Fanfics Brasil - •Capitulo1• Destino Incerto. (Laliter)

Fanfic: Destino Incerto. (Laliter) | Tema: Laliter


Capítulo: •Capitulo1•

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Juan Pedro Lanzani, ou melhor, Peter. Esgueirou-se pelo corredor comprido, atento a qualquer movimento suspeito, contando as por­tas na passagem e anotando possíveis esconderijos em caso de necessidade. Escutou risos ao longe e ruídos de talheres batendo em porcelana.




O mapa rabiscado às pressas por Rocio, a criada da hos­pedaria, mostrara uma exatidão surpreendente. Fora fácil localizar a alameda, as cavalariças, o portão destrancado dos fundos, as cercas-vivas que garantiam a privacidade, a en­trada do terraço. Segundo Rocio, o Duque sempre ia até a biblioteca, acima e à direita, depois do jantar.




Ainda que a moça estivesse enganada, Juan Pedro esperaria o quanto fosse preciso para forçar uma confrontação. Sentiu culpa e remorso ao lembrar-se de como adulara e seduzira a jovem roliça e simpática para obter as informações sobre Nicolas Vazquez, Duque de Roswell. Esperava que a bolsinha com moedas que lhe enviara junto com uma men­sagem de despedida servisse para amenizar um pouco o de­sencanto da pobrezinha.



Acertar as contas com Nicolas Vazquez era uma ques­tão familiar, e Juan Pedro assumia qualquer ônus ou risco quando se tratava de sua família. Com a morte prematura dos pais, enfrentou uma infância difícil. Não demorou muito para tor­nar-se o protetor do casal de irmãos mais novos, e por eles faria tudo, até mesmo enganar uma pessoa bondosa como Rocio.



Durante sua permanência na Argentina, as tentativas de encontrar-se com o Duque revelaram-se infrutíferas. Nicolas era poderoso, rico e poderia negar-lhe uma audiência, se assim o desejasse. Por isso Peter resolveu usar métodos alternativos, embora pouco recomendáveis.




Batera na porta de Nicolas Vazquez inúmeras vezes e escrevera várias cartas. Empenhara-se em cruzar-lhe o caminho, mas o Duque nunca estava só. Rodeava-se de um exército de criados eficientes e fiéis que impediam a aproximação de indesejáveis.




Para maior sucesso, Peter deveria ter trazido seus pró­prios homens. Assim competiria em igualdade de condições. Mas viera apenas com seu irmão, Gaston. Como america­no, fácil de se reconhecer pelo sotaque e pelo trajar descon­traído, não tivera oportunidade de infiltrar-se no círculo so­cial do Duque.




Antes de vir para a Argentina, Peter e Gaston concor­daram em resolver a questão da maneira mais discreta pos­sível. Não pretendiam erguer um clamor público contra um homem casado e pai de dois filhos crescidos. Só não haviam contado com o desinteresse de Vazquez em receber dois estrangeiros atrevidos. Era lógico que não iriam contar ao porteiro os motivos daquela visita. Entretanto, empregar métodos mais drásticos teria sido eficaz, se tivessem alguns bons camaradas.




Apesar de Gaston ser muito competente no desempenho de missões complicadas, estava fora de cogitação duas pes­soas dominarem os guardas do Duque. Vê-lo de longe, su­bindo ou descendo da carruagem, foi o máximo que Peter conseguiu naqueles dias.




— Isso logo vai mudar — Peter murmurou a si mesmo.




Parou, olhou para os lados e entrou na biblioteca. Nin­guém por perto.




O fogo crepitava na lareira, e o conhaque na mesa aguar­dava a presença de Nicolas Vazquez. Peter desistiu da idéia de es­vaziar o cálice para o Duque desconfiar de sua presença. Nenhuma gota de álcool deveria nublar-lhe os sentidos.




Foi até a extremidade do recinto e escondeu-se atrás de uma das cortinas pesadas de veludo. Na passagem, foi im­possível não observar a opulência fria do ambiente. O lugar mais parecia um museu, pela quantidade de tesouros enfileirados. Artefatos variados, pinturas clássicas e tapetes orientais. Papel de parede com incrustações em ouro. Ador­nos brilhantes de cobre. Tudo muito limpo, polido, de muito valor. E exposto para dar a dimensão exata da fortuna do dono, onipotente e supremo.




Aquele homem pagaria por tudo, Peter refletiu, resoluto. O Duque de Roswell haveria de cumprir as obrigações de­vidas a família Lanzani.




Em instantes a porta foi aberta, e Peter espiou. Era Nicolas que entrava. O Duque, de costas para ele, acomodou-se na poltrona enorme, suspirou, recostou-se no couro macio e fechou os olhos antes de alcançar o copo.




Peter esperou Nicolas beber alguns goles, deixar o recipiente de cristal sobre o tampo e passar a mão sobre a barriga. Sem fazer o menor ruído, saiu do esconderijo, postou-se atrás dele e encostou o cano da pistola em sua cabeça.




— Não se mova ou estouro seus miolos.




Nicolas mexeu-se, e Peter pressionou o metal mais fundo.




— Estou falando sério. Eu o matarei em um piscar de olhos.




— Acredito. — Vazquez ficou imóvel. — O que deseja?


 


Continua...




Obrigada pelos primeiros comentários! =) , aí está o 1° Cap. Gostaram? Continua,sim ou não? Comentem muito que eu posto mais um cap hoje . Bjs!



 




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Autor(a): laliterespozani

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— Estou falando sério. Eu o matarei em um piscar de olhos. — Acredito. — Vazquez ficou imóvel. — O que deseja? — Ponha suas mãos onde eu possa vê-las. Agora! Duque inclinou-se para a frente com lentidão e descan­sou as palmas no mogno escuro. — Se está quere ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 309



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  • peterlanzani Postado em 02/10/2012 - 14:44:34

    posta

  • hellendutra Postado em 26/09/2012 - 18:43:05

    to amando posta mais

  • hellendutra Postado em 26/09/2012 - 18:42:54

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  • hellendutra Postado em 26/09/2012 - 18:42:41

    to amando posta mais

  • hellendutra Postado em 26/09/2012 - 18:42:30

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  • hellendutra Postado em 26/09/2012 - 18:42:13

    to amando posta mais

  • hellendutra Postado em 26/09/2012 - 18:41:41

    to amando posta mais

  • lary_laliter Postado em 23/09/2012 - 21:30:30

    amei...posta mais...

  • hellendutra Postado em 23/09/2012 - 19:09:53

    posta mais

  • hellendutra Postado em 23/09/2012 - 19:09:38

    posta mais


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