Fanfic: Conociendo el amor( Portiñon)

 O templo era o edifício mais lindo que eu já tinha visto em minha vida, parecia fundir-se da ladeira da montanha, sua arquitetura era milenária e em um pátio central cresciam numerosas plantas. Tinha um pátio menor onde existia uma cascata natural produto do desgelo da montanha e essa era a água que utilizavam.Depois de ter tomado banho e de me trocar com uma de suas túnicas, me levou para ver o monje superior. Era um homem muito mais velho, estou certa de que tinha muitos anos ainda que parecesse um homem de 50. Seu olhar era o mais penetrante que alguma vez eu tenha visto e seu semblante o mais pacífico e relaxado. Me fez algumas perguntas das quais havia feito o monge mais jovem, somente quando me perguntou o que eu havia feito lhe disse toda a verdade. Por algum motivo não tive medo das consequências, de que me expulsasse Dalí e me mandasse com a polícia do país para me deportarem e ainda se tivesse feito era impossível mentir para a esse homem e eu não tinha ido para isso. Quando disse a verdade não procurei por desculpas pelo que havia feito. Só lhe disse que havia sido uma assassina, que tinha ganhado a vida assim e toda a gente que havia matado.

 “ se está aqui, se fez essa viajem está claramente arrependida. Posso ver” eu somente concordei enquanto que seu olhar não me abandonava.seus olhos era como detectores da condição humana. “ por que escolhestes essa vida?”

 “ não a escolhi, deixei que escolhessem por mim” basicamente contei a história de minha vida, a morte de minha mãe, meu padrasto, sem necessidade de maiores explicações porque parecia entender mais alem do que diziam minhas palavras.

 “Também vejo que sabe que isso não é uma desculpa. Em algum momento deixou de brigar contra o mal e se deixou ser levada pelo caminho errado.”

 “ eu sei, tinha que ter sido mais forte”

“ o Karma é algo cíclico, é como dizer que nossas ações voltam a nós de alguma maneira. A forma de encontrar redenção, de purificar a alma depois de más ações é fazendo o bem, agindo de maneira correta e ajudando a quem necessita, servindo aos outros e não a si mesmo.”

“ entendo”

 “ não faz falta que sejam grandes coisas, com os pequenos gestos é suficiente. Mais você está em divida

Com as famílias de suas vitimas, deve reparar esse dano.”

“ não posso reparar essa dano.. eu as tirei..”

“ deve ajudar quem pode. Pode ficar um tempo aqui. Deve meditar quando o façamos e seguirá nossa dieta vegetariana. Não busqueis o castigo nem o perdão, busqueis o bem, então o primeiro já não terá validez e o segundo já não será necessário.”

O monge superior costumava deixar-me com essas frases mais sempre encontrava sentido e me ajudavam a sarar, a ser melhor. O mesmo me ensinou a meditar, a controlar o corpo, suprimir a dor. Ainda que não expressasse abertamente estava surpreso de que eu aprendesse tão rápido, em menos de dois meses tinha mais controle das sensações corporais do que alguma vez tinha acreditado ser possível.

Se antes era boa em suportar a dor, agora era boa em não senti-la, um tiro como o que tinham me dado no braço não significaria nada agora.

 Mais ainda falhava um pouco na meditação, não conseguia me distanciar inteiramente deste plano e isso se devia a que a imagem de Anahi ainda estava em minha mente. Assim que me vi obrigada a falar disso também com o monge.

 “porque não me contou isso antes?”

 “ pensei que não era necessário, alem do mais francamente pensei que se irritaria um pouco, já sabe, por isso de ser incapaz de suprimir os desejos corporais, enfim..” pela primeira vez vi uma espécie de sorriso em seu calmo rosto.

 “ Dulce.. não esta aqui nem para ser monge em para alcançar a iluminação final. Não espero que seja capaz de transcender seu corpo. Para isso precisaria de algumas reencarnações a mais e toda uma vida de dedicação. Já conseguiu muito mais do que esperaria de qualquer visitante a este templo.”

 “ obrigada” disse fazendo uma leve reverencia com a cabeça.

 “ então essa busca de transformação não é só por você se não também por ela, quer ser digna dela”.

 “ sim..isso é ruim?”

 “ Não. Uma alma gêmea nunca é ruim, tem um efeito elevador em ambas as partes. Acredito que já é hora de voltar para casa, estas pronta para isso.”

 “ sim, eu também acredito”.

 “ já sabe como vai ganhar a vida agora?”

 “ bem, com o dinheiro que me restou quero realizar o sonho de minha mãe e abrir um restaurante. Nessa viajem aprendi receitas de diferentes países.”

 “ lembre-se em não buscar somente beneficio próprio, esse dinheiro está sujo, é produto do delito. Faça algo bom com ele, algo que transforme sua mal origem”.

“ então não deveria usa-lo para isso?”

 “ pode usa-lo para isso mais de uma maneira que beneficie aos demais. Quando chegar o momento vai entender a que me refiro. Lembre-se o que aprendeu, não se perca do caminho.”

 Foi assim que depois de quase três meses no templo comecei a viajem de volta a L.A .um dos monges caminhou comigo a o povoado, indo pela trilha correta somente levamos 5 dias para descer. Ali busquei minhas coisas, me despedi da amável família que havia me dado um lugar e depois de viajar em vários ônibus  ate o aeroporto peguei o avião de volta.L.A provavelmente seguia igual mais antes a mim já não já não via da mesma forma porque eu já não era a mesma.

Estava pronta para por em pratica o sonho que tive com minha mãe, estava quase pronta para recuperar Anahí. Primeiro queria terminar de encaminhar minha vida, conseguir um local, abrir o restaurante e mais que tudo de alguma forma poder ajudar a família do policial que assassinei.