Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)

Fokaj: aaaa, amor, vc tbm é do sul? De onde?

"Mais alguém sente como se sua perna estivesse morrendo lentamente?" Ucker perguntou, sentando no banco da van e suspirando. "Ai, isso dói pra caramba."

"Pois eu já disse que vocês deveriam se alongar mais." Maite murmurou.

"Onde a Dulce está?" Poncho perguntou, olhando em volta da van e não vendo a amiga.

"Ela disse que tinha esquecido uma camisa no quarto." Anahi falou, dando de ombros. "Ela voltou pra buscar."

"Mas você já está aqui a dez minutos." Chris revirou os olhos. "A menos que ela tenha se perdido... Bom, ela pode ter tido um ataque cardíaco..."

"Muito legal, Christian." Maite deu um tapa no ombro dele e se levantou, começando a sair da van. "Eu vou ver porque ela tá demorando tanto. Eu só quero chegar no aeroporto logo pra dormir no avião."

A morena saiu da van e voltou pro hotel, sem dar tempo de ninguém falar nada. Ela foi direto pro elevador e apertou o botão do andar onde o quarto de Dulce e Anahi estava. A subida demorou pouco e ela logo estava no corredor em direção ao quarto 1512. Quando ela chegou na porta, Dulce saiu de dentro do quarto e deu de cara com ela. Maite deu um passo para trás, um pouco surpresa.

"Aaa, você está aí."

"Desculpa a demora, eu não sabia onde estava." Dulce mostrou a camisa que estava em sua mão e fechou a porta. "Podemor ir agora."

Elas voltaram pro elevador. "Só não esquece a cabeça porque está grudada." Maite revirou os olhos. "Perdemos 10 minutos por causa disso."

"May, minha querida, a gente pode se atrasar a porra do tempo que a gente quiser."

"Dulce! Eu vou lavar sua boca com sabão!" Maite exclamou.

Dulce revirou os olhos e bufou. "Fala sério, Maite."

"Olha, eu não gosto que..." Ela foi interrompida quando o elevador deu um tranco e todas as luzes desligaram. Os olhos dela, instantaneamente, se arregalaram e ela se escorou na parede. "Não, não, não, não, não." Ela repetia, uma e outra vez.

Dulce olhou-a com a sobrancelha levantada. "Viu, agora a gente vai se atrasar mais."

"Não, não, não, não, não, não, não, não, não, não, não." Maite fechou os olhos e colocou a mão no peito, começando a ter dificuldade para respirar.

Dulce se aproximou, preocupada. "May, você tá legal?"

"Eu tenho claustrofobia!"

A ruiva franziu a testa. "O que? Por que você nunca me contou isso antes? E como foi que a gente nunca percebeu isso antes?"

"Eu..." Maite respirou fundo, tentando se controlar. "Eu fiz um pequeno tratamento, então eu não tenho problemas em andar de elevador ou ficar pequenos espaços de tempo em um lugar fechado. Mas a porcaria do elevador simplesmente parou! E eu vou morreeeeeeeer." Ela lamentou, choramingando.

Dulce se aproximou mais e a abraçou apertado. "Está tudo bem, May. Nós logo vamos sair daqui, você não vai morrer."

"Eu vou sim." Maite balançou a cabeça.

"Não, não vai." Dulce beijou sua cabeça e se afastou um pouco, ainda mantendo-a em seus braços. "Eu estou aqui!"

Maite respirou fundo, porém, suas respirações estavam entrecortadas e meio superfíciais. "Dulce, me tira daqui! Eu vou morrer! As paredes estão se fechando! Meu Deus! Dulce, vamos ser esmagadas!"

"Se você tivesse me contado antes que tem claustrofobia eu estaria preparada para caso isso acontecesse!" Dulce reclamou. "Vem cá, senta aqui comigo, vamos respirar fundo e apenas esperar eles nos tirarem daqui. Tudo bem?"

"Não, não está tudo bem! Eu vou morrer esmagada por essas paredes do demônio!" Maite exclamou.

"May, respira fundo." Dulce falou, colocando as mãos no ombro da amiga e olhando em seus olhos. "E se acalma." Ela respirou fundo com a amiga algumas vezes, antes de suspirar quando não estava dando muito certo. "Se você não se acalmar respirando, eu vou ter que te dar um tapa."

"No que isso iria ajudar?"

"Não sei, mas ia me ajudar a me acalmar."

"Duuuul, eu vou morreeeeer!"

Dulce ergueu uma sobrancelha. "Eu estou aqui com você. A única maneira de você morrer é por causa da minha gostosura transbordando em litros nesse espaço pequeno." Maite riu suavemente e Dulce sorriu. "Viu, já está até rindo. May, eu não vou deixar nada acontecer com você, ok? Então, agora, vamos sentar e esperar."

Maite suspirou e sentou-se, escorando em uma das paredes. Dulce se escorou na parede oposta e suas pernas se tocaram. A morena fechou os olhos e respirou fundo várias vezes. Dulce balançou a cabeça e puxou o celular do bolso.

"Ótimo, sem sinal." Ela resmungou.

"Você ia ligar pra polícia vim tirar a gente daqui?" Maite perguntou, esperançosa, olhando para ela.

Dulce negou. "Ia passar uma mensagem para Anahi."

"Aaaa, claro, pra ela avisar Pedro, que ia avisar a polícia, que ia vim tirar a gente daqui."

"Primeiro, os próprios técnicos já são suficiente, não sei se a polícia é necessária. E, segundo, eu só ia dizer pra ela conferir se eu peguei meu casaco azul."

Maite olhou-a por vários segundos, antes de se jogar em cima dela e bater nela em todos os lugares que podia alcansar. Dulce se encolheu contra a parede, tentando fugir dos tapas. A agressão durou alguns minutos, até que May acabou se cansando demais para conseguir continuar. A ruiva olhou-a por baixo do braço, que ela tinha usado para proteger seu rosto, e abriu apenas um olho, meio desconfiada. A morena recuperou o fôlego e olhou-a de novo, antes de dar-lhe um último tapa nas costelas de Dulce. Dulce se contorceu de dor e colocou uma mão no lugar do tapa.

"Que foi que eu fiz?" Dulce perguntou, confusa.

"Nós vamos morrer, e você está aí!!!" Maite gritou, frustrada.

"Nós não vamos morrer!"

Maite voltou a dar vários tapas nela e Dulce se encolheu no canto do elevador, tentando proteger o rosto e a cabeça. A morena se acalmou alguns segundos mais tarde, ofegante.

"Não me responda!" Maite exclamou.

"Você está de TPM?" Dulce perguntou, brincando.

Porém, foi uma péssima ideia. Maite olhou-a com ódio puro nos olhos e Dulce se encolheu imediatamente, esperando outra onda de tapas. Entretanto, ele nunca veio. Ela olhou, hesitante, para a amiga e viu que ela tinha lágrimas nos olhos. Dulce entrou em um momento de pânico interno, sem saber o que fazer.

Ela engoliu em seco e fez a única coisa que sabia fazer em momentos como esse: tentou contar uma piada. Sim, tentou, porque ela não sabe, realmente, contar piadas. "May?"

"Hm?" A amiga respondeu, fungando.

"Qual é a galinha que quando cai fica louca?"

Maite olhou-a, um pouco surpresa e com raiva. "Não sei. Qual?"

"Galinha caiPIRA!" Dulce concluiu.

A morena encarou-a por pelo que parecia um ano inteiro, mas foram apenas cinco minutos, antes de bufar. "Essa foi a pior piada que eu já ouvi na minha vida."

"É a única que eu consegui me lembrar!" Dulce tentou se defender.

"Você é uma imprestável!"

"O que você quer que eu faça?!"

"ARROMBE A MERDA DESSA PORTA, PRA MIM SAIR DO CARALHO DESSA PORRA DE ELEVADOR!" Maite gritou.

Dulce olhou-a surpresa, muito surpresa, e engoliu em seco. "May," Ela falou com cuidado e suavemente. "por mais que eu realmente arrombe essa porta, estamos entre o 10º e o 9º andar, não teriamos como sair e isso só ia dificultar o trabalho dos operários do elevador." Ela fez uma pausa, antes de rir. "Além disso, eu não sou o super homem pra arrebentar essa porta."

Maite foi bater nela de novo, mas Dulce segurou seus pulsos, impedindo-a. "Me soltaaaa!"

"Mas que merda tá acontecendo com você?!"

"Duuuuulceeeeeeee, me solta pra mim te bater!!!"

A ruiva ergueu uma sobrancelha, zombando. "Sério?"

"Duuuuuul." Maite gemeu, contrariada.

"DUUUUUUUUUUULCEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEE!" Veio um grito ensurdecedor de algum local acima delas e as duas arregalaram os olhos. "ISSO FOI UM GEMIDO COM O SEU NOME?!?!?!"

"Fudeu." Dulce sussurrou, olhando em completo pânico para Maite.

A morena teve pena de Dulce, realmente. Pela sua cara, Dulce estava apavorada pelo que Anahi faria e ela sabia o que Anahi era capaz de fazer. Os tapas que ela dera em Dulce antes, seriam um mero carinho comparado ao que Anahi ia fazer.

"QUEM ESTÁ AÍ COM VOCÊ?!"

Dulce engoliu em seco. "Respondo?"

"O que é melhor?"

"Se eu responder ela vai gritar que não quer ouvir. Se eu não responder ela vai pensar que tem razão e tem alguém aqui comigo gemendo meu nome."

"Mas tem alguém aqui com você gemendo seu nome." Maite disse. Dulce ergueu uma sobrancelha. "Você entendeu o que eu disse." Maite revirou os olhos.

"Meu Deus, estamos ferradas." Dulce lamentou.

"ESTAMOS?! VOCÊ está ferrada!"

"Você acha mesmo que Anahi não vai tentar te matar quando sairmos daqui e ela ver que é você que está aqui comigo... gemendo meu nome!"

Maite pensou por alguns segundos, antes de arregalar os olhos. "Dul... Eu não quero sair daqui!"

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