Fanfic: Conociendo el amor( Portiñon)

 May- menos mal, disse que ia te deixar ir.. Any não se impressione com isso, você mesma disse que ia seguir adiante. Ela que faça sua patética vida e quando volte, se é que volte- cética- você já vai ter superado isso, com alguém que te faça feliz de verdade e não seja uma doente.

 A loira assentiu somente por inércia, na realidade não escutava realmente Mayte, a voz de Dulce ainda a aturdia, repetindo as palavras da carta.

 May- vamos, que você tem que se trocar para ir ao trabalho.

 Se deixou ser levada por Mayte ate seu quarto. Tinha a sensação de que alem de ser sua melhor amiga, por esses dias ela tinha se transformado uma espécie de enfermeira, assegurando-se de que comesse, se levantasse da cama, inclusiva respirando quando a encontrava jogada no chão se seu quarto tomando o peito por causa da dor.

 Os quase únicos momentos em que melhorava um pouco era quando se juntava com Sara e Jenny, só ai aparecia uma sombra do que costumava ser seu sorriso.o resto era automático, ir ao trabalho e estudar, só para fechar sua mente nessas atividades, só para ser livre dela por alguns momentos ainda que já não existisse emoção nem entusiasmo.

 Os dias seguintes a chegada da carta deixaram Anahí ainda pior, mais fechada em si mesma. Mayte já não podia vê-la assim, por isso tentava tira-la desse estado de todas as formas possíveis. Com muito custo finalmente conseguiu convencê-la de ir com Sara a Lego e também acompanhar Jenny em seu turno de trabalho.

 Depois de algumas bebidas a loira agora se encontrava dançando com Jenny e rindo sutilmente das coisas que a moça a contava. Mayte e Sara estavam sentadas em uma mesa olhando-as de vez enquanto.

 Sa- o que vamos fazer com a Anahi?

M- ta falando de que?

Sa- já não aguento vê-la sofrer assim.

May- não podemos fazer nada, é ela quem tem que se recuperar. Passaram mais de dois malditos meses e estava um pouco melhor mais chegou chegou essa mer*da de carta e a derrubou outra vez. Ainda por cima teve o descaramento de dizer que a ama e um monte de estupidezes.

 Sa- e não é verdade que a ama?..não entendo muito bem o que passou entre elas.

 May- eu muito menos- disse fingindo não saber toda a história-.. mais sei que a fez mer*da.

Sa- quando esta com Jenny parece estar melhor.. talvez dentro de um tempo  ficar com a Jenny a faça bem. Jenny a tempos é louca por Anahi, bom Jenny geralmente é louca mais isso distrai a Any- disse um divertida-

 May- uma louca a mais?.. então é melhor elas pararem por ai, Any não precisa de mais drama.

 Sa- não é esse tipo de louca, Jenny é uma pessoa muito particular mais é boa moça.

 Mayte- contanto que a faça voltar a sorrir, ainda que por um tempinho, eu não me oponho.

Anahi;

A carta tinha me afetado mais do que queria admitir. Me deu alivio perder a sensação de ter alguém me seguindo, me observando mais em troca agora tinha a sensação de que a qualquer momento poderia voltar a mim, como uma pessoa diferente da que era superficialmente, como a pessoa que só em ocasiões pude sentir em seu interior. Queria que voltasse? Tinha a ilusão de que podia voltar e tudo ficaria bem, ela seria diferente, sem violência, sem o dano que havia causado. Mais não era nada mais que ilusão. As mortes não podem Ser apagadas, as vitimas seguem existindo.

Sempre tive a teoria de que quando alguem mata a uma pessoa destrói parcialmente sua alma e que quantos mais crimes comete maior é a destruição até que finalmente não sobra nada, perde sua humanidade totalmente. Quando conheci a Dulce estava nesse lugar, a ponto de perder-se totalmente mais sem duvidas a medida que nossa relação avançava, talvez seja certo que foi recuperando pedaços de sua alma.

Pedaços, somente pedaços porque ninguém pode ser igual depois de ter matado outro ser humano...ela já não pertencia ao mundo que conhecemos, vivia em seu próprio inferno e muitas vezes sem que eu me desse conta havia me arrastado a ele. Mais agora que sabia a verdade já não podia nem queria ver esse seu lado sinistro. O que tinha acreditado conhecer antes de que se deixasse condenar, essa Dulce torturada mais que ainda não havia entregue sua alma. De alguma forma não a culpo, sei que tudo o que fez seu padrasto foi terrível e também sei que isso não a exonera de tudo. 

 Quanta violência pode suportar e exercer sem que isso te mude para sempre? Quanto ódio pode receber sem que se torne incapaz de amar realmente? Quantas vitimas pode levar alguém consigo? Quantos momentos decisivos temos na vida? Pode-se concertar quando em algum desses momentos fazemos a escolha errada? Ou os erros são nossa carga para sempre? Terminar com Dulce foi meu momento decisivo? Essa decisão irá pesar-me sempre? Existira sempre seu fantasma em minha vida? 

Estava cheia de perguntas com relação a ela, a mim, a ambas. Se pelo menos chegar as respostas fosse fácil como fazer as perguntas! Serviam-me as perguntas ou o melhor era tentar esquecer de tudo? Aí então temos outra pergunta. Ultimamente parece que isso era a única coisa que faço, pergunto e formulo respostas às coisas que na realidade na perguntei, mais essas respostas ao implícito são as que me mantêm funcionando, podendo levar minha vida enquanto sigo sem responder as perguntas que verdadeiramente formulo quando me detenho a pensar.

8 meses después

 Que o tempo cura tudo é uma grande mentira mais é certo que ameniza. O vazio, a dor que sentia se tornaram menores, menos dilacerantes. Alem de que tinha escolhido seguir adiante.  Levei meses para fazer isso mais finalmente um dia pude seguir adiante. Aprendi a viver com seu fantasma, com o amor suprimido.. e entendi que por mais que fosse a pessoa que mais amei podia subexistir sem ela, com os pequenos pedaços imperfeitos de felicidade que encontrava com outra pessoa.