Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)

flaaviaas: que bom que está gostando ;). E acho que posso te ajudar sim. Pelo que você descreveu, eu acho que o nome é "Minha doce necessidade" da Candy. Espero ter ajudado =)

No dia seguinte, Dulce, que havia passado quase a noite inteira em claro, levantou e foi fazer o café da manhã. Anahi já não comia mais as frutas cortadas com yogurte. Agora tomava café com leite ou chá com alguma bolacha salgada ou uma única fruta. Já Dulce continuava comendo as mesmas porcarias de sempre.

Anahi acordou logo depois, tomou banho, se trocou já para ir ao ensaio e desceu para a cozinha. Ela percebeu as olheiras de Dulce e sabia que ela havia ficado acordada quase a noite toda porque não parava de se mexer o tempo inteiro. Mas não comentou nada, apesar de estar entrando em pânico pela falta de resposta de sua esposa.

Ela havia perguntado apenas se Dulce pensava em ter filhos com ela, mas a morena veio com um discurso sobre como não poderiam ter filhos por causa do trabalho. Ela não estava dizendo que deviam ter um filho no dia seguinte, só queria saber se Dulce algum dia gostaria de formar uma família com ela. Porém, a morena quase tivera um ataque e estava, claramente, nervosa.

Elas comeram em silêncio, então Dulce colocou as coisas no lava-louças. Anahi estranhou, porque sua esposa nunca usava o lava-louças, gostava de lavar tudo à mão para ficar mais limpo, segundo ela. Mesmo assim, a morena colocou tudo lá dentro e foi se trocar. Ainda em silêncio, Dulce levou Anahi para o ensaio.

A loira ia sair do carro quando decidiu dizer algo. "Esqueça sobre ontem a noite. Você não parece muito confortável com a ideia." Suspirou e abriu a porta.

Dulce se inclinou sobre os bancos e puxou a porta para fechá-la. Anahi olhou-a. "Não é isso que está pensando. É claro que eu adoraria ter filhos com você. Eu só estou com medo." Admitiu.

"Medo do que?"

"Somos eu e você por tanto tempo. Eu quase nunca vejo minhas sobrinhas e nunca tive um contato real com crianças. Tenho medo de não ser uma boa mãe, de acabar ferrando com tudo." Dulce balançou a cabeça e olhou para o tapete do carro. Ela franziu a testa. "Eu preciso limpar isso." Sussurrou.

Anahi riu. "Meu Deus, Dulce! Estamos no meio de uma conversa séria e você fala que precisa limpar o carro?!" Ela riu de novo.

"Viu! É disso que estou falando! E se eu fracassar como mãe?! E se você me deixar por causa do meu desastre?! Eu nem consigo focar no assunto sério!"

Anahi segurou o rosto de Dulce entre as mãos e olhou em seus olhos. "Meu amor, é claro que você vai ser uma boa mãe, porque você é uma pessoa incrível, é maravilhosa e vai saber cuidar muito bem do nosso filho e transmitir todas as suas qualidades para ele."

"E se eu não conseguir?"

"Então você pode me pedir ajuda. Eu também estou com medo. E vou pedir ajuda para minha mãe, minha irmã e qualquer outra pessoa com filhos se for preciso." Anahi lhe deu um selinho demorado. "Pensa sobre isso. Depois conversamos mais."

Dulce suspirou quando a loira saiu do carro. Ela ficou uns cinco minutos parada ali no estacionamento, antes de ligar o carro e pedir para o navegador ligar para Christian. Eles não se falavam já havia algumas semanas, mas ela precisava falar com alguém.

"Alô?"

"Chris, sou eu."

"ARDILLA!" Christian gritou animado. "A que devo a honra da ligação?"

"Preciso de um concelho."

"Diga, ardilla master."

"Anahi quer ter filhos."

Christian começou a rir. "Achou que isso nunca ia acontecer? Ela é fascinada por crianças, é claro que ela ia querer um filho!"

"Não sei se estou pronta, Christian."

"O que aconteceu com todo aquele discurso de querer formar uma família com ela e envelhecer com um monte de netos em volta?"

"Não sei onde aquela mulher estava com a cabeça, mas não era eu na hora! Chris, e se eu fracassar? E se eu criar um marginal?"

"Todos tem medo disso, Dul. Mas eu te conheço, conheço as duas aliás. Vão criar belas crianças educadas e inteligentes." Ele brincou.

"Anahi está pensando em adotar uma criança mais velha. Sabe como meus medos se multiplicam com isso?!"

"Relaxa, Dul. Eu não posso te dizer nada, porque não sou pai, nem pretendo ser. Mas pensa com calma. Não toma nenhuma decisão preciptada porque depois pode se arrepender. Pense em cada detalhe que há pra pensar pra não se arrepender depois."

"Não sei o que fazer." Dulce suspirou, estacionando o carro no estacionamento da praia. "Vou correr um pouco para clarear os pensamentos."

"Tudo bem. Me ligue assim que tomar uma decisão. Te aconcelho a conversar com suas irmãs, elas já são mães, vão saber te aconcelhar melhor. Desculpe não poder te ajudar tanto."

"Você ajudou sim, Chris. Obrigada."

"De nada, Ardilla."

"Quando vai me parar de chamar assim?" Dulce reclamou.

"Quando perder a graça. Até depois, Ardilla."

"Até, Chris."

Dulce suspirou e apertou o botão no painel para terminar a ligação. Ela saiu do carro, sentindo o vento e o cheiro de areia e mar. Ela sorriu, tirou os tênis e colocou dentro do carro, ligou o alarme e andou até a areia, onde respirou fundo e decidiu para que lado iria começar a correr. Logo ela estava suada, ofegante e cansada, mas feliz e sua mente conseguia trabalhar melhor.

"May!" Poncho chamou.

"O que?"

"Venha aqui rápido!"

Maite saiu correndo do banheiro apenas enrolada em uma toalha e parou ao lado dele na cama. Poncho apontou para a TV e Maite observou o apresentador falar sobre ela. Seu novo single fora um sucesso e já havia sido comprado milhões de vezes no iTunes em menos de dois dias. Agora todos aguardavam ansiosos seu vídeo.

Maite sorria largamente quando o programa acabou e abraçou seu marido com força. "Estou tão feliz!"

"É claro que está!" Poncho riu, abraçando-a também. "Está conseguindo o que sonha. Estou orgulhoso de você."

"Eu te amo."

"Eu também te amo, amor. Vai lá terminar seu banho que seu vôo sai daqui a pouco."

Maite concordou e correu de volta para o banheiro. Poncho sorriu e suspirou, pegando as malas dela e levando-as para o andar de baixo, pensando como viveria sem sua amada esposa por uma semana inteira.

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