meu tutor legal desde que eu tinha 16 anos e fiquei louca por ele ainda criança. - Recu­sava-se a chamar de amor o que sentia. Como pode­ria amar um homem como PETER? Ele podia ter feito de sua vida um sucesso financeiro, mas também se tornara um frio e insensível conquistador de mulhe­res. A vezes, LALI se perguntava se imaginara o carinho com que a tratara quando era criança.


- Você disse criança? - perguntou Derek.


- Sim. Quando ele foi trabalhar para meu pai como motorista.


-Motorista!


- É uma longa história. Mas não foi por causa do PETER que comecei a comer demais - confessou. - Foi por causa da namorada dele. -Aquela que se agarra­ra a ele no Natal passado, uma modelo esguia e bela que faria qualquer mulher se sentir um horror. De­primida, LALI repetira três vezes o almoço de Natal. Descobrira que comida a fazia se sentir temporaria­mente melhor. Na Páscoa, sua visita seguinte, havia engordado dez quilos. PETER apenas a encarara. Pro­vavelmente em choque. Mas a nova namorada  des­sa vez uma atriz estonteante e também esguia  não ficara em silêncio e fizera uma brincadeira sarcásti­ca sobre o crescente problema de obesidade na Aus­trália. O resultado foi LALI engordar mais cinco quilos até o fim de maio. Quando se viu na foto de turma da escola, LALI entendeu que tinha um pro­blema e procurou a ajuda de Derek. Agora, estava com as curvas no lugar, sem um grama de gordura a mais e a auto-estima restaurada.


- Uma não ,duas namoradas - acrescentou LALI, e continuou a dar mais detalhes de seu relacionamen­to com seu tutor e as circunstâncias que a haviam levado a procurar a academia.


-Impressionante! - disse Derek quando ela, en­fim, parou de falar.


- O que é impressionante? Eu ter engordado tanto?


- Você nunca foi gorda, LALI. Apenas tinha uns quilos a mais e os músculos flácidos. Estou me re­ferindo ao fato de você ser uma herdeira. Você não age como uma de jeito nenhum.


- É porque não sou até fazer 25 anos. Meu pai fez um testamento que impediu que eu recebesse um centavo sequer até chegar ao que ele chamou de idade adulta. Durante anos, minhas despesas básicas e o custo da minha educação foram garantidos, mas, quando fui capaz de me sustentar, tive que trabalhar ou passar fome. No começo, fiquei meio zangada, mas depois percebi o sentido de sua atitude. O que chega de graça não faz bem a ninguém.


- Isso depende. Então esse tal de PETER vive na casa da sua família, sem pagar aluguel?


- Bem, sim... O testamento do meu pai permitiu.


- Até você fazer 25 anos. -Sim.


- Quando, exatamente, isso acontece?


- O quê? Oh, em fevereiro. No dia 2.


- E, nesse, dia você vai mandar esse sanguessuga sumir de sua casa e lhe dizer que nunca mais quer vê-la de novo!


LALI arregalou os olhos e depois riu.


- Você entendeu tudo errado, Derek. PETER não precisa morar de graça. Ele tem muito dinheiro. Poderia facilmente comprar uma mansão, se quises­se. - Na verdade, queria comprar a dela, mas LALI recusara. Sabia que a casa era grande demais para uma moça solteira, porém, era a única ligação que ainda tinha com os pais e simplesmente não podia ficar sem ela.


- Como é que esse cara ficou tão rico? -perguntou Derek. - Você disse que ele era motorista de seu pai.


- Era é a palavra-chave. Meu pai o acolheu e lhe ensinou a ganhar dinheiro, tanto no mercado de ações quanto no mundo dos negócios. PETER teve muita sor­te de ter um homem como meu pai como mentor.


LALI pensou em contar a Derek sobre a boa sor­te de PETER com Outback Bride, mas decidiu que era melhor não. Talvez porque pareceria que PETER não tivera sucesso por si mesmo. O que ele tivera. Em vez disso, perguntou:


- Você já foi a Happy Island num feriado?


- Não. Mas já ouvi falar.


-PETER pediu dinheiro emprestado e comprou Happy Island quando o preço era muito baixo. Su­pervisionou pessoalmente a reforma do hotel, cons­truiu um aeroporto e depois vendeu tudo para uma multinacional por uma fortuna.


- Homem de sorte...


- Papai sempre disse que a sorte começa e ter­mina com um trabalho duro. Também disse a PETER que jamais ficaria rico trabalhando para outras pessoas. - E foi por isso que PETER fundou sua empre­sa de cinema dois anos antes. Teve algum sucesso, mas nada que se comparasse com o filme Outback Bride.


- Seu pai estava certo - disse Derek. - Detestava ter patrão. Foi por isso que montei minha academia.


- A The New You é sua? Derek olhou-a com espanto.


- Não me diga que você não sabia isso também.


- Não.


Ele sorriu, mostrando brilhantes dentes brancos.


- Parece que você vê só o que está à sua frente.


- Sinto muito - desculpou-se LALI. - Sou assim. Um pouco solitária, se você não percebeu - acres­centou com um sorriso triste. - Não faço amigos com facilidade. Acho que é porque sou filha única.


- Sou filho único também - confessou ele. - O que torna mais difícil para os meus pais aceitarem que sou gay. Nenhuma esperança de netos. Só contei a eles há dois anos, quando a pressão de minha mãe para eu me casar se intensificou. Desde então, meu pai não fala comigo - revelou Derek, os músculos de seu pescoço tensos.


- Que triste... - disse LALI. - E sua mãe?


- Ela telefona. Mas não me deixa ir em casa, nem mesmo no Natal.


- É uma pena. Talvez com o tempo eles acei­tem.


- Talvez. Mas não espero nada. Meu pai é um homem muito orgulhoso e teimoso. Depois que diz uma coisa, não volta atrás. Mas vamos falar de você, docinho. Você é louca por esse PETER, não é?


O coração de LALI acelerou.


- Loucura descreve muito bem meus sentimentos por PETER. Quando estou perto dele, desejo-o o tempo todo. Mas ele não me quer e nunca vai querer. Já está na hora de aceitar a realidade.


- Mas não antes de você fazer uma última tenta­tiva.


- O quê?


- Você não malhou tanto só porque aquela mode­lo anoréxica disse que você estava gorda, docinho. É PETER a quem você quer impressionar e atrair.


LALI preferia não admitir, mas, com certeza, Derek estava certo. Faria qualquer coisa para que PETER a olhasse com desejo. Pelo menos uma vez.


Não, não uma vez só. De novo. Porque estava certa de que havia visto desejo nos olhos dele num Natal, quando tinha 16 anos e fora à piscina usando um biquíni minúsculo que comprara pensando nele. Mas talvez tivesse só imaginado. Talvez estivesse desesperada para acreditar que ele se sentira atraído por ela naquele dia, apesar de suas ações em con­trário. Adolescentes têm uma tendência a esses rasgos de fantasia - assim como mulheres de 24 anos, pensou tristemente. E esse foi o motivo por que passara a semana toda comprando roupas de verão que mexeriam com os hormônios de um octoge­nário.


O problema é que PETER não era um senhor de idade. Tinha 36 anos e mantinha seus hormônios bem satisfeitos. A atriz já havia sido descartada e substi­tuída por uma executiva do ramo da publicidade que gostava de usar roupas que enfatizavam seu poder. LALI podia passar meses sem ir para casa, mas te­lefonava toda semana para falar com Flora, que sempre lhe dava um relatório completo das atividades de PETER antes de passar o telefone para ele. Isto é, se estivesse em casa. Freqüentemente estava fora. Era muito sociável e tinha muitos amigos. Ou contatos, como preferia chamá-los.


- Você passa os feriados de Natal em casa? - per­guntou Derek, interrompendo seus pensamentos.


- Sim - respondeu ela, com um suspiro. - Geral­mente, vou para casa assim que terminam as aulas. Mas este ano não fui. Mesmo assim, vou ter que ir amanhã. Sempre decoro a árvore de Natal. Se não o fizer, ninguém faz. Depois, ajudo Flora a preparar as coisas para o dia seguinte. O almoço é encomendado fora, mas Flora gosta de fazer umas coisinhas tam­bém. Flora é a governanta - esclareceu, quando percebeu Derek estranhar o nome. - Ela está com a família há anos.


- Confesso que não consigo imaginar o PETER com uma namorada chamada Flora.


- Você está certo. As namoradas de PETER sempre têm nomes como Jasmine, ou Sapphire, ou Chloe. - Este era o nome da última namorada: Chloe. - E não é só isso - continuou LALI, irritada. - Elas nun­ca fazem nada na casa. Sempre descem no último minuto, com suas unhas perfeitas e o apetite quase zero. Fico furiosa quando elas se sentam à mesa, tomando golinhos de água mineral e comendo pra­ticamente nada.


- Hum... - disse Derek. LALI fez-lhe uma careta.


- Está achando que vou ficar perturbada e comer demais de novo, não é?


- É possível. Mas estava mesmo pensando é que você precisa de alguém a seu lado nesse almoço de Natal. Um namorado.


-Já levei namorados para o almoço de Natal antes - disse LALI secamente. - Em menos de um minuto, PETER faz com que eles pareçam idiotas ou que estão atrás do meu dinheiro.


- Talvez. Mas talvez fossem jovens demais e fi­cassem intimidados pela ocasião. O que você preci­sa é de alguém mais velho, alguém com boa aparên­cia e classe, alguém bem-sucedido e sofisticado que não fique desconcertado por coisa alguma que seu tutor playboy diz ou faz. Em resumo, alguém que fará o objeto de seu desejo prestar atenção. Em você.


- Gostei da idéia, Derek. Só teoria. Mas, mesmo com minha aparência atual, acho que não serei capaz de arranjar o tipo de namorado que você acabou de descrever no pouco tempo que tenho. O Natal é daqui a dois dias.


- Neste caso, deixe-me ajudá-la. Porque conheço um homem que não tem onde passar o Natal e que ficaria feliz de desempenhar o papel.


- Você conhece? Quem?


- Está olhando para ele.


LALI riu.


- Você está brincando! Como você pode ser meu namorado, Derek? Você é gay!


- Você não sabia até eu lhe contar - lembrou ele. - PETER também não saberá, especialmente se eu for apresentado como seu namorado. De modo geral, as pessoas acreditam no que lhes dizem.


LALI olhou-o fixamente. Derek tinha razão. Por que PETER - ou qualquer outra pessoa no almoço - suspeita­ria que ele era gay? Não parecia ou agia como gay.


- Então, o que você acha? - quis saber Derek com um brilho malicioso no olhar. - Confie em mim quando digo que nada estimula tanto o interesse de um homem numa mulher quanto a atenção total de outro homem por ela.


LALI ainda hesitava.


- Do que você tem medo? Do sucesso? -pergun­tou ele.


-Claro que não!


- Então, o que tem a perder?


Nada, compreendeu LALI com um súbito aumen­to de adrenalina. No mínimo, não se sentiria sozinha, como freqüentemente acontecia no Natal, especial­mente no temido almoço. Este ano, ela não só estaria mais bonita do que nunca, mas também teria um belo homem a seu lado.


- Está bem - aceitou LALI, a excitação causando um arrepio na espinha. - Vamos lá!


 



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Autor(a): luanvondyepony

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A atitude positiva de LALI em relação ao Natal durou até o momento em que parou seu carro branco na entrada da casa na manhã seguinte e viu o carro esporte vermelho vivo de PETER estacionado fora da garagem. -Droga... - murmurou enquanto pressionava o controle remoto para abrir os portões eletrônicos. Supôs que PETER estaria ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 248



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  • lekaesposito Postado em 03/12/2012 - 17:59:51

    por que parou de postar???

  • lary_laliter Postado em 12/11/2012 - 15:43:28

    fico feliz que tenha voltando a postar a web e otimo..nossa coitado do peter a vida foi bem dura com ele em...POSTA MAIS

  • alicelanzani Postado em 07/11/2012 - 19:31:55

    o que houve, porque parou de postar a web tava tão legal,espero que volte logo.

  • alicelanzani Postado em 07/11/2012 - 19:31:54

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  • alicelanzani Postado em 07/11/2012 - 19:31:53

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  • alicelanzani Postado em 07/11/2012 - 19:31:52

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  • alicelanzani Postado em 07/11/2012 - 19:31:50

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  • lekaesposito Postado em 04/11/2012 - 17:33:29

    oi eu sou nova aki e to amando essa web posta maiss


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