Fanfic: Convite ao Amor (Laliter) | Tema: Laliter

LALI apenas olhou para ele, incapaz de dar qual­quer resposta naquele momento. Ele correspondeu com olhos duros e brilhantes.

-Eu devia saber que você faria isso comigo hoje.

- Faria o quê? - perguntou, engasgada.

- Me levar a ultrapassar limites. Você pensa que sabe o que está fazendo, mas não sabe.

- Não sou criança, PETER.

Ele riu.

- Você é, comparada a mim. Mas tudo bem. Este é o seu charme. Gosto dessa certa inocência que você tem, me excita. Quase vale a pena abrir seus olhos, fazer você compreender os tipos de homem que há neste mundo. E como é fácil para eles seduzir meni­nas como você. Com sorte, quando terminar aqui com você, terá experiência suficiente para se proteger no futuro.

-Não sou tão inocente assim - respondeu ela, meio ríspida.

- Não? Por que diz isso? Por que pensa que sabe como dar prazer a um homem com sua boca?

LALI ficou vermelha.

- Não estou dizendo que não gostei - continuou PETER, acariciando seu rosto. - Mas vou gostar muito mais de lhe ensinar como fazer isso de modo certo.

A mão dele escorregou para sua boca e ele pôs um dedo entre seus lábios.

- A maioria dos homens não gosta de ser masti­gado como um hambúrguer - aconselhou, escorregando-lhe um dedo experiente para frente e para trás ao longo da língua. - Quando você dominar a arte, você pode amar um homem mais vezes do que acha possível. Alguém já fez amor com você a noite in­teira, LALI?

Um arrepio correu-lhe pela espinha às imagens que PETER evocava.

- Acho que não... - murmurou ele, os olhos negros estreitando-se dentro dos dela.

Tirou o dedo, fazendo-a sentir-se estranhamente vazia e desolada.

- Mas esta noite você terá sexo assim, meu amor - prometeu ele. - Esta noite, eu a levarei para lugares onde nunca esteve antes. Se é o que você quer, claro.

-Você quer, LALI? Esta é a sua última oportunidade de me mandar para o inferno.

Ela o encarou, temerosa do poder que ele tinha sobre ela. Mas seu medo não era mais forte do que o desejo.

- Então que seja - disse ríspido, quando ela não respondeu. -Apenas se lembre de que terá que viver com as conseqüências de sua decisão.

- Que conseqüências?

- De que um dia eu me cansarei e você seguirá o caminho de todas as outras - respondeu ele, com tanta frieza que lhe causou medo.

- Está tentando me amedrontar?

A risada dele foi dura e sem humor.

-Deus do céu, não! Não há nada que eu queira mais do que ter este seu belo corpo à minha dispo­sição até, pelo menos, o fim das férias de verão. Mas tenho uma política de brutal honestidade com todas as minhas namoradas. Chloe sabia como funcionava. Agora, você também sabe.

- Posso contar a Flora que sou sua nova namorada?

O rosto dele se fechou à sugestão.

- De jeito nenhum!

- Pensei que seria assim. Você quer me manter como seu pequeno e sujo segredo, não é?

- Tenho meu orgulho. Você não tem? - desafiou ele.

Ela levantou o queixo.

- Sim.                                                               

- Então, será o nosso pequeno e sujo segredo. Se não gostar, então ainda podemos acabar com tudo, agora mesmo. Afinal, uma vez só não faz mal.

LALI arquejou as costas.

- Você é mesmo um demônio, não?

- Eu a avisei sobre meu caráter. Então, qual é sua decisão final? Posso deixar você e esta casa agora. Ou.... - ele caminhou até a cama, onde o presente de Derek estava estendido sobre a colcha rosa. Era uma minúscula roupa de dormir de cetim negro e renda que deixava muito pouco para a imaginação, com­prada com a intenção de fazer ciúme em PETER. Ele a pegou, as sobrancelhas arqueando enquanto olhava a peça de um lado e outro. - Ou você pode concordar em vir para o meu quarto esta noite, usando apenas isto e meus brincos de diamante.

LALI tentou sentir desprezo por ele e por si mes­ma. Mas não podia. Naquele momento, não havia lugar em seu corpo trêmulo para mais nada além de uma avassaladora excitação. Mal podia esperar para fazer o que ele queria, mal podia esperar para chegar ao quarto dele do jeito que ele queria. Em que isso a transformava? Uma mulher masoquista, apenas apaixonada ou uma garota que vivera um tempo longo demais com fantasias românticas? No entanto, ele não lhe oferecia romance, apenas algumas sema­nas de sexo de uma maneira que ela nunca experi­mentara antes. Estava certo sobre isso. Todos os seus namorados até então tinham sido homens muito jo­vens com pouca experiência. Mas da forma como PETER falava fez com que se perguntasse se havia  modos de fazer sexo que garotas bem-comportadas não conheciam. O pensamento excitou-a ainda mais.

- A que horas esta noite? - perguntou, olhando-o diretamente nos olhos.

De modo algum deixaria que ele pensasse que a havia seduzido. Iria até ele por vontade própria; com coragem e não medo.

Ele deu um sorriso distorcido.

- Sempre soube que você tinha coragem, LALI. Esta é outra de suas muitas atrações. Que tal às nove? Flora e Jim já terão se recolhido.

-Nove! - repetiu ela em tom sofrido. Faltavam ainda quatro horas!

- Sim, eu sei. Mas será melhor depois da espera, Agora, tenho que ir e me vestir - disse ele, debruçando-se para pegar a sunga e a toalha jogadas no carpete. - Enquanto isso, sugiro que você desça. As pessoas podem estar começando a se perguntar onde estamos e concluir que pode haver alguma verdade nas acusações de Chloe. Não se esqueça de retocar o batom antes de descer.

LALI ficou olhando-o sair. Depois, correu para o banheiro