Fanfic:  ❥ Uma Herdeira em Perigo ❥ ❥Laliter ❥ (Adaptada) | Tema: Laliter

Eram momentos como esse que faziam Lali Espinoza feliz por ter mudado de nome. Mariana  Esposito Herrera não se envolvia com a polícia.

Haveria um jornalista logo ali, esperando para ler o nome dela em algum lugar e agir como um lobo atacando a presa.

E algo simples como um acidente de carro seria o suficiente para levá-lo diretamente a ela.

Quando Lali ouviu o som de pneus cantando, seguido de um forte barulho de colisão, percebeu que seu carro seria a vítima.

Fora atacado por um carro esportivo prata rebaixado.

O impacto provocou a abertura da mala de seu automóvel.

- Buona fortuna, como sempre, Mariana  – ela murmurou, deixando uma caixa na porta de sua loja e correndo para a rua. A chuva fria de inverno ensopava suas roupas, emaranhava seus cabelos.

Olhou primeiro para os livros na mala e depois para o homem atrás do volante do outro carro. Como ele xingava em voz alta, ela concluiu que não estava machucado. Ele abriu a porta do veículo e desceu, avaliando o prejuízo, antes de encará-la.

- Você está bem? – ele perguntou, pegando o celular.

- Estou. Eu não estava no carro, lembra? Você está bem? – ela indagou.

- Sim. Peter. Peter Lanzani.

Ela sabia quem ele era. Era impossível viver em Bradford, Carolina do Sul, e não conhecer os McKays. Rico, bonito e bom partido. Tudo isso era pouco para começar a descrever Peter. Com cabelos escuros e olhos azuis-claros, ele era o homem mais cobiçado da cidade. Principalmente quando vestia calça jeans com jaqueta de couro.

Ela olhou para os dois carros.

O esportivo parecia uma sanfona.

Então ela notou que a chuva entrava pelo porta-malas de seu carro e pingava em suas caixas de livros.

- Ah, não, meu estoque!

- Estão arruinados – ele falou.

Ela o olhou.

- Obrigada por observar. Qual terá sido a razão? – Ela tentou fechar a mala, mas não conseguiu.

Ele tirou a jaqueta e cobriu os livros como um cavalheiro.

Ela devolveu-lhe a jaqueta e levantou uma caixa de livros ensopada.

Ele pegou a outra caixa e caminhou atrás dela.

- Olhe, é minha culpa.

Ela parou perto da porta para olhá-lo. Aquilo era um erro. O corpo de Peter estava muito perto de suas costas, e ela pôde senti-lo. Os vívidos olhos azuis a alfinetavam, como se a oportunidade de olhá-la lhe fosse ser arrebatada a qualquer momento. As pequenas pregas ao lado de seus olhos demonstravam incontáveis sorrisos. A água da chuva pingava de seus cabelos escuros na jaqueta que voltara a vestir.

Ao sentir o cheiro da colônia dele, Lali desejou inspirar profundamente. Em vez disso, falou:

- A culpa é da chuva, a curva na Bay Street e de uma rua escorregadia.

 Ele sorriu.

- Isso significa que estou perdoado? – perguntou.

Aquele sorriso acendeu algo dentro dela, e acelerou sua pulsação. Sua pele fria fora repentinamente aquecida, e ignorar a maneira como reagira a ele não era tão fácil quanto esperava. Era provável que ele soubesse o efeito que tinha sobre as pessoas.

- Você precisa do meu perdão?

- Não, mas gostaria de tê-lo.

Aquele sorriso surgiu novamente e ela entrou correndo na loja, colocando a caixa no balcão, antes de encará-lo outra vez.

- Então, está certo, você está perdoado.

- E seu nome é? – ele perguntou.

- Lali Espinoza. – Saía facilmente de sua boca depois de quase dois anos. Era uma pena que tivesse que mentir sobre quem realmente era houvesse se tornado uma segunda natureza. Ele levantou a mão. Ela apertou rápido e se esquivou. Está certo, a pele dele era deliciosamente quente, apesar de não ser suave e macia como esperava. Ela sentiu pelo menos um calo. Provavelmente conseqüência de jogos de golfe.

 - Lugar interessante – ele afirmou. – É novo?