Fanfic: O amor simplesmente acontece AyA

O que Alfonso disse não era mentira. A situação que eles estavam vivendo, como casal, o estava sufocando. Estava perturbando-o, fazendo-o mal. O que estava acontecendo com Anahí? Ela simplesmente estava fora de si... completamente desequilibrada psicologicamente. Mas, porque estava acontecendo isso justo agora? Na fase em que, pela lógica, os `papais de primeira viagem` deveriam estar aproveitando a vinda do pequeno Davi Os dois deviam estar bem, em sintonia, fazendo as coisas juntos...

Pois é, milhares de perguntas e respostas se passavam pela cabeça de Alfonso enquanto ele acelerava a moto por entre as ruas vazias e escuras. Não estava longe do apartamento, apenas queria pensar um pouco e ver se conseguia encontrar uma saída para aquele inferno astral que ambos estavam passando, e acima de tudo, esfriar a cabeça, pois poderia piorar as coisas se ele tentasse “melhorar” as coisas com a noiva, e ao invés disso, acontecer tudo o contrário, e acabar piorando a situação. Se é que isso é possível.

Poncho não demorou nem 15 minutos na rua. Seu coração estava agoniado, pois sabia que havia deixado Anahí nervosa e preocupada, e essa com toda a certeza, não era a solução. Por isso, voltou rapidamente ao apartamento.

A sala estava vazia, escura e silenciosa, assim como todo o apartamento. Devagar, Alfonso foi até o quarto, onde viu a noiva e o filho dormindo na cama de casal. Davi apenas de fralda, pois era uma noite de calor, e Anahí com seu baby-doll, deitada de lado, segurando uma mãozinha do filho.

Poncho sorriu com a cena. Apesar da briga, e da situação conturbada que viviam, ele tinha a plena certeza que não poderia ter escolhido família mais perfeita que essa que via em sua frante. Amava aquelas duas pessoinhas dorminhocas. Os dois loirinhos. Amava mais que sua própria vida, mais que a si mesmo.

Suspirando, foi para sua nova “cama”. Tirou a camisa e a calça que vestia, ficando apenas com a boxer e deitou no sofá, ajeitando-se um tanto desconfortável, porém, como o sono era maior que qualquer outra vontade, ele rendeu-se.

*

Anahí despertou abruptamente. Abriu os olhos e levantou o tronco, olhando Davi e checando se estava tudo bem.

Sim, Davi dormia como anjo.

Any suspirou, aliviada. Estava começando a perceber que sua preocupação não havia tanto fundamento assim, já que, estava sendo a `mãe preocupada`, porém, em nenhum dia Davi havia chorado de madrugada. Sempre dormia sem parar, até as 7h do outro dia.

Sorrindo, levantou da cama, colocando do seu lado mais alguns travesseiros, protegendo o filho, e foi para a cozinha. Precisava de um copo de água. Bocejando, parou intantaneamente quando viu Alfonso deitado no sofá. Tão lindo e tão... torto.

Any: Eu disse para deitar na cama... - - arrumou o travesseiro que estava quase caindo do sofá. – Se não ficar com dores nas costas será um milagre. - - murmurou, o olhando, e em seguida indo a cozinha.

Ok, se sentia culpada com o clima que havia se formado entre ela e o noivo. Afinal, tinha plena consciência que sua super proteção para com o filho estava afetando e muito a relação de `marido e mulher` que os dois levavam tão facilmente e tão felizes. Sabia também que essa briga deles era tão tola, mais tão tola, que se contasse para qualquer um, iriam rir. Mas, só se resolveria quando os dois tivessem uma conversa civilizada, sem brigas, sem ironias, sem gritos.

A culpa a consumia todos os minutos dos seus dias, porém, quando Anahí viu as flores jogadas na lada de lixo, essa “culpa” que sentia triplicou-se. Quadriplicou-se. Corroeu-a por inteira, como se jogassem ácido puro em seu coração.

Any: Oh meu Deus... - - abaixou-se, retirando do fundo da lata de lixo um buquê de rosas, com um cartão entre elas.