Fanfic: Conociendo el amor( Portiñon)

A loira foi a procura de um pano e limpou a mancha de sangue. Depois recolheu as fotos, olhando-as e observando a pequena Dulce sorridente e feliz que havia nelas.por que não podia seguir sendo assim?

Suspirou e se levantou do piso

 Any- onde quardo as..

 Dull- nessa caixinha preta, obrigada

Any- faz muito tempo que não as via?

Dul- mais de 14 anos- disse amargamente

 Any- oh..entendo em parte a que se deve seu estado-.. devia ter alguma aqui fora para ver de vez enquanto, não faz bem guardar as coisas tão escondidas assim.

Dul- sim..eu sei

Anahí terminou de guardar-las e deixou a caixa sobre a mesa. Seu olhar baixou ao único que ainda restava no chão.

Any- o que faço com isso?- disse segurando a navalha com mãos inseguras

Dul- deixa ai na mesinha

Any- não gosto que tenha isso

Dul- é util

 Any- sim to vendo para que..

 Dul- podemos não falar disso?.. apenas quero dormir um pouco ate que a dor passe

Any- sim Dulce, dorme. Eu fico aqui

Dul- você disse que não comeu. Na cozinha tem um pouco do jantar, esquenta e come algo antes de deitar aqui comigo

Any- ta mais não tenho muita fome.

Dul - Come algo aunque sea, ¿si?

Dul- come pelo menos um pouquinho ta?

Any- esta bem- lhe deu um beijo e a deixou no quarto

Anahi;

Fui a cozinha a passos lentos, ainda bastante chocada pelo que havia acontecido. Me sentei e me servi com um copo de água, realmente não tinha fome, meu estomago havia  sido tampado. O que aconteceu dava voltas em minha cabeça. Acredito que hoje entendi a magnitude dos problemas que Dulce tem.

Ate antes de vê-la assim pensava que era alguém que havia sofrido muito, tinha sido maltratada, metida em coisas ilegais e que tinha se feito forte e inatigivel para resistir. Mais depois disso acabo de perceber que não era tão simples. Tal vez nem seguer chegue a compreender  magnitude do que esta aconteceu, do que viveu e a fez ser assim. Mais o que entendi hoje é que se despreza e isso me assusta.

Gosto muito dela, por Deus eu  a amo!- e tenho medo do que possa chegar a fazer. O que acontece se não posso ajuda-la? Notei como mudou desde que estamos juntas, como sorri de vez em quando, esta feliz mais sei que não é assim o tempo todo, sei que há momentos que fica envolvida em todo o mal e não sabe como sair.

Então o que aconteceria se eu não for o suficiente para salva-la? Que acontece se isso for muito para mim? Tenho medo de chegar a perceber que o que fiz é uma loucura mais tenho medo de perde-la. Como as coisas mudão não? Parecia ser a menina mais feliz do mundo  naquelas fotos com sua mãe, irradiava alegria e luz. Mais a Dulce adulta é tão diferente, já não irradia nada.

E esse desprezo a si mesma sei que não vem pelo que faz, em partes é o que conseguiu seu padrasto nela, que acreditasse que não merece nada, que não vale nada. Mais se se odeia como pode amar alguém? Pode me amar da maneira que eu a amo? Espero que sim e espero poder conseguir que deixe de se odiar, que deixe o amor entrar por completo em sua vida depois de tanto tempo.

Voltei ao quarto para me deitar com ela. já estava dormindo e me deitei com cuidado para não acorda-la. Prestei especial atenção em não tocar seu braço

Machucado e lentamente me acerquei para estar colada a ela e rodear sua cintura. Comecei a adormecer pensando que esta relação é a mais intensa que tive em toda minha vida, intensa e fodi*mente extrema. Lembrei de que ela usou uma citação do "lobo estepario" para ajudar a defini-la e também lembrei que no livro do lobo estepario era definido como um "suicida". Tenho muito boa memória para as coisas que leio. Especialmente os livros que me marcarão por isso me encontrei dando voltas a esta frase do livro "é peculiar do suicida sentir seu eu, o mesmo da com razão que sem ela, como um germe especialmente perigoso, incerto e comprometido, que se considera sempre muito exposto e em perigo, como si estivesse sobre o pico estreitíssimo de uma rocha, onde um pequeno empurrão externo ou ligeira fraqueza interior bastariam para precipta-lo ao vazio. Esta classe de homens se caracteriza na trajetória de seu destino, porque o suicídio é para eles o modo mais provável de morrer, ao menos segundo sua própria ideia."
Dulce tinha muito de "suicida" mais como a conheço sei que para ela é uma solução covarde. E não que não tivesse motivo para faze-lo, qualquer pessoas com a metade de sua fortaleza teria feito. Ainda estava aqui lutando contra seu passado, lutando para ser melhor. Talvez por isso lhe custasse tanto se abrir comigo, porque isso significa lembrar o passado que havia querido enterrar, voltar a sentir essa dor e voltar a sofrer fraquezas interiores que podia precipita-la ao vazio.. me aliviava pensar que se não tinha se matado ate agora já não faria e muito menos agora que eu estava em sua vida. Mais isso não significa que se fossem todos os meus temores. Dulce era tão forte e tão frágil ao mesmo tempo.