Fanfic: Starting Again | Tema: One Direction

Acordei com uma leve movimentação estranha em baixo de mim. Abri os olhos lentamente, e encontrei o Harry sorrindo pra mim. Notei, que na verdade, eu estava dormindo, calmamente, sobre ele. Imagino o que o garoto não deve ter sofrido a noite comigo espaçosa do jeito que sou.

–Bom dia minha pequena -sussurrou ele roucamente beijando meu rosto- Desculpa, não queria te acordar, mas já ta tarde, e o Louis já está pensando merda... -anunciou ele um pouco envergonhado.

–Áh, que horas são? -perguntei recolocando minha cabeça sobre seu peito, ainda deitada sobre ele.

–Quase duas da tarde. E também, eu queria que saíssemos. Mas não pode ser muito tarde. Você quer ir? -perguntou ele sorrindo pra mim.

–Quero sim. Pra onde vamos?

–Não posso te falar. É uma surpresa. Mas se você sair de cima de mim, e se arrumar, tenho certeza que vamos chegar lá bem antes -respondeu-me Harry se remexendo sob mim me sacudindo de um lado a outro enquanto ria da minha cara. Que fofo.

–Tá, tá! -falei me levantando da cama- Que roupa eu deveria usar?

–Confortável pequena. Não se preocupe com isso. Agora, vou indo para tentar evitar alguns dos comentários piores do Louis depois -assim, Harry deu-me um beijo, e saiu do quarto.

Decidi tomar um banho na minha amada banheira (outra coisa da qual eu estava morrendo de saudades), mas infelizmente não pude demorar muito, afinal, eu queria descobrir logo aonde o Harry iria me levar. Vesti-me (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=49613822&.locale=pt-br) em dois minutos e fui comer alguma coisa.

–Bom dia! -gritei indo até a cozinha.

–Boa tarde você quer dizer, né? E ai, a noite foi animada? -zombou Louis recebendo de presente um belo tapa com a minha almofada de biscoito- Ai Harry! Era brincadeira só! -resmungou ele esfregando o braço onde havia apanhado.

–Foi Louis, muito animada. Dancei, cantei, ri, comi pizza e comida japonesa, e depois dormi. Serve?

–Desculpa Srt.Descente. Mas enfim, vocês vão fazer alguma coisa hoje, casal?

–Vamos sair -respondeu Harry, feliz com a palavra "casal".

–Onde vocês vão? -perguntou Louis, mas eu não podia intervir mesmo, então só peguei um pacote de biscoitos para comer, na cozinha mesmo, enquanto tentava ouvir a conversa que me interessava muito.

Silêncio, apenas isso.

–Áah, tá! Vai ser legal, acho que ela vai adorar -comentou Louis. Mas... o Harry não havia dito nada! Ele havia adivinhado telepaticamente o que o Harry estava pensando? Poxa, nem pra me deixar ouvir!

–Tá cambada! Vamos, Harry? -perguntei ainda com a boca cheia de biscoito de chocolate. Eu devia estar linda... Mas ele, nem se prontificou a se levantar. Ficou me olhando, sorrindo- A não ser que você queira que eu morra de curiosidade -nada! Fiz como se estivesse desfalecendo, e ai sim, finalmente, ele decidiu se levantar.

–Vamos minha pequena dramática. Tchau Boo Bear -despediu-se ele mandando um beijo pro Louis e passando a mão na minha cintura.

–Tchau menininho -despedi-me mandando-lhe um beijo também.

–Adeus pessoas. Juízo, e não cheguem muito tarde. Amo vocês. Cuidado ao atravessar a rua! Usem agasalhos -o Lou continuou berrando seus aconcelhamentos de mãe, mas ignoramos.

Continuamos indo em direção ao estacionamento, abraçados lateralmente. Ele apenas sorria e me olhava de canto, enquanto eu, estava morrendo de curiosidade. Harry continuou me guiando ao seu carro, e não disse nada ao abrir a porta do carona pra mim. Quando ele entrou, não resisti.

–Arg! Me fala! Me fala, me fala, me fala, me falaaa! -pedi entrando em desespero. Acho que eu nunca tinha ficado tão curiosa assim por uma surpresa.

–Não posso minha pequena. É uma surpresa. Lembra? Se não perde a graça e a emoção, -respondeu ele dirigindo, e se não me engano, levando em consideração meu ínfimo sentido de direcionamento, acho que estávamos indo em direção aos "exteriores" da cidade.

Conversamos todo o resto do caminho. Tentei esquecer o fato de eu estar morrendo de curiosidade, o que tenho que admitir que não foi tarefa fácil. Mas, foi quase possível. É, com ele, tudo a minha volta sumia, e só existia ele. Por volta de meia hora depois, estávamos estacionando em frente a um restaurante mas ele era... diferente. Sua estrutura não parecia de restaurante.

Harry puxou-me pela mão e começou a correr comigo em direção ao tal restaurante, do qual eu nem tivera tempo de ler o nome.

Lá dentro, de fato havia mesas com pessoas almoçando, rindo e conversando, mas o que diferia o lugar, era que no meio, tinha uma grande pista de patinação no gelo, bem iluminada e com algumas renas de lâmpadas... difícil de explicar, mas era... lindo. O único problema era...

–Err... Harry. Desculpa mas... eu não patino. Eu morei minha vida inteira na Inglaterra, mas nunca patinei no gelo -falei soltando sua mão- Sei que parece ridículo mas... eu morro de medo. Sempre penso na ideia do patim de alguém soltar de seu pé e ir parar bem na minha garganta ou algo assim.

–Desculpa, eu não sabia. Que tal, se almoçarmos, e depois conversamos sobre a patinagem? -perguntou ele, mas sem me dar tempo de responder, continuou- Isso ai. Vamos comer.

O almoço, foi muito engraçado. Comimos batata frita com um molho que era magnifico, e Coca-Cola. Rimos de tudo, na verdade, acho que estivemos com uma crise de risos durante todo o almoço, porque até uma batatinha em formato desigual era motivo de risadas estridentes. Também fiquei muito feliz de que não haviam muitas pessoas ai, e ninguém se aproximou de nós, para nada.

–Ali, vamos. Por favor. Eu te trouxe aqui pra patinar afinal -disse ele se levantando.

–Mas Harry, eu tenho medo!

–Eu vou estar com você. Agora e sempre. Eu te amo, não é assim tão difícil de intender, é? Não vou deixar que nada te aconteça. Não posso. Se alguma coisa acontecer a você, eu não me perdoaria nunca. Não vou te soltar. Prometo -Harry falou aquilo com tal intensidade, que uma corrente elétrica percorreu meu corpo com uma velocidade inacreditável. Quando não respondi nada, Harry começou a me olhar com olhinhos de cachorro...

–Isso é chantagem emocional! Sorte a sua que também te amo. Mas se eu cair, te puxo junto comigo -falei apontando o indicador no meio de seus olhos.

Foi o que aconteceu. Cai inúmeras vezes, e em todas puxei ele ao gelo comigo. Devo ter ganho inúmeros hematomas, mas ele também. Harry não mentiu. Ele esteve sempre comigo, e sempre que eu permanecia tempo de mais no chão, ele se preocupava, mas sempre eu ficava por preguiça de me levantar. Na verdade, apesar de tudo, me diverti muito. Até cheguei a fazer algo parecido com patinagem.

Bom mesmo, foi ter o Harry sempre segurando minha mão, e ninguém olhar isso estranho, ou de forma suspeita, afinal, estava na cara que eu não sabia patinar.

–Estou exausta! -reclamei tirando os patins uma hora depois que entramos na pista de patinagem.

–Digo eu, que cai um monte de vezes por sua causa.

–Você só esteve cumprindo sua promessa Curly -falei me esticando pra beijar seu rosto.

–É, mas ai eu nem tive a chance de me gabar um pouquinho. Eu sei patinar legal, tá? Que fique registrado. -Harry estava realmente indignado.

–Own, tadinho! Outro dia você se gaba. Mas... aqui, em algum lugar, eu acho que vi neve -falei me levantando do chão e puxando ele pela mão para se levantar também.- Lembrei, é mais pra lá da pista. Vamos, por favorzinho.

–Vamos meu amor.

Chegando no pequeno espaço de uns dez metros quadrados de neve, eu logo me joguei e comecei a fazer um anjo de neve, que para meu desgosto, ficou muito torto. Parecia um anjo aleijado.

–Você não conseguiu nem fazer um anjo de neve? Que inútil! -ele estava zombando da minha cara, se contorcendo de tanto rir.

Peguei uma bola de neve, a mais grande que consegui fazer e... Bem, o resto você já sabe.

Acabei cheia de neve, por todo o cabelo, e minha roupa estava até um pouco molhada. Harry também não estava em vantagem. Na verdade, estávamos destruídos.

–Obrigada por hoje Curly. Me diverti muito -falei quando entramos em seu carro para voltar para a casa, e pelos meus cálculos, já estava passado a hora do jantar, mas estava tudo bem. Acho que ainda tinha o resto de pizza de ontem...

–Obrigado a você minha pequena. Por me desculpar depois de todas aquelas nossas brigas, e por abrir de novo seu coração pra mim. Eu te amo mais que tudo, e você retribuiu meu amor. Eu deveria te agradecer, e não o contrario. -eu não sabia o que fazer. Não podia beija-lo pois alguém poderia ver, e não poderia não fazer nada. Acabei encostando minha cabeça em seu ombro.

–Eu te amo muito mesmo -sussurrei

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–Já estava quase ligando pra polícia -disse Louis quando chegamos em casa.

–Nossa Lou, que drama. Você sabia que eu ia levar ela pra patinar -disse Harry se jogando no sofá.

–Tô com fome -falei me jogando no sofá entre o Louis e o Harry.

–Eu já estava até com saudades de ouvir isso -Louis falou beijando o topo de minha cabeça- Mas bem, eu imaginei que vocês estariam com fome, então pedi comida japonesa pra nós três. Ok?

–Ninguém mais vai vim? -perguntei, afinal, eles sempre vinham!

–Não. Cada um em suas casa hoje -respondeu-me ele.

–E Boo Bear, o que você vai fazer no seu aniversário? A gente ainda não pensou nisso, né? -perguntou Harry me fazendo lembrar disso.

–Áh é, né? O seu é dia... 24 desse mês, e depois, o do DJ.Malik é dia 12 de janeiro, né? -perguntei pra ter certeza das datas.

–É mas... Biscoita, você nunca nos disse o dia do seu aniversário -como o Louis me lança uma dessas? Eu detestava meu aniversário!

–Bem, na verdade, é dia 20.. -respondi coçando a nuca nervosamente.

–Vinte de que mês? -incentivou-me Harry.

–Desse mês. Ok? Admito! Meu aniversário é vinte desse mês! -respondi me levantando do sofá exasperada. Meu aniversário nunca foi uma data boa pra mim. Ninguém além da Mel e do Derek lembrava.

–VOCÊ NÃO NOS DISSE! -gritaram os dois em uníssono se levantando tão exasperados quanto eu.

–Por que você não nos contou meu amor? -perguntou-me Harry um pouco mais calmo.

–Porque eu detesto meu aniversário. Só quem lembrou sempre é a Mel e o Derek, e a Charmene fazia questão de piorar as coisas nessa data. Então, eu queria esquecer -falei voltando a me sentar.

–Mas agora não tem mais Charmene. Somos nós, e nós te amamos -disse Louis se sentando ao meu lado.

–Bem, temos que pensar no que vamos fazer.

–Não! Não precisam fazer nada. Acreditem nisso.

–Claro que precisamos. Não perdemos uma festa por nada! -respondeu Louis sacudindo um dedo no ar bem diplomaticamente.

–Mas eu não quero! -reclamei, mantendo minha palavra.

–Mas não foi uma pergunta! -contra atacou o Harry.

É, eu havia perdido. Só me restava bufar, e me resignar.

–Se hoje é dia seis temos apenas quatorze dias pra planejar sua festa! Você é muito má com a gente, sabia? -repreendeu-me Lou. Dava pra notar em seus olhos que ele estava tendo um milhão de ideias para a festa.

De todas formas, não podia ser assim tão ruim, né? Seria como a festa no apartamento do Zayn só que... tudo mundo daria atenção a mim. Eu não gosto disso...