Fanfic: O amor simplesmente acontece AyA

Any o olhou e ele estava sorrindo. O sorriso mais perfeito que Any já tinha visto, e que com certeza nunca mais esqueceria. Ficaram em silêncio por alguns míseros minutos, um observando o outro.

Poncho quebrou o silêncio: Que foi?

Any sorriu: Nada... É que, seu sorriso é muito lindo!

Poncho sorriu mais ainda: Obrigado, não mais que o seu. Aliás, você é muito linda. Aposto que você ouve isso por onde passa, então eu falando é muito comum, né?

Any: Não que isso! Você falando soa diferente dos outros, não sei... Mas obrigada!

Poncho sorriu: Por nada!

Ficaram em um silêncio constrangedor novamente. Any sentiu que agora era a vez dela puxar assunto, já que ele já tinha feito isso.

Any: Poncho, você tem 25 anos né? - - ok, pergunta inútil, mas foi só pra puxar assunto.

Poncho: Isso, 25!

Any: Quando entrou na policia?

Poncho: Fui pro exército com 18 anos, fiquei lá ate os 21. Com 23 anos virei Capitão.

Any: Com 23? Nunca vi um Capitão tão novinho! - - riu

Poncho sorriu: É verdade. Na história da policia militar eu sou o Capitão mais novo. Eles me elegeram pela minha “capacidade fora do normal” como disse o antigo Capitão.

Any: Uau! Parabéns!

Poncho riu: Obrigado... Mas e você com apenas 24 aninhos já se tornou uma excelente médica!

Any: Pois é... Com 21 anos terminei a faculdade, aí entrei nesse hospital e to aí até hoje.

Poncho: Você sempre morou aqui?

Any: Não na capital... Eu morava na área rural aqui do México. Vim pra DF pra fazer a faculdade.

Poncho: Nossa, com 18 anos veio morar sozinha?

Any: Pois é... Digamos que eu meio que “fugi” de casa!

Poncho: Wow... Problemas?

Any assentiu mudando totalmente a feição, que antes exibia um sorriso, agora estava séria.

Poncho: Se não quiser falar eu respeito! - - tocou o braço dela

Any deu um sorriso triste: Não... Não me importo, é que esses assuntos sempre mexem comigo!

Poncho: Então, vamos falar de outra coisa!

Any o olhou, sentiu confiança em Poncho. Estava com vontade de contar do seu passado horroroso a ele e assim fez...

Any: Eu morava com meus pais lá na zona rural... Minha mãe sempre foi uma boa pessoa, mas muito influenciada pelo meu pai... Pai... - - maneou a cabeça negativamente. –Eu nunca tive um pai realmente... - - olhou pra Alfonso com os olhos marejados. –Ele me batia! Muitas vezes chegou em casa bêbado e batia em mim e na minha mãe... Mas batia mesmo, de chegar a me espancar, arrancar sangue! - - Alfonso a olhava nitidamente abalado! –Quando eu estava pra completar 18 anos ele... Ele queria me vender, entende? - - o olhou e Poncho apenas assentiu pasmo. –Foi aí que eu resolvi fugir... Com toda a certeza, eu não iria me prostituir para velhos nojentos, então eu fugi, apenas deixei uma carta pra minha mãe, fiz uma mala com minhas roupas e vim pra cidade, e cá estou agora! - - Any contou tudo sem deixar cair uma lágrima, já havia prometido a si mesma esquecer esse assunto.

Poncho estava abalado: Nossa! Eu... Eu nem sei... Any... - - pegou nas mãos dela e acariciou de leve. –Como... Como fizeram isso com você?! - - Alfonso via Any tão frágil que tinha vontade de abraçá-la e protege-la

Any: Até hoje eu não sei onde errei Alfonso... Eu juro!

Poncho: Não! O único culpado nessa história toda é seu pai... Ele não tinha esse direito! - - acariciou o rosto dela. –E sua mãe?

Any: Minha mãe tinha medo dele, não o enfrentava...

Poncho: Faz muito tempo que não a vê?

Any: Na verdade minha mãe morreu ano retrasado... Fui ao velório dela, mas voltei no mesmo dia...

Poncho: E... E seu pai?

Any deu de ombros: Nuca mais o vi, e nem desejo vê-lo! Ele nunca foi meu pai! Sempre me tratou como um objeto, que ele queria vender para ganhar dinheiro! Só pensa em dinheiro esse homem!

Poncho: Nossa Any, eu estou assustado!

Any sorriu de leve: Não se assuste...

Poncho: Você sofreu demais! Não entendo como alguém pôde fazer mal a você... - - ficaram em silêncio, mas logo Any se manifestou.

Any: Maaaaaaas, isso tudo é passado! - - disse respirando fundo. –Hoje vivo bem, sem essas pessoas que querem meu mal... Tenho Dulce pra me apoiar e agora tenho você! - - sorriu

Poncho sorriu mais ainda: Pode contar comigo Any! Sempre estarei com você! - - sorriu e a abraçou. Any aconchegou-se nos braços de Alfonso, passando os braços em volta da cintura dele, o abraçando também. Ultimamente, os abraços de Poncho estavam sendo muito reconfortante pra Any, e ela estava adorando ficar nos braços dele. Alfonso pôde sentir o perfume dos cabelos de Any, estava ficando embriagado com o doce cheiro que o corpo de Any emanava, até que ela se afastou dele.

Any: Obrigada Alfonso! - - sorriu e deu um beijinho na bochecha dele. Viu Poncho ficar todo tonto com um único beijo na bochecha e riu.