Fanfic: Convite ao Amor (Laliter) | Tema: Laliter

- Confie em mim, LALI, sou um canalha da pior categoria. Sempre fui. Sempre serei. Se você fosse filha de outro homem, eu a teria seduzido quando tive a oportunidade. Porque eu tive a oportunidade, não tive? Quando você tinha 16 anos.

- Quer dizer, quando eu o beijei naquela época? Você me queria mesmo, então?

- Isso é dizer pouco. Não pense que eu estava preocupado com sua idade. Essas coisas nunca me incomodaram. Só não podia suportar a idéia de que o único homem no mundo de que eu gostava e a quem respeitava pudesse me olhar com desgosto. As palavras de elogio e aceitação de Ray significavam mais para mim do que meu intenso, mas inconveniente desejo por você.

- Eu... eu compreendo.

PETER duvidava disso. Como podia alguém tão ingênua quanto LALI compreender seu tortuoso caráter?

- Vá embora. Volte para o seu Derek - comandou ele.

- Ele... Ele não é o meu Derek.

- O quê? O que quer dizer com isso?

- Derek não é meu amante. É apenas um amigo. E também gay.

-Gay!? - repetiu PETER, a mente em turbilhão enquanto tentava entender a confissão de LALI.

- Você acaba de ser brutalmente honesto comigo. Por isso, vou ser brutalmente honesta com você. Trou­xe Derek para o almoço de hoje para não ficar sozinha. E com a esperança de fazer você ter ciúme.

PETER fixou-a com o olhar. LALI parecia prestes a chorar.

- Sou louca por você desde sempre - admitiu ela.

PETER fez uma careta. Odiava essa expressão, "louca por". Parecia infantil. Naturalmente, LALI ainda era muito jovem, comparada a ele. Era um velho já aos 13 anos de idade.

- Você ainda tem uma chance comigo, PETER - con­tinuou ela, os olhos verdes brilhando. - Se você quiser...

Se ele quisesse... Deus do céu, se ela soubesse! Mas o que ele queria não tinha nada a ver com o que LALI queria.

- Não presto para você, LALI - disse ele, surpre­endendo a si mesmo com o fato de ainda ter o poder de resistir ao que ela tão tolamente lhe oferecia.

- Por que não? - exigiu ela saber.

- Você sabe por que não. Nunca escondi nada de você. Já lhe disse mais de uma vez: sou incapaz de amar.

- Não estou lhe pedindo que me ame.

Ele olhou-a com dureza.

-Não ouse se rebaixar assim. Não ouse! Conhe­ço você, LALI. Você quer amor, casamento, filhos. Você não quer um casinho com um homem sem consciência e imoral.

- Então, você está me rejeitando de novo?

- Já tenho uma namorada - disse ele, com frieza. - Não preciso de você.

A dor nos olhos dela mostrou a PETER que ele havia feito a coisa certa. A paixonite de LALI por ele se transformaria em amor se ele dormisse com ela. Havia acontecido com ele antes e por isso só tinha parceiras sexuais como Chloe. Mas isso não signifi­cava que estivesse se sentindo bem ao rejeitar LALI. O arrependimento já o consumia.

- Você encontrará o homem certo um dia – disse ele, sério.

-Não seja tão certinho - respondeu ela com aspereza. - Se eu quisesse isso, acha que eu teria me oferecido a você? Mas está tudo bem, há muitos bonitões por aí. Quando eu herdar todo o dinheiro de meu pai, acho que não vão me faltar amantes, não é? Agora, vou para meu almoço de Natal. Você pode fazer o que quiser!