Fanfic: Conociendo el amor( Portiñon)

Anahi;

Como sempre fazia me abriu a porta para entrar em seu carro e saímos em silêncio. Era estranho estar de volta em seu carro, indo a sua casa. Chegamos a uma casa linda e muito grande tendo em conta que era somente para ela. “ primeiro te mostro por dentro e depois vemos o jardim com a piscina. Trouxe roupa de banho?”

 “ não”

 “ com o calor que esta fazendo e não pensou em aproveitar minha piscina?”

 “ não pensei nisso” tinha tantas outras coisas em que pensar. Além do mais estávamos recentemente voltando a nos ver, não iria me enfiar em sua casa com um biquíni e me jogar em sua piscina.

“ não tem problema, se quiser entrar mais tarde eu te empresto um..bom, bem-vinda a meu lar.”

Disse abrindo a aporta deixando-me passar.

Entrei e percorri com o olhar, realmente adorei o lugar. Agora sim em sua casa se notava que vivia alguém, não estava tudo tão vazio como o apartamento que eu tinha conhecido. Em seguida notei a foto de Dulce com sua mãe posta em uma das estantes do living, era a mesma que aquela vez eu havia encontrado no chão.

“ já era hora de deixar de fugir das lembranças” me disse ao notar onde eu olhava. 

 “ fico feliz de que  já não siga escondendo tuas boas lembranças.” 

 “ ponho um pouco de música?”

“ se quiser, você decide.”

“ Muse” ao fundo, enquanto me mostra o resto da casa. Ao quarto preferi não entrar, por fora e nada mais, mais percebo uma foto nossa em sua mesinha. Eu, as poucas que tenho com ela as guardei em uma caixa e nunca mais voltei a abrir e ela á tem ali, a vê todos os dias. Voltamos ao living e nos sentamos no sofá. Presto atenção a um canto com velas, uma manta no chão e um Buda.

“ esse lugar é para meditar”.

“ você medita?”

“ Os monges me ensinaram”. 

 “ ah..o que mais falta? Medita, é vegetariana, se transformou em uma santa. Pode ser a santa dos assassinos ou algo assim.” Disse sarcástica.

“ não sou santa de nada e sempre vou ser uma assassina, as mortes simplesmente não se apagam. Mais posso estar arrependida e tentar ser algo melhor.” Me disse baixado a cabeça, talvez ferida por meu comentário.

“ não disse com a intenção de..só é difícil acreditar em toda essa mudança.”

“ entendo..quer ver as fotos da viagem?”

“ sim, quero.”

Traz o laptop, o coloca na mesa. Enquanto eu observo seu quadro de Dalí.

“ gosta do surrealismo?” pergunto.

“ sim, gosto. O que mais gosto é Dalí na verdade.”

“eu também”.

Já estava colocando na pasta com as fotos. Começou a me mostrar fotos de lugares maravilhosos da América latina.

“ vê que não era um continho a viagem” me disse tranquila. 

" não disse que era mentira a viagem. alem do mais pode ser photoshop isso aí"

 “ o que eu preciso fazer para te convencer?” perguntou colocando uma mão em minha perna e me olhando aos olhos.

Aí, justo aí, falha minha respiração.

“na..nada Dulce, falei brincando. Bem..continua mostrando as fotos”  tira sua mão torturantemente lento mais quando percebi já não estava mais me tocando. 

Seguem as fotos, em algumas esta com pessoas que conheceu. Me conta sobre os camponeses da fotos que a deixara, ficar em sua casa, ela saí sorrindo e brincando com eles nas fotos. Não há obscuridão, não há nada o que se temer nela. Depois vêm as fotos da Europa, a torre Eiffel, París, Roma, Madrid e bom todos já sabem tudo isso. Passamos a China, Japão, Índia e finalmente ao caminho a o templo budista do Tibet, fotos incríveis das montanhas.

  “ são só fotos dos primeiros dias. Ao final já estava tão cansada e desidratada que não tinha em forças para fotos, apenas podia caminhar.”

“quanto tempo esteve caminhando?”

“ 12 dias. Quando cheguei ao templo desmaiei nas escadas de entrada. Despertei já dentro, em uma cama e já haviam passado dois dias.”

“ como aguentou tanto tempo sem comer quase nada e caminhando o dia todo?”

“determinação, suponho. Foi a meta que propus. Chegar ali, limpar meu corpo com o sacrifício.” Disse pensativa.

“ faça o que faça sempre é muito valente..não pensou que podia ter morrido ali sozinha? Pergunto forçando as palavras a saírem. Onde seguir mais ainda assim seguia. Valeu a pena, aprendi muito com os monges, o monge superior foi meu guia.”

“ não pensei a princípio e depois de ter caminhado bastante já não me importava. Meu mapa não me ajudava e não sabia para onde seguir mais ainda assim seguia.

 “ esse lugar é um sonho”. Disse olhando uma foto do templo.

“ sim, ele é. Não tenho fotos de dentro dele porque os monges superiores não permitem fotos”.

“ não posso acreditar que tenha viajado por todo o mundo, adoraria conhecer esses lugares.”  

“ bom, algum dia quem sabe possa te levar.”

“ algum dia.”

Me olhou profundamente.

 “ me conta Any, como ta indo no jornal?”

 “ bem, muito bem. Na verdade a matéria que fiz contigo foi a primeira que me deram e já me disseram que quando me forme já estou contratada. Frank me ajudou muito, sempre fala bem de mim.” 

“ não te ajudou só fala a verdade. Pelo que sei o livro esta sendo um êxito não?

“ sim, vai indo bem em vendas, isso também ajudou a que  jornal me queira com eles.”

“ estive pensando” disse aproximando-se de mim. “ se escreveu este livro é porque pesou em mim todo esse tempo..não?”

“ sim, claro que pensei em ti. Para mim nunca foi um jogo nossa relação“

“ para mim muito menos.. e se pensou em mim, sentiu minha falta? Disse com suas voz mais suave e sensual.

“ senti muito a sua falta mais não senti falta das mentiras. Nem o engano, nem todo o trouxe contigo. E segui adiante porque não podia viver sentindo falta de uma relação que me tinha feito tato mal.” Lhe disse olhando ao olhos, sincera e vulnerável.

“ é verdade, não tem que sentir falta do que te fez mal”. Me disse suavemente, suspirando Ao terminar de falar. “ vamos ao jardim?”

“ claro”.