Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)

6 meses depois:

“SAIA, ADAM, SAIA!” Christian jogou o tênis em Adam com toda a força que tinha.

Adam se protegeu, mesmo assim o tênis passou três metros longe dele. “O que diabos aconteceu com você, Christian? Ficou maluco?!”

“Não! Eu não fiquei maluco! Você acha que eu sou idiota?!” Christian puxou um celular do bolso e Adam arregalou os olhos quando reconheceu seu celular. “Você poderia me explicar quem, no inferno, é Rafael?!”

“Christian...”

“Não. Quer saber, eu não quero ouvir. Já li tudo que tinha pra saber aqui nas suas mensagens. Eu nunca esperava isso de você, Adam! Se você não queria mais estar comigo você deveria ter dito isso, não devia ter ido transar com o primeiro que aparecesse.” Christian lutou contra as lágrimas, tacando o celular em Adam. O celular atingiu seu braço e caiu no chão, espalhando peças para todo lado. “Saia da minha casa, agora!”

“Christian, por favor, você deveria repensar. Eu sinto muito, eu nunca quis te machucar.”

“Então por que fez isso? Me diga, Adam, me diga o que te levou a fazer isso. E depois saia da minha casa!”

Adam suspirou. “Nos últimos meses você tem se preocupado bem mais com o trabalho do que comigo...”

“Então a culpa é minha?” Christian zombou.

“Talvez seja!” Adam rebateu. “Você prefere dormir no quarto de hóspedes quando brigamos do que ficar e consertar as coisas comigo! Você viaja para fazer os seus show’s e só me dá notícia semanas depois! Eu não sei o que aconteceu com você, mas você mudou!”

“Saia.” Christian falou com falsa calma na voz. “Agora. Saia.”

Adam bufou e foi para o quarto. Ele puxou uma mala do guarda roupa e começou a enfiar suas roupas lá dentro, sem se preocupar em dobrar. Ele juntou livros, sapatos, documentos, objetos em algumas malas e saiu da casa.

Christian ouviu a porta da frente se fechar e sentiu seus joelhos cederem. Ele caiu no chão, chorando. Christian pegou seu celular e ligou para a pessoa que ele sabia que iria ajudar naquele momento.

Xxxxxxxxx

Maite olhou seu reflexo no espelho do closet com um sorriso brilhante. Em suas mãos ela segurava uma pequena caixa que a fazia sorrir toda vez que se lembrava de seu conteúdo.

Com um último sorriso ela saiu do closet e entrou no quarto. Poncho, como previsto, estava deitado na cama com seu cachorro e com o notbook no colo. Maite respirou fundo e limpou a garganta.

Poncho olhou para cima e fechou o notbook quando viu que ela queria falar com ele. Ele colocou o enorme cachorro no chão e deu-lhe total atenção. “O que foi?” Maite mostrou a caixa para ele. Poncho se levantou, atravessou o quarto e pegou a caixa nas mãos. “É meio pesado.” Comentou. “Pra que isso? Não é meu aniversário, não é o nosso aniversário...”

“Abra.” Maite disse, interrompendo sua divagação.

Poncho franziu a testa e abriu a caixa. “Uma xícara?” Ele perguntou, puxando-a para fora. Seus olhos se encheram de lágrimas quando ele viu o que estava escrito na xícara preta. “Você... Você está grávida?”

Maite concordou com a cabeça, lágrimas já escorrendo pelo seu rosto. “Conseguimos, amor. Nós vamos formar uma família.”

Poncho abraçou-a com força, deixando a xícara em cima da cama.

Na xícara preta, em letras brancas, estava escrito: “Papai do ano, meu herói”

Xxxxxxxxxxxx

“Alô?” Dulce atendeu o toque incessante do celular.

“Desliga isso.” Anahi ordenou, movendo seus beijos para o pescoço exposto de sua esposa.

“Dul?”

“Chris? É você? O que você quer?” Ela perguntou, contendo um gemido.

“Dul, o Adam, ele...”

“Você tá chorando?” Dulce perguntou alarmada, sentando na cama. Anahi olhou-a preocupada. “Christian, o que aconteceu? Está tudo bem?”

“Não. Será que... Você tem um tempo para vir aqui em casa?”

“Christian, você está me assustando.”

“Eu só... Preciso conversar com alguém. Expulsei Adam de casa.”

Dulce suspirou de alívio ao saber que ninguém estava ferido ou morrendo. “Ah, Chris, sinto muito. Eu vou ver se tem algum voo para aí amanhã.”

“Ok, obrigado. Te vejo amanhã.”

Dulce desligou o celular e gemeu, caindo de volta no colchão. Anahi deitou ao lado dela com o rosto preocupado. “O que aconteceu?”

“Christian expulsou Adam de casa. Ele estava chorando, está bem mal. Vou ir vê-lo amanhã.” Dulce explicou, afastando uma mecha de cabelo loiro para trás da orelha de Anahi.

“Ai, que droga, eu tenho gravação amanhã, não posso ir. Diz para Christian que eu sinto muito.”

“Ele vai entender.” A morena prometeu. “Eu vou lá, tento animá-lo um pouco. Vou voltar o mais rápido possível.”

Anahi concordou e deitou a cabeça em seu peito. “Que bom, eu voltei de tournée ontem, quero ficar juntinha de você.”

“E você vai, mas Chris precisa de mim agora.” Dulce beijou o topo de sua cabeça e desligou o abajur. “Bom, agora que o clima foi arruinado, vamos dormir.”

Xxxxxxxxxx

“Eu estou me tornando um cara assustador.” Christopher falou para si mesmo. A imagem em sua mão brilhou na fraca luz do abajur. Ele suspirou. “E agora estou falando sozinho.”

Christopher achou que a paixão recém descoberta por Anahi era passageira, algo bobo. Duraria no máximo dois meses, mas, mesmo depois de tanto tempo, seu coração ainda batia mais rápido quando ele pensava na bela loira.

“O que Dulce faria com você se descobrisse, em?” Christopher falou, tentando parecer ameaçador. “Ela ia quebrar sua cara por pensar na esposa dela desse jeito. Seu panaca. Você é um completo idiota. Vá dormir e pare de pensar nela assim. É errado! Ela é casada! Bola pra frente!”

Christopher bufou, jogando a imagem no chão. Ele desligou o abajur e virou-se na cama, ficando de braços cruzados e olhos bem apertados juntos. “Vamos, durma seu filho da mãe! Fica pensando essas coisas sobre a esposa da sua amiga! É um filho da mãe!” Ele suspirou de novo. “Eu tenho que parar de falar comigo mesmo. É assustador.”