Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)

“Todo mundo pronto?” Pedro perguntou, respirando fundo.

“Nascemos prontos.” Chris brincou.

“Por favor, não fodam com a última entrevista.” Pedro quase implorou, olhando para todos eles.

“Nós não sonharíamos em estragar tudo o que você já fez, Pedrinho.” Dulce sorriu.

“Não me chame de Pedrinho.”

“Foi mal.”

“Ok, vamos lá, já vão começar!”

A entrevista seria gravada, já que eles não poderiam dar a entrevista na hora exata do programa. Então eles estavam apenas a apresentadora fazer a chamada e a parte inicial da entrevista para depois entrarem. A sala reconstruída havia ficado perfeitamente igual a antes de ser desmontada e aquilo trazia diversas lembranças.

Alguns minutos depois, eles foram chamados e entraram no estúdio, onde diversas pessoas estavam sentadas atrás das câmeras, convidados para assistirem a entrevista ao vivo. Eles sorriram e acenaram (N/A a semelhança com Madagascar não foi minha intenção kkk) quando todo mundo começou a gritar e Chris, Dulce, Anahi e Ucker sentaram nesse ordem no sofá vermelho, enquanto Poncho e Maite sentaram em outras duas poltronas, de frente para onde a apresentadora se sentou, em outra poltrona. A apresentadora, Irís (N/A não sei pq esse nome) sorriu e respirou fundo, antes de começar a falar.

“É muito emocionante tê-los aqui.” Ela disse. “Como vocês acham que será essa última semana?”

“Eu acho que provavelmente Anahi não vai ser nem capaz de respirar.” Dulce brincou. “Porque ela vai começar a chorar... Como ela começou a chorar quando a gente esteve na última semana de gravação da novela.”

“Você chorou?” Irís perguntou.

“Estou chorando agora.” Anahi fingiu enxugar uma lágrima.

“Está chorando agora? Quem teria imaginado.” Irís brincou.

“E eu acho que vai ser a semana mais emocionante que provavelmente jamais tivemos.” Dulce concluiu.

“Parece incrível de acreditar que apenas 4 anos atrás nós fomos apresentados pela primeira vez à Mia, Miguel, Roberta, Diego, Lupita e Geovanni.” Irís disse. “Eu os entrevistei logo que o sucesso começou e era tudo muito impressionante. Naquela época, quando as pessoas apenas começaram a assistir, vocês acham que mudou muito a vida de vocês?”

“Naquela época não mudou muito.” Maite respondeu. “A gente ainda conseguia ir a restaurantes sem sermos atacados, conseguimos andar sem muitas interferências. Mas já quase no fim da temporada, era quase impossível.”

“Pra onde a gente ia, alguém reconhecia.” Chris continuou. “E o incrível é que ele não guardava só para si, ele tinha que gritar e espalhar para todo mundo em volta.” Ele riu.

“No começo não mudou tanto, era quase a mesma coisa. Mas depois, acho que começou a complicar muito sim.” Maite continuou. “Chegamos a ter medo de não poder mais almoçar nos restaurantes que a gente gostava.” Concluiu.

“E aquele cabelo que você tinha no começo, Dulce. Com aquelas mechas vermelhas. Todo mundo copiava.” Irís comentou.

“Pois é! E a verdade é que, no começo, quando eram só as mechas vermelhas, que na verdade pareciam mais umas manchas, eu não pintava o cabelo ainda. Era um negócio especial que colocavam, mas ninguém sabia, e iam lá e pintavam! Mas depois eu tive que pintar o cabelo de vermelho mesmo, não posso negar que não gostei, e foram lá e pintaram de vermelho.” Dulce comentou.

“Quem vocês acham que vai consolar quem no final desta semana? Quem será o mais consolador do grupo?”

“Acho que todos consolarão a todos. E Anahi, sabe, ela é tipo...” Dulce respondeu e todo mundo riu. “Ela faz coisas do tipo: ‘esse é o último pedaço de bolo que eu vou comer hoje’.” Ela tentou imitar a voz de Anahi e todo mundo riu de novo. “Tem muito dessas coisas sabe.”

“É verdade que todas as garotas almoçam juntas todos os dias?”

“Sim.” Anahi respondeu.

“Todos os dias por 4 anos? E é verdade que pedem o mesmo prato todos os dias por 4 anos?”

“Isso é verdade.” Maite respondeu.

“A mesma salada?” Dulce balançou a cabeça, parecendo lamentar. “É. Estou tão cansada dessa salada, mas é tão mais fácil dizer: ‘eu vou querer o mesmo que ela’. É mais fácil as vezes do que ter que explicar tudo de novo em um outro prato.”

“E de que é a salada?”

“É uma salada mista.” Anahi respondeu.

“A mesma, todos os dias?” Irís perguntou, parecendo impressionada.

“Sim. Sou uma criadora de hábitos.” Anahi sorriu. “Mas nós mudamos de quinta pra sexta.”

“É. Nós acrescentamos cebola.” Dulce balançou a cabeça de novo.

“Mas nós todos jantamos juntos pelo menos duas vezes por semana. E domingo nós estamos sempre juntos.” Ucker disse.

“É mesmo?”

“É. May cozinha, eu e os meninos ficamos jogando vídeo game e Anahi fica fazendo a unha.” Dulce sorriu. “É mais como: ‘vamos deixar ela fazer todo o trabalho enquanto a gente se diverte’.”

“Eles me abusam.” Maite brincou, fazendo todos riram novamente.

“Quero perguntar a todos. Tenho um monte de perguntas para quem é... Para quem vocês acham que será mais difícil quando o último show chegar ao fim?”

“Anahi.” Poncho respondeu.

“Porque está sendo difícil pra ela agora.” Ucker acrescentou.

“Ainda estarei chorando essa noite.” Anahi riu. “Mas eu acho que para Dulce pode ser bem difícil também.”

“O último show será realmente muito difícil.” Dulce falou.

“Quem é o mais engraçado?”

“Dulce!” Chris, Ucker e Maite responderam juntos rapidamente.

“Ok, eu não sabia disso...” Dulce falou, sorrindo.

“O mais engraçado não se referindo necessariamente na frente das câmeras?” Poncho perguntou.

“Fora delas, sim.” Irís explicou.

“Com certeza Dulce!” Ele exclamou.

“Ela é o tempo todo.” Chris acrescentou. Dulce franziu a testa e inclinou a cabeça para o lado. Todos riram de novo. “Não só na frente das câmeras, Dul.” Ele brincou.

“Quero dizer, ela é assim naturalmente.” Anahi falou. “Sem roteiro nem nada. É a pessoa mais engraçada, desde quando se levanta, até quando se deita.”

“Bem, quem é o mais sério?”

Todos pensaram por alguns segundos, antes de olharem para Poncho. “Este poderia ser o Poncho.” Dulce respondeu.

“Quem é o mais sensível?”

“Anahi.” Dulce e Chris responderam.

“Quem dá mais conselhos?”

“Maite.” Anahi respondeu.

“Maite e Poncho.” Ucker completou.

“Quem é que provavelmente te emprestaria vinte pratas?”

“Dulce.” Todos responderam.

Ela riu. “Isto é fato.”

“Quem se atrasa mais?”

“Eu e Christian.” Anahi respondeu, sorrindo para o amigo.

“Quem vocês chamariam no meio da noite se estivessem presos?”

“Poncho.” Ucker disse.

“Dulce.” Chris respondeu.

“Poncho e Dulce.” Maite confirmou.

“Não me acordem.” Dulce interrompeu, balançando a cabeça.

“Não te acordem?” Irís perguntou, rindo junto com os outros. “Certo. Quem é o mais paquerador? Apesar de alguns estarem casados e noivos, quem é o mais paquerador?”

“Todos.” Anahi respondeu.

“Acho que Dulce e Ucker.” Maite disse.

“Acho que paramos de flertar uns com os outros.” Dulce falou. “Faz pouco tempo, mas a gente parou. Acho que eu comecei com isso na primeira semana de filmagem, quando eu fiz uma cantada barata pra Maite, mas depois eu percebi que não tinha nenhuma chance.” Ela brincou e todo mundo riu.

“A gente fazia muito isso.” Ucker concordou. “Todo mundo flertava com todo mundo.”

“Mas tivemos que parar.” Dulce concluiu. “Eu gosto dos meus dentes, não quero que Anahi os quebre, aí eu tive que parar.” Eles riram de novo.

“Quem é o mais durão?”

“Uckermann.” Dulce respondeu.

“Quem ganharia provavelmente um concurso de ciências?”

“Maite.” Chris respondeu.

“Ela é muito esperta.” Ucker continuou.

“É nossa nerd.” Dulce concluiu, sorrindo para a amiga.

“Ok, quem mudou mais nesses 4 anos?”

Todos começaram a pensar, porém Dulce franziu a testa. “A câmera, por algum motivo, está em mim...” Ela comentou, sorrindo, olhando sua imagem na pequena tela embaixo de uma das câmeras.

Todos riram. “Acho que todos nós mudamos.” Poncho disse.

“Certo. Alfonso, descreva todo mundo do grupo, de um jeito que a gente ainda não saiba.”

Poncho respirou fundo e olhou para Ucker. “Christopher eu sempre pensei que fosse como o azul, se destaca o tempo todo. Está sempre fazendo apostas bobas. É o tipo de cara que você pode contar em uma briga de bar.”

“Deixe-me te contar, Irís, eu sei como bater.” Ucker brincou, piscando.

“É um pouco estranho, às vezes.” Dulce comentou, depois que todos pararam de rir. “Tivemos esses personagens incríveis para a gente se esconder por trás deles. E hoje estamos aqui como nós mesmos. Isso nos deixa um pouco nervosos.”

“Sério? Se você estivesse mais relaxada, teria melhores momentos?”

“Eu provavelmente arrumaria uma briga.” Ela brincou, fazendo todos rirem de novo. “Ucker não é o único que sabe bater.” Ela piscou sugestivamente para Irís e todos riram novamente.

“Certo, continuando...”

“Maite tem o humor mais imprevisível e instintivo. É uma verdadeira dádiva. Ela também é generosa e tão amorosa com todos. Eu adoro o cabelo dela como está agora. E eu amo muito ela.” Houve um coro de ‘ooonnwww’ e Poncho riu antes de continuar. “Bem, Anahi, a maioria pode não saber, mas ela tem o coração mais generoso de todos que eu conheci. Dulce, histérica, alguns de seus melhores textos são atrás das câmeras. Ela também é generosa e muito muito amorosa. Christian me surpreende muito, está sempre alegre, nos animando e se importa com todos.”

“Sinto o amor aqui, eu sinto o amor.” Irís comentou, gesticulando para todos eles. “Vocês tem um momento favorito da novela ou mesmo das gravações?”

“Acho que todos nós temos.” Poncho comentou.

“Teve um dia, durante uma gravação, que Dulce deveria entrar correndo no estúdio e me puxar pelo braço pra um dos cantos, mas a gente não conseguia fazer, porque toda vez que a gente tentava ela tropeçava em um dos fios do estúdio e ela ficava caindo e caindo e a gente tinha que ficar refazendo.” Ucker disse. “E quando a gente, finalmente, conseguiu fazer, o Chris apareceu correndo e empurrou ela pra estragar com tudo.”

“Seu momento favorito é quando eu caio?” Dulce perguntou, com uma sobrancelha levantada, fazendo todos rirem. “Que legal.”

“Certo, vamos com o seu momento favorito.” Irís disse, apontando para a ruiva.

Dulce pensou por alguns segundos. “Acho que todos tem um lugar especial para o último episódio, com certeza. Quando todos os casais se acertam e param de tentar se matar. Mas acho que a parte mais especial é quando Roberta fez aquele discurso para Mia e elas finalmente fizeram as pazes. E, fora das câmeras, acho que todos os momentos foram especiais. Quando a gente ia passar o texto antes de gravar, os ensaios, as reuniões que a gente fazia nos intervalos de gravação, são momentos pequenos, mas que ficam na memória.”

Os outros concordaram. “Acho ótimo quando você se refere a elas como ‘Roberta e Mia’.”

“São outras pessoas.” Dulce disse.

“E vai ser muito difícil pra você? Quero dizer, você fechou contrato para um filme em Londres. Ou você já pensa no próximo passo.”

“Vai ser difícil sim.” Dulce respondeu, suspirando. “Acho que deixar as coisas para trás, ficar longe deles, vai ser muito difícil. Mas vai ser rápido, alguns meses, depois eu volto pra mais perto. Ainda não tão perto, mas já é melhor do que do outro lado do oceano. Mas vai ser bem difícil acordar e ter a consciência que eu não vou ver eles naquele dia, que eu não vou encontrá-los quando eu chegar no trabalho, que a gente não vai fazer todas nossas palhaçadas e que eles não vão estar lá durante meu dia.”

“Ok, Anahi, você pode falar de cada um do grupo?”

Anahi respirou fundo. “Eu vou começar a chorar.” Ela disse. “Isso vai ser difícil.” Ela se virou um pouco para olhar para Dulce, que estava sorrindo para ela. “Oi, Dul.”

“Oi, querida.” Dulce falou, rindo.

“Ok, o que talvez muitas pessoas não sabem sobre Dulce é que ela é provavelmente uma das pessoas mais sensíveis. Ela tem essa pose de durona, mas por dentro é uma manteiga derretida.” Todo mundo riu quando Dulce corou. “E ela é super divertida, me faz rir o tempo inteiro, faz de tudo pra me alegrar quando eu estou triste, e é genial. É muito inteligente, joga futebol, acredito que fala francês.” Ela olhou para Dulce, esperando a confirmação.

“Un peu.” Dulce brincou.

Anahi sorriu, balançando a cabeça. “E ela também é muito forte. É uma namorada muito carinhosa e compreensiva. E eu a amo. E Christian, ele tem me ajudado muito, é o mais confiável e leal e divertido. Eu te amo, Chris. VonUcky Uckermann...” Ela parou quando todos começaram a rir e Ucker balançou a cabeça. “Nós tivemos muita história, posso ser realmente sincera com Christopher e dizer o que penso, e, de verdade, gosto muito de você.” Anahi parou novamente, enxugando as lágrimas. “Oh Deus, passe pra outra pessoa.” Ela brincou, sua voz estava embargada.

“Está quase acabando.” Irís disse, com a voz suave. “Está quase lá. Está se saindo bem.”

“Sério?” Anahi brincou.

“Falta pouco.”

“O que você pensa de todos nós, Irís?” Dulce perguntou, alegrando o momento. Todos riram e Anahi sorriu agradecida para Dulce, terminando de enxugar as lágrimas. A ruiva sorriu também e beijou a bochecha de Anahi.

A loira respirou fundo algumas vezes e olhou para Maite. “Minha queridíssima Maite Perroni é uma atriz maravilhosa, eu aprendi tanto com ela e, basicamente, é uma das mais queridas, é outra com quem eu posso contar sempre, não importa o que aconteça ela está lá e acho ela incrível e eu a amo. E Alfonso é como o melhor irmão mais velho, um jovem irmão mais velho, você é mais novo que eu, só um pouquinho. Eu me sinto protegida por ele e ele, junto com todos os outros, todos conseguem, desvendar como eu estou me sentindo. Sei que parece óbvio, mas eles realmente conseguem. Eu posso estar a cinco metros e ele me olha e já sabe se eu estou triste ou feliz. E é um dos mais amáveis, carinhoso e inspirador.”

“Agora eu posso dizer com certeza que essa semana vai ser muito difícil. O último show vai ser muito difícil.” Irís comentou. “Então, quando tudo acabar, tudo acabar e estiverem em casa, derrubarem as últimas lágrimas, o que acham que vão fazer?”

“Assistir Kdabra!” Dulce exclamou.

Ucker sorriu. “Espero que sim.”

“Dulce, é sua vez de me contar algo de todos.”

Dulce suspirou. “Oh, Anahi beija muito bem...” Ela brincou e todos riram.

“Isso é verdade, Irís.” Poncho disse.

“Espero nunca mais ouvir isso.” A ruiva revirou os olhos. “Bem, Ucker é o tipo que está sempre lá pra você. Se alguém te ofende ele está lá com um taco de beisebol pronto pra bater... Não que ele seja um mafioso... Mas, em essência, ele é um grande cara. Maite é uma verdadeira atriz, ela se joga no trabalho, se dedica e é muito incrível como amiga, ela também está sempre lá quando você precisa de alguém que te anime ou de alguém que te escute contar os problemas e chorar. Alfonso fundamentalmente joga em equipe, sabe, tivemos todas essas besteiras de negociação e Alfonso, que provavelmente ganharia o maior salário, por fazer parte do casal protagonista, ele veio até a gente e sugeriu que fizéssemos todas as negociações em equipe, como um grupo, e que saíssemos todos com o mesmo salário, pois seria o único jeito que a gente conseguiria ser amigos depois,sem ressentimento. Isso foi algo incrível, pois ele poderia ter ganhado bem mais. E eu disse algo como: ‘tudo bem, seu idiota’.” Todos riram de novo.

“Obrigado.” Poncho brincou.

Dulce balançou a cabeça. “E Chris é quem eu considero uma das pessoas mais incríveis que eu já conheci. Muitas vezes, quando eu perdia as esperanças, de qualquer coisa, ele ficava lá comigo, conversando, me fazendo rir, me animando e ele não saia, mesmo quando eu dizia que precisava, ele continuava lá, me ajudando, me empurrando pra continuar, mesmo quando até ele pareceu desistir ele não me abandonou totalmente, e eu agradeço muito a ele. Ele também é muito engraçado, criativo e confiável. E eu o amo muito. E Annie, sabe, ela trabalha muito, ela se dedica, ela é muito doce, carinhosa, amorosa e ela se transformou na frente de todos nessa linda mulher incrível. Ela é tão gentil com todos e ela me faz muito feliz. E eu amo ela.” Ela se inclinou para beijar a bochecha de Anahi de novo. A loira sorriu, um pouco corada.

“Muito bem, sua vez, Maite.”

“Bem, quero dizer, há um tratamento especial de todos por mim. São todos dignos de confiança. E isso é muito importante. Mas, Alfonso, é o de todos que definitivamente demonstra a confiança, não só porque somos casados, mas mesmo antes de começarmos nosso relacionamento, e ele tem um coração de ouro. Te amo.” Ela disse. Poncho sorriu e se inclinou para dar um selinho nela. Todo mundo gritou, animados e eles deram outro selinho. Maite sorriu, suas bochechas estavam vermelhas e ela continuou: “Nós não seríamos esse grupo sem ele, dizendo desde o começo que deveríamos ter exatamente a mesma quantia depois de terminar as negociações se a gente quisesse se sentir bem uns com os outros e ele estava certo. E Ucker é nosso louco, o mais novo, mas que apresenta grande responsabilidade, ele é às vezes um adolescente, mas, quando menos se espera, ele se torna um adulto com imensa responsabilidade. Christian não tem maldade alguma, ele não tira proveito, é tão honesto e digno de confiança e pessoalmente é muito divertido. Dulce é realmente uma pessoa única, nunca conheci e provavelmente nunca vou conhecer ninguém como ela. Ela é tão engraçada, gentil e, apesar de todas as brincadeiras, ela sabe exatamente quando parar e sabe, melhor que ninguém, dizer se eu estou mal. E eu não sei o que vou fazer sem ver você todos os dias, fazendo suas piadas idiotas e me fazendo rir tanto, isso é algo que eu vou realmente sentir falta, porque eu não conheço ninguém que me faça rir tanto. E Anahi é aquela que tem um coração enorme para mim, porque ela te dá todo aquele apoio e está lá com você. Mesmo se você diz: ‘Eu acidentalmente matei alguém’, ela diz: ‘querida, não foi culpa sua, não pode ter sido culpa sua’. Sabe, esse tipo de apoio, lealdade e amor incondicional. E é muito talentosa, ela decora todo o script assim que coloca as mãos nele.” Ela terminou.

Irís esperou todos baterem palmas e terminarem de rir sobre o comentário do assassinato, antes de continuar. “Na vida real, 2 dos rebeldes se casaram. Maite e Alfonso se casaram em uma cerimônia simples, só para a família e amigos. E, agora, mais sinos de casamento podem ser ouvidos. Dulce e Anahi ficaram noivas a alguns meses. Quando vocês se pretendem casar?”

“A gente pretende se casar daqui a apenas alguns meses, estamos muito ansiosas com isso!” Anahi respondeu.

“E onde vai ser o casamento, já sabem?”

“Bom, a gente viu pouco disso ainda, não tivemos muito tempo por causa da tournée e de toda essa história de nos separarmos, mas eu iria até o fim do mundo pra casar com Anahi, se ela quisesse.” Dulce falou. Outro coro de ‘ooonwww’ seguiu e a ruiva riu suavemente.

“E filhos? Para os casados e as noivas. Quando vão surgir?”

Maite sorriu. “Bom, acho que vamos deixar mais pra frente, mas nem tanto. Seria maravilhoso ser mãe e é um sonho que eu sempre tive. Mas temos que dar um tempo para nos acostumarmos com tudo. Não vai demorar muito, no entanto.”

“E vocês?”

“Nós não conversamos tanto sobre isso, mas ter filhos com Anahi seria maravilhoso. Sabe, formar sua família é algo incrível. Eles vão vir, com certeza, futuramente. Vamos adotar, fazer tratamento In Vitro. Espero ter, no mínimo, vinte dois filhos.” Dulce brincou e todos riram. “Para formar um time de futebol com os reservas, porque crianças, sabe como é, vivem se machucando. E uma mulher grávida é uma mulher maravilhosa.”

Todos bateram palmas e assoviaram para isso e Irís balançou a cabeça. “Garota, você ganhou muitos pontos por isso.”

“Com certeza.” Dulce sorriu.

“Bem, todos sabemos que Dulce passou por momentos difíceis em sua vida e inspirou muitas pessoas, na verdade, quando revelou seu vício e procurou ajuda. Acho realmente incrível a coragem que você teve pra fazer isso.”

“Obrigada.” Dulce falou, quando todos bateram palmas novamente. “Sabe, a princípio se tem pouca coragem para fazer isso, é realmente uma situação de vida ou morte. O que me salvou foi finalmente eu ter claridade na minha vida e perceber o que eu estava fazendo. Se eu continuasse vivendo daquele jeito, não haveria nenhuma vida. E no final presumi que a solução era me render e reconhecer que eu precisava de ajuda, e, finalmente, quando eu pedi, percebi que o plano de vida de Dulce Maria era uma droga...” Todos riram de novo e ela balançou a cabeça, respirando fundo.

“Foi difícil ver um amigo de vocês naquela situação?”

“Com certeza.” Maite respondeu.

“Vê-la daquele jeito e não poder fazer nada, acho que foi difícil para todos.” Ucker concluiu.

“Eu li que você disse uma vez que, mesmo com tantas pessoas tentando te salvar, tentando te ajudar, você teria que deixar o orgulho de lado e perceber por si mesmo.”

“Sim, quero dizer, nessa última meia hora, eu vejo como essas pessoas são maravilhosas. Mas é realmente preciso que você se olhe e veja por si mesmo onde você se enfiou. As pessoas dizendo não vai adiantar, porque você não dá ouvidos, você continua achando que pode parar a hora que quiser. É preciso aquele momento onde você percebe o que você está fazendo, o que você se tornou, perceber que você jogou sua vida maravilhosa pela janela para se tornar aquela pessoa sem esperança, que só vive para o vício e quase não tem mais nenhum momento de lucidez, que não se importa com o que isso está causando aos outros. É preciso descobrir por si mesmo.”

“E você pode nos contar como você descobriu isso ou os detalhes são muito pessoais?”

“Na verdade, os detalhes são um pouco pessoais sim. Mas foi um momento que parece que uma venda foi tirada dos meus olhos e eu pude, finalmente, enxergar o que eu havia me tornado. Foi um momento difícil quando eu percebi, mas foi o que precisou pra mim conseguir lidar com isso e dar a volta por cima.”

“Muito bem. Sua vez de nos contar um pouco sobre eles, Christopher.”

Ele sorriu um pouco. “Bom, Dulce pra mim é um exemplo, sempre, é uma pessoa incrível, que nunca está pra baixo, não importa o que aconteça, é super dedicada em tudo que faz e nunca desiste, além de ter essa incrível superação que foi surpreendente para todos. Anahi é a nossa Barbie, toda paty, mas uma amiga incrível, que está sempre lá pra mim, que me apoia, é gentil e carinhosa e uma pessoa maravilhosa. Poncho é aquele amigo que mais é um irmão mais velho, sempre me ajudando, me ensinando, colocando juízo na minha cabeça, me incentivando e apoiando. Maite é incrível também, gentil, amorosa, que sempre cuidou de mim e, se o Poncho não tivesse sido rápido, eu teria me casado com ela porque ela é a mulher mais incrível que poderia existir, pra mim. E Chris é aquele cara que está sempre com você, te animando, te apoiando, te dando forças e eu não suporto que falem mal dele, porque ele é incrível, maravilhoso, bondoso e incrivelmente gentil.”

Todos aplaudiram e ele sorriu enquanto os outros sorriam para ele. “Vocês são uma verdadeira família.” Irís comentou.

“Passamos tanto tempo juntos que acabamos nos tornando tão próximos que é difícil pensar como vai ser daqui uma semana.” Poncho comentou.

“Começamos como amigos e logo estávamos nos considerando irmãos.” Ucker concordou.

“E brigas acabam sendo inevitáveis, não é? Qual foi a maior briga que vocês tiveram e por quê?”

Chris e Dulce se olharam e suspiraram. “Acho que a maior briga que o grupo já teve foi quando eu e Dulce brigamos.” Ele respondeu. “Foi durante seu vício.”

“Ele estava tentando me ajudar, mas, como eu disse, eu tinha que perceber isso por mim mesma. Acabamos discutindo, eu bati nele e ficamos alguns meses aí sem nos falar.” Dulce concluiu. “Me arrependo profundamente, porque agora eu vejo que ele queria me ajudar e foram uns meses bem difíceis sem ele pra me animar.”

“Qualquer outra briga?”

“Que tenhamos ficado meses sem nos falar não, mas muitas brigas já aconteceram.” Anahi disse.

“Na verdade, uma vez eu e Anahi também acabamos brigando e por alguns dias não nos falamos.” Dulce lembrou.

“Sobre o que foi a briga?”

“Uma frase infeliz que eu disse num momento de irritação.” Anahi respondeu, suspirando tristemente. “Era uma briga boba, mas quando estamos nervosos dizemos coisas que não gostaríamos.”

“Mas eu estava falando sobre outra coisa.” Dulce riu.

“Que outra coisa?” Anahi perguntou confusa, antes de rir. “aaaaaa, aquela vez.”

“É, aquela vez!” Dulce concordou, rindo também.

“Como foi?” Irís pediu.

“Foi mais uma coisa profissional, não foi uma coisa pessoal. Bom, estávamos no Morumbi, faz alguns anos já, e estávamos discutindo algumas coisas sobre o show e uma começou a dizer um ponto de vista e outra dizendo outro e começamos a gritar: CALE A BOCA! NÃO, CALA VOCÊ!” Anahi deu um gritinho para provar seu ponto e todos riram novamente. “E por uns três dias não nos falamos, só o extremo necessário: bom dia, boa tarde. Aí depois eu dei uma cartinha e ela se contentou comigo.” Ela riu.

“Foi assim, Dulce? Quem deu uma cartinha para quem?”

“Annie me deu uma cartinha.” Dulce sorriu. “Foi uma cena cômica. Eu estava sentada em um canto, ela no outro escrevendo alguma coisa, ai ela levantou, foi até mim e me entregou uma carta lacrada e tudo e disse: toma, lê. E dentro estava escrito: Podemos nos falar já? E eu tive um ataque de riso muito grande e aí já voltamos a nos falar.” Dulce riu.

“Sua vez, Christian.”

Ele suspirou e olhou para Poncho. “Poncho é incrivelmente gentil e responsável, sempre me ajudando e disposto a conversar. Maite é como minha irmã mais nova, eu a amo muito, ela é incrível, carinhosa, generosa e maravilhosa. Dulce é minha irmã gêmea.” Eles riram. “Eu faço quase tudo com ela, desde piadas, brincadeiras, bobeiras, idiotices, até compras, algumas decisões mais importantes. Ela me entende como ninguém e eu acredito que eu também a consiga entender bem. Ela foi a primeira pessoa para quem eu contei que sou gay e eu também fui a primeira pessoa para quem ela contou. E ela é tão incrível, amorosa, gentil, generosa e tão decidida, ela sempre sabe exatamente onde quer chegar e faz de tudo para conseguir aquilo que quer e tenho certeza que ela vai conseguir ainda mais do que ela espera. E eu a amo muito. Anahi é minha irmãzinha mais incrível, foi com ela que eu cantei pela primeira vez, foi com ela que eu dancei pela primeira vez e foi ela que conseguiu me acalmar quando eu estava tão nervoso no meu primeiro show, sem contar que é uma ótima ouvinte e consegue te escutar por horas e dizer exatamente aquilo que você precisa, mas que talvez nem saiba disso. Às vezes é uma criança agitada que nunca para, mas ela sabe ser adulta e eu posso ver isso sempre que olho para o quanto ela evoluiu esses anos e tenho certeza que ela vai continuar evoluindo muito mais. E Ucker é meu irmão, meu camarada, é meu protetor, carinhoso, gentil, que sempre está lá para conversar quando necessário e tem um talento incrível.”

“Incrível.” Irís sorriu. “E agora perguntas mais lights.” Ela riu. “Vocês sabem tocar algum instrumento.”

“Ah, sim, claro!” Ucker respondeu. “Eu toco bateria, violão e guitarra.”

“Eu toco piano.” Maite disse.

“Eu toco guitarra.” Poncho falou.

“Eu toco baixo, mas muito raramente, eu prefiro cantar mesmo.” Chris sorriu.

“Bem, eu toco guitarra, violão, teclado e bateria.” Dulce respondeu. “Eu arrisco um pouco no baixo, mas eu não creio que saiba tocar tão bem.” Ela riu.

“E você Anahi?”

A loira riu. “Eu toco pandeiro.” Ela respondeu, fazendo todos rirem também.

“Mas eu estou ensinando ela a tocar violão.” Dulce falou. “Já está pegando o jeito, já está aprendendo.”

Anahi revirou os olhos. “Eu sou péssima.”

“Você só precisa de prática.” Dulce riu.

“E nascer de novo.” Chris concluiu e todos riram novamente.

“Vamos para a última pergunta então, já que estamos ficando sem tempo. Algo que todos querem saber. O RBD vai voltar algum dia?”

“Espero que sim.” Dulce respondeu rapidamente.

“Talvez não daqui dois, três anos, talvez não daqui cinco anos ou daqui dez anos. Mas esperamos que algum dia volte.” Maite concordou.

“Agora não é o fim.” Chris disse. “Pode ser que a banda não se reúna novamente, mas o RBD nunca vai acabar.”

“É algo muito grandioso para acabar.” Irís comentou.

“Podemos nos reunir para fazer alguma apresentação especial, para comemorar o dia do RBD, para fazer alguma coisa especial. Quem sabe.” Poncho deu de ombros.

“Porque agora, enquanto cada um segue seu caminho, tenho certeza que vamos todos estarmos pensando em como essa época foi maravilhosa e tenho certeza que vamos sempre lembrar dos melhores anos de nossas vidas.” Anahi falou. “O carinho dos fãs é muito grande, é imenso, e por que não dar esse presente para eles algum dia, nem que seja só mais uma apresentação.”

“Algum dia talvez possamos voltar a viver essa fase maravilhosa que vivemos juntos.” Ucker concluiu.

Então, aí está a última entrevista do grupo. Eu me inspirei na entrevista que os atores de Friends deram à Opra quando a série chegou ao fim e mudei e acrescentei algumas partes. Espero que tenham gostado =)

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