Fanfic: O amor simplesmente acontece AyA

Aí está, outro post... 

Ucker: Ué, brother, o que faz aqui a essa hora? - - entrou na sala, se deparando com o amigo revisando alguns papéis.

Poncho: Hm, estou terminando de arquivar alguns boletins de ocorrências já solucionados.

Ucker: Mas, já são 21h30! Já era pra você estar na sua casa à três horas atrás!

Poncho suspirou: Pois é... Daqui a pouco estou indo.

Ucker: Qualé, Poncho? O que está acontecendo?

Poncho levantou da cadeira, desconfortável com o assunto: Nada, ué!

Ucker: Sou seu amigo, brother! Pode me dizer... É algo com Davi?

Poncho negou: Meu filho está bem...

Ucker pensou: Com a Any, então?

Alfonso respirou fundo, não dizendo nada, enquanto arquivava os papéis em suas devidas pastas.

Ucker: Já entendi... estão brigados? Não acredito... vocês nunca brigam!

Poncho: Pois é, mas estamos.

Ucker: E, por que?

Poncho: Bom... é um motivo aparentemente fútil, mas... - - suspirou, cançado. – Eu já tentei conversar com ela, mas sempre brigamos. Sempre.

Ucker: Poncho, em uma convivência a dois, sempre tem brigas, ainda mais com um filho, que muda todo o nosso cotidiano. Eu e a Dulce brigamos muito no inicio... Samantha chorava muito, e isso era estressante. Brigávamos por qualquer coisa! A nossa maior briga foi quando eu deixei quebrar uma xícara, acredita?

Poncho sorriu, triste: É, acho que sim...

Ucker: Ficamos, acho que uns quatro dias sem falar um com o outro...

Poncho: Eu e Any não nos falamos direito acho que já faz uma semana... - - acariciou as têmporas. – Essa situação está me matando, Ucker!

Ucker: Tá... eu não vou me intrometer no assunto que levaram vocês a brigarem, mas eu te digo uma coisa, Poncho... Não deixe esses assuntos tolos interferirem no relacionamento de vocês. Agora, você e Anahí tem que estarem mais juntos do que nunca, pelo Davi. Não estrague isso, Poncho...

Poncho: Eu sei, Ucker... eu sei. Já tentamos conversar, mas...

Ucker: Tente de novo. Hoje! Olha, vá embora... Passe em algum lugar agora, de noite, compre algo para amolecer ela, e peça desculpa. Mesmo que você não seja o culpado.

Poncho assentiu: Vou tentar, mais uma vez.

Ucker: Isso, brother! Vai lá! - - fizeram um “toque” de despedida.

Alfonso foi, mesmo incerto, temendo uma nova briga, mas com toda a vontade de evitá-la. Tomou banho no próprio alojamento, trocando de roupa e deixando a farda no armário. Com sua moto foi até uma floricultura que estava quase fechando, saltou do veículo e comprou o buquê que achara apropriado para o momento. Lá mesmo, escreveu um simples cartão, com palavras curtas e carinhosas, em pedido de desculpa, e colocou o papel por entre as flores. Agradeceu a vendedora e seguiu seu caminho.

Não demorou muito, logo entrou no prédio, estacionando em sua vaga reservada. Cumprimentou o porteiro e subiu pelo elevador. Respirando fundo, analisava o buquê e o cartão em suas mãos, que carregava carinhosamente. Sorriu, imaginando conseguir fazer as pazes com a noiva, imaginando os dois voltares ao normal... Afinal, era inegável, ele sentia muita falta dela. Muita!

Rodou a chave na fechadura, porém, não precisava nem entrar para ouvir o choro cortante de Davi. E se aguçasse o ouvido, podia ouvir Anahí murmurando algo, seguida de algumas fungadas. Certo... o que estava acontecendo? Anahí e Davi chorando?

Poncho entrou, devagar, e da porta de entrada pôde ver Anahí com Davi chorando em seus braços, tentando desesperadamente acalmar o bebê.

Any: Calma, meu amor... eu... eu já liguei pro papai, mas... - - fungou.

Anahí estava desesperada. Já não sabia o que fazer. Davi estava chorando desesperadamente à horas, e simplesmente ela não conseguia saber o que ele queria. Já havia trocado de roupinha, já havia trocado fralda, dado banho, feito massagem imaginando ser cólicas... Mas nada resolvia. E, por isso Any se desesperou, ainda mais quando se viu sozinha, sem o noivo ao seu lado. E a situação se agravou quando olhou no relógio e viu ser tarda da noite, e Alfonso simplesmente não atender o telefone.

Any: Droga, Alfonso! Porque faz isso comigo!? - - tacou o telefone no chão, enquanto ninava o filho.

E, como se sentisse o olhar do noivo sob suas costas, virou, dando de cara com ele parado perto da porta da entrada.

Any: Ah! Aí está você! Esqueceu que tem casa!? Esqueceu que tem UM FILHO? - - o encarou, com os olhos transbordando

Poncho: Any... - - a olhava numa mistura de confusão, tristeza, preocupação...

Any: Sabe desde quando estou te ligando? SABE ALFONSO? TEM IDEIA???? - - gritou, superando os berros de Davi.

Poncho: Não grite! - - falou, sério.

Any: Eu precisava de você... e quando isso acontece você chega quase meia-noite! Porque isso? Onde estava? - - o encarava, sem sair do lugar. – DROGA! Isso não importa mais... não importa... - - chorou, descontrolada.

Poncho: Droga... - - murmurou, indo para a cozinha, apressado. Preocupado, com a noiva e com o filho, descartou as flores no primeiro lugar que achou, e em seguida pegou na geladeira um copo de água, levando para Anahí, na tentativa de acalmá-la.

Any: Bebê... - - sussurrou. – Você está assustando a mamãe...

Poncho: Tome, beba a água... Me dê o menino. - - esticou os braços, pegando o filho. – Ei, campeão! Olha aqui, o papai chegou... O que aconteceu, hein? - - conversava com o bebê, que ainda chorava. – Você amamentou ele?

Any assentiu, com os olhos vermelhos.

Poncho: Viu se não é cólica?

Any: Não é cólica.

Poncho suspirou: Filho, porque está chorando assim, hm? - - deixou que o pequeno agarrasse seu dedo indicador. – Você é um homenzinho, não pode chorar desse jeito... Olha, está até vermelho! - - acariciou a bochecha dele. – E pelo visto não é o único... - - disse baixo, observando a loira que limpava os olhos, longe deles. – Está assustando a mamãe e o papai... Olha, vamos conversar? O papai vai te contar como foi o dia... Eu sai daqui super cedo, o céu ainda estava escuro, sabe? O sol estava quase nascendo... Peguei a moto do papai, é uma mais ou menos igual a essa... - - pegou uma motinha de brinquedo, o mostrando. – Aí o papai saiu pelas ruas, assim “brrruuuuuuum, brummmmmmm” - - imitou o barulho do motor da moto.

Anahí simplesmente não acreditava no que via. Davi estava ali, apenas soluçando, ainda com as bochechas rosadas, porém, já não chorava. Apenas encarava o pai, sorrindo brevemente quando Alfonso imitava uma moto.

Any: Mas... co-como?... eu... - - olhava a cena, e ao mesmo tempo que se sentia aliviada e feliz, sentia-se triste por não tem conseguido acalmar o filho.

Poncho: Isso, campeão... Você gosta de moto, né? Quando você crescer mais um pouco o papai leva você pra dar uma voltinha, combinado? - - beijou a testa do menino, que o olhava, atento.

Any: Eu... vou... tomar um banho. - - disse tão baixo que quase foi impossível Alfonso ouvir.

Poncho: O que será que está acotecendo com a mamãe, hein? - - perguntou para o filho, quando viu Anahí caminhar para o quarto.

Davi apenas encarou o pai, segurando-o dedo indicador. E lá ficaram os dois. Poncho tratou de fazer o pequeno dormir, já que era tarde, e depois veria o que faria com Anahí e a situação tensa que os envolvia.