Fanfic: Conociendo el amor( Portiñon)

Dulce;

 No dia seguinte passei dando voltas na cama, por entre a enorme ressaca e a dor no braço pelo tiro que por alguma razão tinha se intensificado. Não voltei a beber porque queria estar em condições, na segunda pegaria estrada para Chicago para ficar umas semanas por la, protegendo a familia de Gino.

 Por essa razão me obriguei a me recompor durante o dia de hoje, ia ser difícil fingir estar inteira durante essas semanas e fingir que era a Dulce, dura e severa que costumava ser quando na realidade por dentro eu agonizava.mais eram somente umas semanas e eu estava acostumada a resistir, depois desse tempo podia voltar a ser o despojo em que havia me transformado.

------------------

 A primeira coisa que fiz ao chegar em Chicago foi ir a mobiliaria e colocar minha casa a venda. Com sorte antes de que terminasse o trabalho de Gino já teriam vendido.

 “ obrigada por vir Dulce.” Me recebeu Gino em sua casa.

“ de nada”

“ um de meus homens passou por tua casa, viu que colocavam um cartaz de casa a venda”

“ sim.. pretendo me mudar para L.A”

“ eu imaginava. Então..”

Fomos interrompidos por Tony.

“ Dulce que bom te ver” aproximando-se para me dar um abraço mais ao me ver apertando os dentes quando tocou meu braço desistiu.” Oh eu esqueci, esta ferida” sim estava ferida, e de varias maneiras.

 “sem problema”

“ nunca te queixa de dor, você é incrível Dulce. Gosto de mulheres fortes”

“ acredito”

Gino me lançou um pedido de desculpa pelas infantis tentativas de conquista de seu filho caçula.

“ Tony venha comigo, deixe-os que estavam conversando.” Disse Milo aprossimando-se. 

“ Ola Milo”

“ hey Dulce, já estou levado ele” se foi com seu irmão.

“ perdão por Tony.. pensa que todas as mulheres vão cair a seus pés.

 “ não tem problea. Quem vai com você a L.A?

“ meus guarda-costas. Mais Tom ficara aqui para te ajudar. E levarei Tony, já que tem uma casa la para ficar e comandar L.A com Fausto”.

“oh.. não seria melhor que Milo esteja Fausto? Talvez Tony precise aprender algumas coisas”

“ sim, isso é verdade mais por isso o mando Fausto, precisa estar afastado de mim e tornar-se mais independente. Milo sempre foi independente, quando já não possa mais cuidar de Chicago planejo que seja ele quem fique encarregado.

“entendo. Bom, pode ir tranquilo, eu cuido de tudo por aqui.”falei seriamente.

“ preparamos um quarto aqui em casa, prefiro que durma aqui.”

“como quiser”. 

 “ passa algo ruim?” me olhou com preocupação.

“ não passa nada Gino, tudo esta bem”.

“ não, não esta tudo bem. Poderia me dar conta de teu sofrimento a quilômetros de distancia” me surpreendeu sua afirmação, acreditava estar fazendo um bom trabalho nisso de ocultar o que sentia. “ não se preocupe, para os outros você esta normal mais digamos que e seja mais perceptivo.” E sim, ele era. Gino sabia ler as pessoas como livros abertos, talvez por isso ninguém nunca tentou mentir para ele e sempre conseguia aproximar-se de gente leal e honesta. “então me diga, o que aconteceu?”

 “ O amor sempre dói tanto?” perguntei quase em um sussurro.

 “ em algum momento sempre dói” 

 “Anahi não quer voltar a me ver”

“ Dê tempo a ela. para alguém como ela deve ser difícil aceitar o que você...o que fazemos não é muito apreciado.”

“ posso dar todo o tempo que ela quiser. Sei que agora é melhor para ela que não estejamos juntas. Eu devo reencontrar quem eu era antes de me perder na violência.”

“ você fará isso, sei que pode ser uma pessoa a que Anahi, não tenha medo de se entregar. Mais além de ter um talento natural para matar, mais alem de que todos podemos dizer que é a melhor no que faz não foi algo que escolheu, te obrigaram a ser. Só lembre-se que essa parte sempre vai existir, não queira cala-la, use-a para ser alguém  melhor.”

 “ obrigada Gino. Sabe...quando me fala assim esqueço que é um mafioso”

 “ sou um mafioso mais quando termina o dia so sou um homem de família que ama sua esposa, seus filhos e seu futuro neto.”

Ainda tentava entender como conjugava as duas coisas. Não era porque eu fosse seguir sendo uma assassina se não porque precisava conciliar o que fui com o que pretendia ser e encontar uma forma que se parecesse a quem era antes de condenar minha alma.

Anahi;

  Na segunda voltei ao trabalho e a universidade. Pelos dias que havia faltado tinha bastante coisa para por em dia. E Sara me passou todas as anotações. Me submergi nisso para não pensar nela nem em que poderia estar fazendo. Pretendia voltar a normalidade, a tudo o seguro que conhecia. Mais realmente sabia que nada já era igual, em minha vida havia um antes e um depois, antes dela e depois dela.

 no meio disso estava o escasso tempo em que existiu a relação mais forte e intensa que tive em minha vida. Inevitavelmente estava marcada por esta relação em todos os sentidos. Já nem o mundo nem o trabalho era igual. Dulce havia me mostrado em primeira mão o que realmente era a máfia e o delito, outro mundo paralelo que estava aí e  era muito pior do que imaginávamos.

Sem êxito seguia buscando essa antiga normalidade que já não existia. De todos modos era em vão. Não era uma pessoa normal. Uma pessoa normal não continuaria tendo sentimentos por uma assassina. Dedicar todo tempo ao estudo e trabalho não era o suficiente para não sentir, meu inconsciente me traia. Pelas noites sonhava com ela, às vezes eram sonhos reconfortantes onde Dulce era a que eu acreditava conhecer antes de saber a verdade mais outras vezes os sonhos era uma tortura já que eu a via matando pessoas.seus olhos escuros como a noite, seu rosto inexpressivo e duro enquanto disparava e cortava a vitima que agonizava frente a ela. frente a minha figura imóvel e horrorizada. Essas noites eram as piores, despertava com o peito oprimido e quase sem poder respirar. E nesses primeiros minutos que voltava a consciência somente via os rostos da família do policial, era inevitável para mim não sentir culpa por negar-lhes a possibilidade de que condenassem quem destruiu suas vidas. Era pior ainda saber que haviam tantos outros como estes, tantos outro cujo rostos eu desconhecia mais que refletiam a perda igualmente.me sentia culpada porque em escassos momentos seguia desejando-a, em outros a temia, pode tantas emoções diferentes coexistir dentro de uma só pessoa sem enlouquecê-la? A julgar pelos inúmeros pedaços em que eu estava partida acredito que a resposta correta seja não. O pior era o buraco aberto em meu peito e não sabia se algum dia ele iria se fechar.