Fanfic:  ❥ Uma Herdeira em Perigo ❥ ❥Laliter ❥ (Adaptada) | Tema: Laliter

- O meu também – ele disse. – É isso.

- Não acredito.

- Olhe, estou em débito. Meu seguro cobre.

- Este é um carro das empresas Lanzani. Já os vi.

- Pode parecer um deles, mas não é. – Ele a examinou por um tempo maior do que ela esperava. – Você está querendo discutir, não?

- Sim. Não dá para notar, pelo meu tom de voz?

- Se eu a conhecesse melhor...

Lali o olhou como se dissesse que isso não aconteceria.

- Está bem, continue uma estranha, mas vai precisar do carro. – Ele sacudiu as chaves.

Ela recuou.

- Você dá ordens a todos ou somente a mim?

- Se pudesse, tentaria com mais empenho fazer com que você participasse do festival.

 - Não mude de assunto – ela observou. – Não preciso do seu carro nem do seu dinheiro, Lanzani.

Peter sorriu. E Lali sentiu o coração na garganta. Ela se arrepiou por alguns segundos. Quando fora a última vez que conhecera alguém que sorria tanto? Que estava tão de bem com a vida?

Droga, disse uma voz em sua cabeça. Será que o fato de ele ter milhões não tinha nada a ver com isso? Ele não tinha muito com o que se preocupar, tinha?

O dinheiro fazia com que as pessoas ficassem estranhas. Mas, na sua experiência, não gerava uma atitude como aquela. O que ela ainda tentava entender. Por que ele flertava com ela? Ou ele estava apenas testando o próprio charme com a moça sem graça? Do jeito que se vestia e se arrumava atualmente, ela sabia que não parecia atraente. Era intencional. Uma forma de não ser notada. Quanto menos fosse reconhecida, melhor.

Fora estilista com seu próprio ateliê em Paris e Milão. Sabia o que as roupas realçavam, mostravam, escondiam. E optara por não expor nada, usando cores e estilos errados, os cabelos presos num coque no alto da cabeça. Usava óculos porque precisava deles, e tinha um modelo lindo no apartamento. Mas, em público, colocava óculos redondos de tartaruga, grandes demais para seu rosto e para a cor de seus olhos.

- Vim pedir novamente sua ajuda no trabalho comunitário.

- Minha loja é meu trabalho comunitário.

- Mas as crianças – ele disse com um gemido à voz.

Por dentro, ele a quebrara. Fazia com que ela desejasse sorrir, mas ele entenderia isso como um estímulo.

- Isso não é justo.

Ele encolheu os ombros.

comentem!!!