Fanfic: Convite ao Amor (Laliter) | Tema: Laliter

- Acho que devemos voltar à enfermaria agora. Saber o que descobriram - a sugestão abrupta de PETER fez LALI voltar ao presente com um baque.

- A enfermeira parece que não quer muitos visi­tantes com Flora - disse ela. -Acho que seria melhor se eu fosse para casa dormir. Voltarei amanhã de manhã para visitar Flora e trazer-lhe algumas coisas de que ela possa precisar.

- Parece uma boa idéia - concordou PETER.

- Não vou para casa - retrucou Jim, teimoso. -Vou ficar com minha mulher. Eles disseram que eu podia.

- É claro - disse PETER, acalmando-o. - Ficarei até descobrir o diagnóstico do médico, depois vou para casa também. Voltarei de manhã com LALI.

PETER levantou-se primeiro e deu a volta à mesa, para segurar as costas da cadeira de LALI quando ela se levantou.

- Minha cama... - murmurou. - Não a sua. LALI ficou chocada. Como poderia ele pensar em sexo naquele momento? Era a última coisa que pas­sava por sua mente. Mas, quando destrancou a porta da frente e começou a subir as escadas, a perspectiva de estar de novo com PETER já a tentava. Disse a si mesma que era tão má quanto PETER; que deveria estar se consumindo de preocupação com Flora, não de desejo por ele.

O breve telefonema de PETER do hospital, infor­mando que tinha sido apenas angina e não um ataque cardíaco, de certa forma tranqüilizou sua consciência, embora suas emoções estivessem muito confusas enquanto tomava um banho de chuveiro, perfumava seu corpo e depois escorregava, nua, entre os lençóis de cetim negro. Ouvira falar de pessoas que faziam sexo selvagem e sem prazer durante vigílias apenas para provar a si mesmas que ainda estavam vivas. Talvez isso fosse alguma coisa parecida. Suspeitava que não. LALI queria acreditar que havia amor no que fazia. Mas começava a se perguntar se não era mais uma questão de mero desejo. Nunca havia tido tanto prazer sexual quanto sentira antes naquela noite. E queria mais.

Ao ouvir o som do carro na entrada da garagem, LALI ficou totalmente excitada. Quando PETER entrou no quarto, já se despindo enquanto caminhava, o desejo a fizera esquecer de qualquer outra coisa. Desta vez, ele não falou, nem ela. Fizeram sexo depressa e furiosamente, uma união crua, animal, que os levou ao clímax em segundos. Depois, ficaram abraçados, as peles suadas, os corpos unidos.

- Não usei preservativo - murmurou ele junto a seus cabelos.

- Eu sei - respondeu, a voz rouca.

- Sinto muito.

- Não sinta - disse ela, escandalizando a si mesma. - Eu gostei.

Oh, como se expressara mal! Tinha se sentido gloriosa com aquela rigidez dentro dela, preenchendo-a com sua essência. A cabeça dele se ergueu, os olhos negros brilhando.