Fanfic:  ❥ Uma Herdeira em Perigo ❥ ❥Laliter ❥ (Adaptada) | Tema: Laliter

Sentiu um aperto no peito ao lembrar tudo isso. Ela se fechara porque aqueles que amara mentiram. Para conseguir o que querem, as pessoas o magoam de forma inconseqüente. Pessoas como Dan Jacobs.

Os livros, porém, jamais a feriram tanto assim.

Os livros a levavam para...

- Srta. Espinoza?

Ela forçou um sorriso.

Peter franziu o cenho, imaginando por que ela estivera tão distante.

- Você está bem?

A expressão dela mudou de pensativa para falsamente carinhosa, fazendo com que ele a observasse ainda mais. O que estava ficando insuportável. Ela tinha uma qualidade régia, não arrogante, mas digna e sofisticada. Que nem mesmo as roupas e os óculos de bibliotecária escondiam.

- Correndo o risco de parecer redundante, estou bem.

Peter não costumava levar fora de mulheres e admitia que isso o desconcertava. De repente, conseguir um sorriso dela virou um desafio.

Ele ainda a fitava, quando ela falou:

- Você não devia ligar para um reboque? Ou para seu escritório, sua namorada?

 Não, ele pensou. Nada de namorada, ou pelo menos nada firme. No momento, apenas se divertia com paqueras eventuais. Não fazia muito tempo ele quase dissera “Sim” para a mulher errada. Uma mulher que queria o dinheiro dos Lanzani, mas não o homem.

Já fazia dois anos e apesar de não doer mais, a lembrança de como ficara cego ainda persistia. E, de repente, Lali o fez lembrar que jamais saberia se uma mulher desejaria a ele ou a fortuna da família.

 - Não tenho namorada, obrigado por perguntar. E liguei para o reboque quando estava com os policiais. – Ele inclinou a cabeça e apoiou-se no balcão, diminuindo o espaço entre eles. – Você realmente quer que eu vá embora, não? Por quê?

Lali manteve-se onde estava, recusando-se a recuar. Não seria inteligente. O cheiro dele era maravilhoso. E a jaqueta de couro marrom com a camisa bege lhe davam uma aparência maravilhosa. Ela respirou fundo, sentindo profundamente o cheiro dele.

- Diferente do rico desocupado, tenho que tocar meu negócio. Sr. Lanzani?

- Sim.

- Acho que seu telefone está tocando.

Ele pegou o celular.

- Fã-clube? – perguntou Lali.

 Ele piscou-lhe um olho e ela sentiu um alvoroço em suas entranhas que quase havia esquecido.

- Alô. Sim, mãe, estou bem.

Lali abafou uma risada.

- Meu Deus, como você soube disso tão rápido? – Uma pausa e então ele disse: - Diga a Sra. Ashbury que estou bem. Sim, sim, vou para casa sozinho. – Ele fechou o telefone. – Mande-me a fatura dos livros – disse, dirigindo-se à porta.

- Enviarei.

- Ou melhor, passo aqui amanhã para pegar. – Peter sabia que a irritaria.

- O correio funciona bem, Sr. Lanzani. Para a maioria das pessoas.

Peter sorriu-lhe.

- Não sou a maioria das pessoas, Srta. Espinoza.

Ele bateu a porta e pegou um táxi, deixando para trás o carro batido.

Lali sentia-se como se tivesse recebido um aviso. Aquele não seria o fim de Peter Lanzani. E, para ela, aquilo era perigoso.

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