Fanfics Brasil - Penúltimo Cap- parte 1 Conociendo el amor( Portiñon)

Fanfic: Conociendo el amor( Portiñon)


Capítulo: Penúltimo Cap- parte 1

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Anahi;


Estava parada aí olhando-me sem culpa. Acreditando que se não entrasse em detalhes  eu poderia esquecer de tudo isso. Que tivesse atirado em seu padrasto eu poderia entender mais isso ia muito mais além.


 “ que mer*da você fez Dulce?”


 “ o bati e o marquei com ferro quentes e um pedaço de madeira, o cortei várias vezes e terminei o ateando  fogo. E o melhor de tudo é que eu desfrutei de cada segudo, voltaria a fazer isso sem duvidar.” Me disse inexpressiva, com olhos frios.


Pela primeira vez a vi em plenitude como uma assasina, não tinha que imaginar isso, estava aí frente a meus olhos.  


 “ você é doente. Não se dá conta do quanto isso é perverso?”


“ é o que ele merecia. Suportei por anos sua perversidade, foi minha vez de fazê-lo pagar com a mesma moeda.”


“ como pode me dizer que desfrutou disso?”


“sou sincera. Se chama vingança e a ideia é que você desfrute. sei que é um conceito que não figura em teu dicionário, provavelmente porque ninguém nunca te fez algo tão grande para que queira se vingar. Mais em meu dicionário ela tem um grande valor.”


“ mataram meu irmão mais não quis sair por ai me vingando.”


“ é diferente. Se tivesse uma arma e estivesse frente ao assassino de teu irmão não sei se estaria me dizendo o mesmo.”


“ eu não funciono assim.”    


Concordou com a cabeça  e suspirou “ tem razão, é boa demais para isso. Mais eu funciono assim” 


 Diferente das outras vesses agora ela defendia seus atos sem culpa nem arrependimento e isso começava a me assustar.


 “ o que aconteceu com tudo o que aprendeu no templo? Jogou tudo no lixo?”


“ é muito difícil estar na situação em que eu estive e lembrar dos ensinamentos... para os monges é muito fácil falar de perdão ou que seja porque eles estão traçados lá dentro desde os 10 anos, não passaram dia após dias sendo espancados até desejar que por fim tudo se acabe, engolindo seu próprio sangue. Assim é fácil falar e levar a prática, mais para mim não é tão fácil.”


“ tá me dizendo que gostou de matar, sabe como isso soa?” 


 “ soa como que eu tenha desfrutado em matar ao filho da pu*ta que me fodeu a vida. Não significa que eu seja uma psicopata, que vou sair escolhendo vitimas para matar, sabe que eu não sou assim.”


“ sinceramente já não sei como você é.”


“ tenho minhas regras Anahi, para mim não há problema em matar alguém quando ela realmente merece.”


“ agora esta dizendo que fez bem em matar toda essa gente?”


“ não é o que estou dizendo. Isso era trabalho e me arrependo de ter feito. É diferente, era uma revanche pessoal e tinha todo o direito em fazer isso. Ainda que não se encaixe com suas regras ou sua moral. Eu tenho minhas próprias Anahi, porque não vivi no mesmo mundo que você” me disse enquanto acendia um cigarro.


“ voltou a fumar.”


“ sim mais não acho que seja definitivo. Talvez eu volte a deixar.”


“ não posso fazer isso Dulce, a única coisa que vem em minha mente são imagens terríveis de você fazendo...”  fui incapaz de completar a frase.


 “ você precisa de tempo e pensar nisso, pensar se confia em mim. Só  te peço uma coisa, pensa como se estivesse em meu lugar, não em seus valores. Toma o tempo que quiser e quando estiver sozinha tente meter-se em minha cabeça, imagina que te tenham espancado, torturado e humilhado por anos. Imagina de verdade, apague por uns minutos as lembranças que tem e imagine-se garota jogada no chão de um quarto com suas costas ardendo de tantos golpes de ferro quente, engolindo o próprio sangue de tanto morder o lábio para não gritar e amarrada tão somente para satisfazer aos desejos de seu agressor, porque realmente você não poderia nem se mover. Pensa que anos mais tarde você o tem frente a frente e a situação é a inversa, agora você é muito mais forte. Não iria querer se vingar? Pense Anahi e depois me procure.”


 Nunca tinha descrito explicitamente o que ele havia feito, agora havia dito as palavras lentamente, com um grande esforço e o olhar perdido. Sabia que era dificil para ela me falar tudo isso, coisas que jamais havia pronunciado a ninguém.o que menos poderia fazer agora era jugá-la tão rápido, realmente tomaria um tempo para pensar em tudo isso.


 “ vou pensar Dul”


“ obrigada”


“se cuida e não... faça loucuras. Não fume demais”


“ não farei”


Abri a porta e ela me olhou e sem se aproximar de mim se foi. Suspirei contra a porta, sentia o ar vazio e pesado. Precisava sair por um tempo, quase não podia respirar ali dentro. Tirei um refrigerante da geladeira, peguei minhas chaves e desci ao estacionamento.


Dulce;


 


Saí de seu apartamento sem baixar o olhar, sem me culpar de nada porque tinha sido totalmente honesta. Não me arrependia do que tinha feito, se há algo do que me arrependia era de não ter feito antes em vez de suportar toda essa mer*da. Mais finalmente a conta estava paga e eu tentava seguir adiante. Precisava que Anahi não me julgasse por isso, precisava dela em minha vida. 


------------


Faziam duas horas que estava jogada em sua cama, de bruços e sem camisa nem sutiã, deixando “ventilar” sua tatuagem que seguia incomodando. Por algum motivo suspeitava que Anahi não apreciaria muito isso, se é que Anahí decidisse seguir com ela.


Apesar de seu esforço e avanço, seguia sendo antissocial e não tinha amigos. claramente havia melhorado muito sua forma de tratar as pessoas e inclusive gostava da companhia de certas pessoas. Para ela o mundo seguia estando cheio de gente de mer*da e justamente eles eram os que tinham o poder mais também havia pessoas que valiam a pena. Jack e os demais garotos eram próximos dela,afinal passavam horas no trabalho vendo-os e depois de Anahi eram os que mais sabiam sobre ela, mais o que sabia era limitado ainda assim. Tinha carinho e sentia a necessidade de ajudá-los e protegê-los mais nunca se abria totalmente a uma amizade, era alo desigual já que eles sim confiavam demais nela.


 


Inclusive havia ido a suas casas algumas vesses e sempre se assegurava de que tudo estivesse bem, se algum de seus pais tivesse voltado a por a mão em cima de algum não tinha dúvidas em parti-lhe a cara. Podia se dizer que estava do mesmo modo próxima a Susan, gostava de passar algum tempo com ela e amava seus filhos. Mais quase nunca falava de sua vida com exceção de sua relação com Anahi e o que poderia ter sido uma amizade estava contaminado pelo fato de que se baseava em mentiras. No fundo sempre seria um ato para tentar concertar o dano que havia feito. 


Os surfistas eram conhecidos divertidos para passar um tempo de vez enquando, nada mais. O resto das pessoas que conhecia- sem contar os Marzoni e outros mafiosos- eram através de Anahi. Sara parecia ser alguém interessante agora que  havia deixado de olhá-la com receio por ser a ex da loira. De fato as amigas de Anahi eram as que a tratavam melhor. Pelo que tinha visto de Jenny era chata, arrogante e se achava superior a todo mundo ainda que dissimulasse. Ou talvez era rixa por ter que vê-la beijando a sua loira. Christopher era um idiota ao qual não dedicava maiores pensamentos, exceto o pouco tempo quando se imaginava dando lhe uma boa surra. Por último Mayte, já não era irritante e poderia ter se dado melhor se não fosse pelo fato de que constantemente se dedicava a lançar advertências. De qualquer forma um aceno de cabeça e um bom olhar frio conseguia fazer com que a moça se remoesse internamente com medo.


 A única pessoa em quem confiava plenamente era Anahi, exceto alguns detalhes, sabia tudo sobre sua vida. Havia se exposto a ela totalmente a pesar de todos os mecanismos de defesa que lhe advertiam os riscos. E ai estava com sua felicidade e possivelmente sua liberdade dependendo da dona destes olhos azuis. Mais não pode evitar o coração sempre acelera quando a tem por perto.


Anahi retornava ao apartamento logo depois de ter dado voltas com o carro e ter feito as compras. Descarregou as sacolas e entrou com a ajuda de Mayte. Juntas elas abasteceram o armário da cosinha e a geladeira. 


M-  Eu faço a próxima compra. 


A-    Certo.


M- falou com a Dulce?


A-    Veio aqui hoje.


M- que fez desta vez?


A-    Nada...


M- como nada? Você me disse que ela mentiu para você. Foi um mal entendido. Quando fui procurar por ela e seu ajudante me disse que não havia problemas com o restaurante era porque ela não tinha informado a ele. Esteve cuidando disso esses dias- disse o mais despreocupada que pude.-


 M- ah, então não há nada de estranho...


A- Não há nada de estranho, esta tudo bem, vou tomar banho. 


 Somente deixou a cozinha e imediatamente apagou sua cara de despreocupada. Mais alem do que disse considerava que Mayte não tinha porque saber o que havia acontecido. Dulce tinha razão, este era um tema muito pessoal ainda que se tratasse de um assassinato.


Se enfiou na banheira cheia de água apenas morna. Depois de uns minutos fechou os olhos e tentou se imaginar na situação de lhe tinha descrito Dulce. Em sua mente estava amarrada, jogada no chão de um piso sujo, com gosto de sangue na boa e uma figura borrada que seguidas vezes parecia querer quebrar sua coluna com um golpe, para tornar isso ainda pior o pedaço de madeira com o que golpeava estava fervendo e a queimava por alguns segundos. A figura borrada tomou um pouco mais de forma ate que a dor foi insuportável. Abriu os olhos, tremendo, e se deu conta que havia começado a chorar. Já não estava tão segura de que a vingança fosse algo injustificável. 



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Autor(a): Sahportiñon

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 Não queria levantar-se mais o telefone soava sem cessar. Resmungando deixou a cama e atendeu.  Dul- alô? X- por favor a senhorita Dulce Maria Espinoza? Dul- sou eu X Sou o policial Gean de San Diego, lamento informar que seu padrasto foi encontrado morto ontem em sua casa.  Não estava nervosa, estava segura de que Fausto tinha limpado ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 561



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  • tryciarg89 Postado em 10/01/2023 - 22:09:32

    Já li pela segunda vez essa história, ela nos faz pensar em muita,além de claro admirar o amor delas e a força que ambas tiveram que ter pra apesar de todas as diferenças e obstáculos que surgiu manter esse amor que tanto machucou quanto curou elas. Parabéns

  • luara2010 Postado em 28/01/2013 - 11:58:39

    Vish kisla, tu mora no rio de janeiro? kkk e babi, namorada nao e__e namorada atrapalha tudo, uma peguete ta bom? kkkk

  • babiportinon Postado em 27/01/2013 - 23:07:22

    Luara acho que preciso de uma namorada kkkkk car foi perfeito vey. Melhor impossivel, queria estar aqui antes, mas to com um projeto de fic e acabei me empolgando nela... agora que a ficha caiu e vim correndo. aff mas amei cara, simplesmente amei, no fim tudo deu certo.. concerteza ate a proxima.

  • kislaany Postado em 27/01/2013 - 22:17:26

    Sim, bem, um pouco porque além de rock escuto outros estilos.. na verdade sou um mix..rsrs

  • luara2010 Postado em 27/01/2013 - 21:08:03

    e vish veelho, percebi agora... Kislaany Tu é rockeira mulher?

  • luara2010 Postado em 27/01/2013 - 21:03:14

    Ahhhh meu... deus.... *-------* Eu fico no comando dul, larga ela vai?! kkkkk Web perfeita *---* Adoreeei *---*

  • kislaany Postado em 27/01/2013 - 20:53:38

    kkkk..

  • luara2010 Postado em 27/01/2013 - 20:44:13

    hum.... Gosta de uma coisa selvagem né babi´portinon? kkkk

  • babiportinon Postado em 27/01/2013 - 18:47:15

    Luara pensei melhor e acho que e melhor eu deixar ela no cantinho dela kkkkk

  • babiportinon Postado em 27/01/2013 - 18:45:04

    Verdade kislaany acho melhor nem pensar kkkk se ela fizesse metade do q fez com esse padrasto dela eu já tava estirada no chão kkkk se bem que eu gosto de uma coisa meio selvagem kkkk O.o ai meu deus acho que a carência ta mexendo comigo kkkkk mas agora falando serio, depois q ela conto nos detalhes o que ela fez foi pouco pra esse infeliz, a Any também não suportaria oq ela aguentou e então não pode simplesmente julgar ela


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