Fanfic: Conociendo el amor( Portiñon)

Anahi;

 Liguei para ela pela manhã e nada. Saí do trabalho e liguei várias vezes mais sempre ia para caixa de mensagens e em sua casa chamava a ninguém atendia. Eram 3 da tarde então certamente ela estaria no restaurante. Cheguei por lá e ainda tinha muita gente almoçando. Me topei com Jack

“ Oi Jack, A Dulce ta aqui?” 

“ Oi Anahi, não, Dulce não vem aqui hoje”.

“ ah, é que eu estou ligando para ela a um tempão e ela não atende o celular. Está resolvendo algum problema com os distribuidores?”

 “ não, com os distribuidores tá tudo bem, ela disse que ia por uns dias, que amanhã também não viria por que tem que fazer uma viagem e se ocupar em uma coisa.”

“ De que teria que se ocupar?” perguntei irritada por ela ter mentido.

 “ não sei, não me disse mais nada. Mais parecia bastante preocupada, talvez seja algo familiar.”

“ algo familiar, sim, claro.” Com sarcasmo. Não podia acreditar que estava mentindo para mim outra vez, desaparecendo assim. Tudo se encaixava, a ligação, a mudança de atitude e agora derrepente uma viagem sem que ninguém soubesse para onde. O Mer*da eu poderia pensar? Porque fazia isso? Ela estava indo bem, estava feliz,  me tinha de volta. era por dinheiro? Ia matar outra vez porque precisa de dinheiro para o restaurante? Porque se não fosse por isso o único motivo que restava é que realmente gosta de fazer isso, mais isso não se encaixava com tudo o que eu conhecia sobre ela.

 “ quando ela voltar eu digo que você veio procurar por ela.” 

 “ sim e diga mais... que tenha uma boa desculpa por ter sumido porque se não  vai ter que me esquecer de vez.” 

 “ok, eu..eu digo..” assustado, certamente com medo de ter cometido um erro ao ter me dito isso.

 Realmente queria que ela pudesse explicar isso. Mais o que me explicaria? Por alguma razão ela mentiu para mim sobre a ligação e por mais que eu deseje que não fosse assim o mais provável é que venha com os olhos perdidos me confessando o que havia feito e me pedindo perdão. Não queria mais mortes em minha consciência. Mais confissões de seus crimes, eu já havia tido mais do que podia suportar. Me doía na alma que isso estivesse acontecendo, me doía e me deixava furiosa ao mesmo tempo. Se estava fazendo o que tudo indicava, eu ia fazer o único que me assegurava não voltar a me aproximar dela, o que qualquer pessoa normal teria feito todo esse tempo em vez de andar crendo que uma assasina tem coração, a enviaria a cadeia.

Dulce;

 Dando um bom uso a meu mapa de San Diego encontrei o endereço sem problemas. Estava na entrada da enorme casa, em um dos bairros mais caros da cidade. O filho da P*ta vivia bem, ao que parece. Toquei meu bolso direito, tinha minha navalha. Toquei o esquerdo, estavam os cigarros e um isqueiro, ainda me restaram vários do segundo maço que comprei, ia precisar deles. Peguei minha bolsa, as duas garrafas de whisky e fui tocar a campainha, todos meus músculos tesos e o rosto inexpressivo.

 “ estava te esperando” me disse com sua voz grave pelo interfone e me fez sentir calafrios.

  O portão se abriu e entrei até a porta que também estava levemente aberta. Entrei fechei bem a porta e a passos firmes cheguei até a sala. Ali estava, sentado em um sofá de coro negro, com sua mão segurando uma bengala e seus olhos frios me encarando. Se notava o passar do tempo desde a ultima vez que eu o vi, a 6 anos atrás, agora tinha alguns cabelos brancos em seus cabelos negros e a mesma expressão detestável.

 “ Dulce”

“ Paul” disse apertando a mandíbula.

A sente-se” apontando para o sofá em frente a ela.

“ prefiro ficar aqui.” Disse mantendo a guarda.

“como quiser. Vejo que não perdeu os modos.” Olhando para as garrafas de whisky

“ não se pode chegar com as mãos vazias.” Deixando as garrafas em sua mesa.

“ nem vazias, nem desarmadas.”

“ com certeza não desarmadas” acrescentei deixando claro qual era minha situação. “ não sei porque ligou para Gino me procurando, não poderia me importar menos com você. Ao que eu saiba você não é minha família, fui criada por lobos. A não ser que queira me pedir perdão antes de morrer, não sei porque queria me ver.” Disse cuspindo as palavras. 

 Meu padrasto me olhou com um sorriso irônico e golpeou o chão com seu bastão de apoio.

 Pedir perdão? Maldita ingrata, não tenho motivos para te pedir perdão. É a melhor assassina sob contrato graças a mim, te fiz ser quem é. Em vez de ser uma medíocre te transformei em alguém a quem todos temem, respeitam, a quem ninguém passa por cima. Está mais alem de todos o idiotas que trabalham de 9 as 8 e se queixam porque tem um mal casamento. Não depende de ninguém, não precisa de ninguém e ninguém pode te machucar por que já não sente dor. A única forma de te destruir e te matando e para isso tem que ser infalível. Te fiz quase invencível.”

“ sim, esqueci que me deu a vida perfeita, fui teu maldito animal doméstico todos esses anos.” Fechando meus punhos. 

 “ veja, já quer me matar a golpes. Explorei o melhor de ti..Fiquei sabendo que já não vive em Chicago, está em L.A e matou ao Mariscal” disse com um orgulho repugnante.

“ sim”

“ muito bom, matou a um dos grandes, sinto falta disso. Deve ter bastante trabalho agora.”

“ já não trabalho com isso. Sou dona de um restaurante, como sonhava minha mãe.” Apertou mais forte sua bengala e me fuzilou com o olhar.

“ que me*rda de sentimentalismo é essa?” disse com desprezo.

“ quero fazer a coisa certa, conheci alguém e me apaixonei.”

“o amor te faz fraco. Eu cometi esse erro com sua mãe mais pensei que tinha te ensinado o suficiente para que não cometesse esse erro... devia ter deixado aquele traficante te violasse, assim teria aprendido mais” tive o impulso de sacar meu revolver e esvazia-lo contra o peito desse homem, mais me controlei so para ver onde iria tudo isso.

 “ porque luta contra tua natureza? De qualquer forma não vai lutar por muito tempo... como sabe estou morrendo. É uma enfermidade degenerativa dos músculos. Eventualmente vou terminar prostrado em uma cama quase como um vegetal. Já é difícil para mim caminhar, por isso a bengala. Não quero morrer assim, um pouco mais a cada dia. Me suicidaria, mais você e eu sabemos que isso é covarde. Por isso te liguei, para que você me mate. Poderia pagar para alguém fazer isso mais acredito que isso é trabalho seu.”