Fanfic: Conociendo el amor( Portiñon)

Anahi;

A opressão em meu peito, o sentimento de vazio, esse buraco que tinha não diminuíam, seguiam ai me fragilizando. Passavam as semanas e me sentia cada vez mais perdida em dor e depressão.

 Para tornar tudo mais difícil tinha começado a sentir que me seguiam, nunca tinha visto a ninguém mais a sensação estava ai e minha sensação era que se tratava de Dulce. Alem das ligações, mais ou menos uma vez por semana me ligavam de um número desconhecido e não me respondiam quando atendia, escutava   a respiração do outro lado e inevitavelmente outra vez tinha a sensação de que era Dulce. Talvez estivesse ficando louca, talvez queria vê-la onde não estava ,aos a sentia em todas as partes. Nem quando dormia ela desaparecia, seguia estando em meus sonhos ou melhor, pesadelos Cada vez mais frequentes, sonhava com ela assassinando gente. eu estava condenada a observar e ainda que queria detê-la não podia.

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 Mayte a escutou gritar em um de seus pesadelos e se levantou para ver como estava. A encontrou sentada na cama, agarrando os joelhos e se balançando.

May- ei Any ta tudo bem, já passou- disse sentando-se a seu lado-

Any-A vejo em todas as partes, eu vejo ela em todas as partes May.- falou distante.

May- os sonhos vão passar Any, acredite.

Any- não são só sonhos.. ela segue comigo, quando saio sinto que me segue.

May- que te segue?- levantando as sobrancelhas

Any- sim, sim, esta ai me seguindo aonde eu vá.

May- alguma vez a viu realmente ou viu seu carro?

 Any- não mais.. é uma sensação, sinto que esta ali. E alem disso as ligações. De vez enquanto me ligam de números desconhecidos e nunca falam quando atendo. Eu sinto que é ela. as vezes desejo vê-la realmente, deixar de ter essa sensação que me transtorna  e vê-la realmente e outras só quero que tudo desapareça.

May- não pense nisso. Eu saiu contigo as vezes e nunca me pareceu que te sigam, mais vou prestar mais atenção. E as chamadas que disse, são de números diferentes?- Anahí assentiu.

Pode ser engano e por isso não falam nada...tente pensar que não é ela, alem de que provavelmente não seja.

Any- talvez tenha razão, talvez eu esteja ficando louca. Já não sei nada May- começando a chorar.

May- não esta ficando louca.. tudo vai ficar bem, já passaram quase dois meses e quanto mais o tempo passar vai ficando mais fácil.agora precisa descansar. Vou te preparar um leite com uma receita especial que minha avó fazia para que dormíssemos bem depois de um pesadelo.- a abraçou e se levantou.

 Any- obrigada May.

May- pare de me agradecer, estou cansada de escutar essa palavra.

Devido a ajuda de Mayte finalmente pôde voltar a dormir e acordou melhor na manhã seguinte.

May- como está?- perguntou enquanto tomavam café.

Any- tenho que seguir adiante- respondeu segura por fora ainda que por dentro soubesse que esquecer Dulce era impossível.

May- que bom, a melhor coisa que escutei você dizer nesse ultimo tempo.. tal vez tudo isso tenha acontecido para que você aprenda, para que comece a buscar outro tipo de pessoas. Sara foi um grande avanço em tua vida amorosa, pena que durou pouco.

Any- já sei o que esta insinuando e sim, eu já pensei nisso. Sempre termino me apaixonando pelas pessoas mais daninhas.

 May- foi uma experiência, não faz sentido se arrepender disso. Bom, talvez só deva se arrepender de ter perdido a virgindade com ela. Serio, o que estava pensando?..Não, é melhor eu não saber no que estava pesando.

 Anahi a olhou um pouco magoada de estar lhe jogando isso na cara.

Any- desde quando decide sobre minha vida sexual?

May- Claramente não decido..não seria mais fácil se tivesse me escutado?

Agora Anahi começava a se irritar. Mayte não tinha nem ideia do que estava falando.

Any- mais fácil?
may- sim. Não seria mais fácil se não tivesse dado esse passo? Se não a sentisse em cada centímetros de seu corpo?

Bom,apesar de tudo talvez sim, sabia do que estava falando. Anahi podia desestimar o entendimento de Mayte, mais ainda que fosse diferente a garota também tinha enfrentado sua ruptura mais dolorosa a pouco tempo.

 Anahi- sim, provavelmente seria um pouco mais fácil- disse perdendo a raiva e entregando-se de novo a dor.-..mais não me arrependo, naquele momento parecia certo fazer. Ela foi..sei que foi autêntica nesses momentos,foi como se tudo o mau em sua vida nunca tivesse existido- pensar nesses momentos de intimidade com a morena ainda a fazia com que  sentisse correntes percorrendo sua pele.-

 Houve um momento de silencio e Mayte não acrescentou nada, somente olhou sua amiga com compaixão e um pouco de tristeza. Essa Anahí destruída não era a que ela queria ver.

 May- sabe, a Sara foiçou um pouco triste em saber que..quero dizer, vocês saíram por mais de 6 meses e não passou nada e depois chega essa mulher e estavam em um pouco mais de um mês e pronto. Isso a deixou triste, nunca se envolveu tanto em uma relação como quando esteve contigo.

 Any- E como a Sara...

 M- uh, bom.. meio que acidentalmente me escapou que você tinha feito com Dulce- disse o nome de forma mais baixa,sabendo o efeito que causava a Anahi escuta-lo.

 Any- aghh!! Mayte! Como você vai falar de com quem eu me deito  pra minha ex?- brava.

 Mayte- não falamos disso..perdão, escapou.

Any- de qualquer forma não entendo. Não tem o direito de se irritar, terminamos por decisão de ambas.

Mayte- acredito que isso magoou mais seu ego do que outra coisa, já sabe como Sara é..açe, de que se você não tivesse dado o primeiro passo para terminar com ela, Sara teria continuado contigo. Acredito que isso de ver como uma amiga  mais do que namorada só passava com você e nem tanto com ela.

Any- eu não sabia- desconcertada-.

 Mayte- não se preocupe, Esso já esta encerrado. Sara anda perseguindo moças.

 Escutaram o ruídos das cartas que passavam por debaixo da porta e Mayte se levantou energicamente para ir busca-las. Anahi a olhava maravilhada, lembrando que em algum momento ela tinha tido a mesma energia para fazer as coisas mais agora lhe parecia muito distante. Todos os que conheciam a loira sabia que não estava bem,ainda que desconhecessem os motivos. E ainda que tentasse levar uma aparência saudável seus próprios pais ao vê-la ao domingo podiam perceber a mudança em seu ânimo. Anahi somente lhes dava vagas desculpas como resposta a suas perguntas, dizer-lhes que estava sofrendo assim por uma garota sem dar-lhes todos os detalhes parecia absurdo e certamente dar todos os detalhes era a ultima coisa que queria. Todos estavam esperando que voltasse a sorrir e estar alegre como sempre, que voltasse a estar bem, ela mesma esperava e tentava conseguir isso, mais pelos outros que por ela mesma.

 Mayte- imposto para pagar, faturas para pagar- disse passando as cartas- mais contas..e isso?..- olhando o envelope- oh, mer*da- olhando nervosa a sua amiga.

 Anahi- o que é?

Mayte- uma carta para ti..de..

Anahi pegou e comprovou com seus próprios olhos de quem se tratava. Como remetente, com letra impecável estava escrito Dulce María Espinoza. Ficou olhando o nome por vários segundos,imóvel, quase sem respirar ate que com dedos trêmulos começou a abrir a carta.

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 Querida Anahi,

Cada dia sem ti é como uma adaga perfurando-me, me fazendo sangrar um pouco mais.

Não vou mentir, dói mais que qualquer outra coisa que eu tenha tido que suportar, mais é necessário. Nas circunstâncias em que me encontro não te mereço, como nunca mereci. E você precisa me ter longe, porque  a assassina que ainda esta em mim te faz dano. Espero que não sinta nem a metade da dor que me consome, espero que as feridas que abri possam se fechar. Mais que nada quero tua felicidade, nesses momentos sei que so pode ser longe de mim. Mais adiante espero que possa ser a meu lado.

Perdão pelas chamadas sei que seguramente você se deu conta de que era eu. Perdão por seguir estando presente quando disse que não iria te incomodar. Sua voz foi um balsamo para sair de meus piores momentos, agora estou pronta para tomar meu caminho.

Vou de L.A por um tempo, não sei quanto, o que eu leve para que mudar, purificar-me, conhecer o mundo e dar valor a vida, as pessoas. Faço por mim, por minha mãe e por ti. Quero encontrar-me, me desfazer dos anos de violência e maus tratos e encontrar o que era antes de ser o que sou. Quero voltar a você como essa essência que viu em minha alma, sem obscuridão, somente claras obcuridades do que vivi. Porque não volto a te buscar enquanto não estiver segura de que já não posso te machucar.

 Não sinta minha falta, não derrame lágrimas por mim pois fui totalmente inadequada e insuficiente para alguém com a perfeição que você possui. A única coisa que fiz de bom, a única coisa que me salvou foi te amar, e sigo amando, talvez ainda mais intensamente. Quero que saiba que não espero nada, só alguma vez voltar a te ver sorrir. Se quando volto, ainda não quiser estar comigo nada terá sido em vão porque ainda que não te tenha terei o amor que alguma vez você me deu e que me fez mudar, ser melhor.

Te amo, agora e sempre.

Dulce.

PD: nunca fui muito boa com palavras então acredito que estas de “Adele” são mais adequadas que as minhas para expressar o que sito..
"I wish nothing but the best
for you too
Don`t forget me I beg
I remember you say
Sometimes it lasts in love
But sometimes it hurts instead
Sometimes it lasts in love, but
sometimes it hurts instead”

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  Era a primeira vez que via a letra de Dulce, simétrica quase perfeita. As letras parecia fundirem com o papel, como si tivesse apertado demais a caneta com a firmeza tão característica de suas fortes mãos. Cada palavra fazia eco em sua cabeça, aumentando o vazio em seu peito..como pretendia que não sentisse sua falta? Quando a única coisa que fazia era aparecer, rodea-la para logo deixar o vazio outra vez. Sua respiração ao telefone, a carta, faziam retroceder a dor, a dor que significava tê-la tirado de sua vida. Mais realmente a tinha tirado? Fisicamente sim, mais nos demais aspectos seguia ai, as vezes em maior ou menor medida, mais ainda e em nenhum dia, havia saído completamente.

 Mayte- o que disse?

 Anahi não respondeu, mais lentamente lhe entregou a carta. Mayte leu e franziu o cenho enquanto mais avançava, claramente não acreditando em uma palavra da aparente sinceridade de Dulce.