Fanfics Brasil - CAPÍTULO 3 - CASTELO ZÉ DO MONTE S e c r e t o s

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Capítulo: CAPÍTULO 3 - CASTELO ZÉ DO MONTE

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LM SORRINDO


Estava mexendo o molho da lasanha que fazia para o almoço quando mamãe desceu as escadas. Sua aparência não estava lá das melhores, parecia que não tinha dormido quase nada e um desanimo nublava o sorriso amarelo que ela deu para mim.


— Bom dia!


— Boa tarde! — respondi a fitando, preocupada. Era uma angustia vê-la sofrer e qualquer sinal que ela desse me deixava apreensiva.


— Acordou cedo? — ela perguntou vindo examinar o que eu estava cozinhando. — Hum, está com a cara ótima esse molho.


— Acordei não tem muito tempo e... Como foi a festa? Nem te vi com o tal cara.


— Ah, nem rolou nada... — enquanto ela falava eu organizava na forma as camadas de massa, molho, mozarela e presunto — Ele teve um contra tempo e precisou ir embora mais cedo. Mas acontece que... — ela fez uma pausa olhando o nada — Ele é tão bonito, inteligente e...


— E você está super apaixonada! — completei.


Coloquei a lasanha no microondas e fui sentar com ela no sofá, para ouvir cada detalhe do que estava a angustiando. Apesar de estar fazendo um esforço danado para me concentrar na conversa eu não conseguia tirar do pensamento o encontro que possivelmente teria com o cara misterioso. Meu coração disparava no peito, bagunçando minha mente e eu respirava fundo tentando controlar a agitação. Engolia a saliva torcendo para que isso amenizasse o gelo na barriga.


Minha mãe só tinha olhos para a sua própria paixão e não reparou em como eu estive ansiosa durante todo o almoço. Quando lavei os pratos voei escada a cima correndo para o meu quarto pensando no que diabos eu poderia vestir.


Ok. A noite de sono me fez esquecer um pouco dos seus traços, mesmo assim eu tinha em mente que ele era o homem mais lindo que meus olhos já viram, tinha aquela voz, aquele físico e aqueles lindos olhos... Certo. Ele provavelmente não apareceria hoje à tarde no castelo. Entretanto havia aquela mínima possibilidade dele estar lá, dele ir me ver, já que tínhamos combinado isso, então eu deveria considerar tal possibilidade e me vestir para impressionar. Mas o que eu poderia vestir? Como prender o cabelo? Como não parecer uma adolescente de quinze anos magra, alta demais e sem nenhuma experiência com homens mais velhos? Como?


Abri meu guarda roupas e senti vontade de me atirar pela janela. Qualquer coisa que eu usasse não bastaria. Eu corria o risco de desmaiar se ele aproximasse demais de mim. Isso se ele aparecesse.


Acabei vestindo um short jeans e uma blusa azul que realçava a cor dos meus olhos. Passei perfume (demais), delineador e uma camada de rímel, aquela camada extra de protetor solar, calcei um mocassins bege, peguei minha bolsa e saí do quarto.


Enquanto seguíamos de carro para o Castelo minha mãe continuava a conversa que tivemos durante o almoço como se ela não tivesse sido interrompida por um só segundo. Mas aquilo era monótono demais para me distrair e minhas mãos já soavam frio (um comportamento típico que eu tinha quando estava nervosa). Ela continuava com seu blá blá blá, passando a mãos nos cabelos loiros e sedosos de vez enquanto, com os olhos focados na estrada, e eu imaginava como seria mencionar que eu havia marcado um encontro com um homem de sei lá quantos anos cujo eu não sabia o nome. Ângela Carter surtaria sem nem pestanejar e se eu insistisse naquilo ela faria o retorno, voltaríamos para casa, me arrastaria para o meu quarto e me amarraria lá ao pé da cama.


Não! Ela não era uma mãe agressiva. Apenas super protetora demais, por isso era melhor nem sonhar em contar a ela sobre um possível encontro com o que ela chamaria de pedófilo.


— Chegamos! — ela disse parando o carro e me tirando daquela confusão mental — É um milagre Zé do Monte nos deixar fazer esse churrasco aqui. Todo ano eu penso que ele vai surtar, bater o pé e proibir nossa tradição.


O Castelo fica localizado na Serra da Tapuia, um pequeno distrito de Sítio Novo e seu dono é Zé do Monte, o que eu poderia chamar de um homem perturbado. Não era sempre que ele permitia a entrada de pessoas na sua obra arquitetônica.


— Eu vou encontrar o pessoal. — falei pegando minha bolsa no carro e conferindo as horas no celular. Ainda não eram três da tarde. Suspirei fundo brigando contra as bolas de gelo que se debatiam em meu estomago e olhei em volta. Vários carros estavam estacionados, muita gente, mas não o vi entre os demais. Isso fez o coração doer no peito.


Corri para dentro do castelo e encontrei minha turma de amigos. Eles estavam bebendo refrigerantes e discutindo as mesmas besteiras de sempre.


— Está atrasada! — Silvania veio me abraçar.


— Vou precisar da sua ajuda! — implorei com meus olhos pidões, dispensando os cumprimentos — Pode fazer algo por mim?


— O que você precisar! — ela respondeu aceitando o desafio.


— Eu combinei de encontrar alguém lá na cobertura — apontei para cima de modo redundante. Sil abriu a boca para disparar com uma serie de perguntas, mas a interrompi — Me deixa falar rápido, eu nã o tenho muito tempo. Vou encontrar com ele e preciso que você não deixe ninguém passar por essas escadas. Ninguém mesmo!


— Principalmente sua mãe?


— Isso mesmo! Pode fazer isso?


— Com certeza, mas quem você vai encontrar que ninguém pode ver? Eu conheço o rapaz? — os olhos dela brilharam de interesse.


— Não é exatamente um rapaz... — falei timidamente — Você não o conhece e ele não é... — eu não sabia como dizer que o cara devia ter o dobro da minha idade — Ele já é adulto. — dei de ombros e ela franziu o cenho.


 — Eu devo me preocupar?


— Não, Sil! Não deve! Apenas cuide para que ninguém além dele suba essas escadas, ok?


— E como eu vou saber que é ele?


— Você vai saber, é o cara mais lindo que aparecer por aqui, mais alto que eu, loiro e tem um cabelo liso não muito curto... — já estava suspirando enquanto me lembrava dele. — Mas me prometa que não vai rir de mim se ele não aparecer?


— Acho que eu dou conta de tudo isso! — ela falou devagar, provavelmente medindo o nível de loucura que havia me atingido.


Dei um abraço de gratidão por ela me aturar desde os cinco anos de idade e subi os degraus sem me importar em dar explicações para os outros. Quando cheguei, enfim, a cobertura, o vento soprava forte, bagunçando meus cachos e rapidamente fiz um coque para não parecer um espantalho.


Fui até a beirada e respirei fundo algumas vezes. Eu não tinha esperanças e não deveria estar tão abatida por alguém que eu só vi uma vez e que eu nem sabia o nome; mas eu estava e não podia controlar.


Fiquei observando a vista, feliz por não estar chovendo naquele dia e respirei o ar puro. Dali podia ver muitos povoados, estradas que pareciam pequenas linhas traçadas na vegetação típica do Nordeste, algumas casas com piscina, contrastando com as outras casinhas pequeninas... Era sem duvidas uma vista linda. Mas algo isento de beleza chamou minha atenção.


O castelo era construído sobre uns lajedos bem no topo da Serra e no decline das pedras eu vi urubus sobrevoando uma coisa.


— Santo Deus! — resmunguei assustada com a cena. As aves voavam por cima de um corpo. Um humano!


Inclinei-me na parede baixa que cercava a cobertura para ver melhor, aquilo já devia estar em decomposição. Arrepios percorreram o meu corpo e eu sabia que precisava sair dali imediatamente e ir avisar a alguém.


— Oi! — uma voz masculina me fez estremecer. Dei um gritinho de susto e me virei rapidamente deixando minha bolsa cair no chão. Lá estava ele.


Era mais lindo que em minha memória. 


 



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Autor(a): zafiacap

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • claudia_miranda Postado em 27/09/2012 - 13:18:59

    muito boa a sua web,posta mais,de olhadinha nas minhas webs ela é o cara e obsessão sem limites besitos

  • bruninhagbrito Postado em 20/09/2012 - 23:21:01

    Vamos a saga secretos \o/

  • zafiacap Postado em 20/09/2012 - 23:18:37

    Obrigada Flor!

  • joannacarolina Postado em 20/09/2012 - 23:03:23

    Akiii estou \o/ rsrs | Muuito boa,Parabéns!


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