Fanfic: O amor simplesmente acontece AyA

Os soldados estavam todos conversando, enquanto aguardavam a vinda do Capitão Herrera. Alguns conversavam em grupo, outros apenas com os colegas mais íntimos, que era o caso da Renata, que conversava com uma das recrutas que estava dividindo o dormitório.

Carol: Ay, Re, será que vale a pena você fazer isso só pra conseguir ser efetiva aqui?

Renata: Claro que vale! Imagina? Deixar de ser recruta e trabalhar aqui na cidade! Finalmente vou poder ganhar um bom salário e tirar minha mãe do interior e trazê-la pra cá!

Carol: Você sabe que ele é casado, né?

Renata: Casado não! Noivo! - - alertou, prendendo os cabelos em um coque.

Carol: Que seja, ele tem uma mulher, uma futura esposa.

Renata: Que se dane! É do meu futuro que estamos falando!

Carol negou com a cabeça: Você tem coragem de destruir uma família? Ouvi dizer que até filho ele tem! Pense no bebê, ao menos Renata!

Renata: Milhares de crianças sobrevivem sem o pai, e aprendem a conviver com uma madrasta. - - deu de ombros e viu o olhar feio que Carol lhe lançou. – Olha só, apenas te contei o meu plano, não pedi sua opinião e muito menos a sua permissão, ok?

Carol a olhou furiosa: Ignorante!

Renata: Esquece o que eu te falei, tá bom?

Poncho: TODOS EM FORMA! - - gritou para que ouvissem, o que funcionou pois rapidamente os soldados já estavam enfileirados novamente. Assim, deram inicio ao treinamento.

*

Passado a hora do almoço, estavam mais uma vez no pátio, agora decidindo os grupos para fazer a ronda.

Poncho: Certo, dessa vez eu quero 3 de vocês para irem na viatura com o Tenente Uckermann. - - encarava os recrutas, e logo algumas pessoas levantaram as mãos. – Certo, agora mais de vocês vão naquela outra viatura. - - apontou para o automóvel que tipicamente dirigia.

Andrade: Com licença, Capitão! - - levantou a mão, em gesto de pergunta.

Pocho: Diga, Andrade. - - sentiu o celular vibrar. – Só um minuto! - - pegou o aparelho e sorriu, atendendo. – Pensei que não ia mais me ligar!

Any riu: Pensou errado, Capitão!

Poncho: E aí, como andam as coisas doutora?

Any: Bem... estou sem paciente no momento, por isso te liguei!

Poncho: Hã, espertinha!

Any: E você?

Poncho: Estou no treinamento, vamos fazer a ronda agora.

Any: Hmmmm, certo. Bom, então vou desligar.

Poncho: Tá bom, nos vemos mais tarde... Ah! Não vou conseguir sair 17h, você liga pra Ba pra mim?

Any: Vou ligar já!

Poncho: Tá bom, então até mais tarde!

Any: Até, tchau amor.

Poncho: Tchau princesa... - - sorriu e desligou, voltando sua atenção para os soldados.

Andrade: Então.

Poncho: Ah, é mesmo, você tinha alguma coisa a dizer?

Andrade: O senhor não vai fazer a ronda hoje?

Poncho: Claro que vou! Vão se acertando aí, pra irem na viatura. Quero 5 pessoas. Os outros que sobrarem vão para a sala do Torres, ajudá-lo em alguma tarefa. - - avisou e se distanciou do grupo.

Renata apenas observou para onde o capitão estava indo, tentando imaginar como ele iria fazer a ronda, sendo que dessa vez não iria dirigindo a típica viatura. Por fim, deixou de observá-lo após ser chamada para entrar no veículo.

Os soldados que sobraram já não estavam mais no pátio, e agora ambas das viaturas apenas aguardavam a volta do Capitão Herrera para iniciarem a ronda. Espera que não durou muito, já que logo ele apareceu em uma moto policial.

Andrade: Nossa... - - falou baixinho, observando pelo vidro.

Poncho: Certo, eu vou na frente e vocês vão me seguindo, entendido? - - disse no rádio que carregava junto a si, e a sua voz fora reproduzida dentro das viaturas, que logo atenderam à ordem do capitão.

Andrade: É proibido ir em garupas de motos policiais? - - perguntou, fingindo inocencia, e arrancando risada dos outros regrutas que estavam no veículo.