Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)

“Então, Ucker, você prefere comer aqui ou sair para tomar café?” Anahi perguntou inclinada para olhar as opções da geladeira.

Christopher desviou os olhos, fazendo o possível para não olhar para sua bunda, e suspirou baixinho. “Ããn, aqui está bom, na verdade, por mim, podemos comer o resto da pizza de ontem.”

“Tudo bem.” Anahi tirou a caixa de pizza e colocou em cima da mesa, antes de se inclinar e pegar margarina. “Eu vou comer um pão. Chega de bombas calóricas por enquanto. Vou virar uma baleia.”

“Você está linda, não tem que se preocupar com isso.” Christopher corou quando se tocou do que havia falado.

Anahi apenas sorriu, pegando uma faca na gaveta e um saco de pão. “Obrigada.” Falou. “Você é um amor.”

Christopher decidiu apenas se sentar e começar a comer em silêncio, enquanto Anahi comentava algumas coisas sobre sua loja ou sobre algum filme. Christopher lavou as poucas coisas que eles haviam sujado e depois eles foram para a sala.

“São dez horas agora. Que horas você tem que ir no estúdio hoje?” Anahi perguntou sentando ao lado dele no sofá com um sorriso feliz.

“Ah, só de tarde.” Ele controlou um suspiro, lembrando que teria que aguentar a tortura por mais algumas horas. “Pelo menos vou embora logo depois.”

“Não está gostando de ficar aqui?”                   

“Ah, não, não, não! Claro que não! Eu só... É que... Bom, nossa casa sempre é um lugar especial, não é?” Por favor, acredite nessa besteira. Ele implorou mentalmente.

Por sorte, Anahi apenas sorriu e acenou em acordo. “Com certeza. Quando eu viajo em tournée, não importa se o hotel tem a melhor cama do mundo ou é o lugar mais confortável que existe, ainda não é minha casa e Dulce não está lá. Eu entendo. Bom, mas, falando no assunto, existe alguém especial na sua vida agora?”

“Além do meu cachorro?” Christopher perguntou tentando fazer uma piada. “Não, ninguém. Estou sem tempo para namorar.”

“Ok, Ucker, eu estou tentando ignorar, mas está meio difícil.” Christopher empalideceu e engoliu em seco. Anahi suspirou. “A meses que você não fala com ninguém, você estava relutante em vim aqui em casa quando eu te ofereci e seu bom humor e piadas rápidas de sempre parecem ter sumido do seu cérebro. Agora, você pode me falar o que está acontecendo ou eu posso descobrir da pior maneira?”

“E como você faria isso?”

“Eu tenho meus contatos.”

Christopher riu. “É claro. Acho que você está meio maluca, Anahi, não está acontecendo nada. Eu estou bem, tudo está bem.”

“Não minta para mim, Christopher Uckermann! Eu te conheço a muito tempo e eu sei quando algo está errado. Eu não sei o que está errado, mas está afastando você de todo mundo, então você pode me contar agora e podemos resolver isso.”

“Eu não quero contar.” Christopher suspirou.

“Ucker...”

“Não é nada, Anahi! Eu juro!”

“Eu também sei quando você está mentindo, então...”

Christopher calou-a, inclinando-se para frente e colocando seus lábios nos dela.

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“Por mais que eu esteja feliz por você e com vontade de continuar essa conversa, May, meu avião vai sair daqui a pouco. Vou te ligar quando chegar em casa.” Prometeu. Dulce desligou o celular e olhou para Christian no banco ao lado. Ele estava usando um óculos escuro e seu cabelo estava despenteado e desgrenhado. Dulce riu. “Eu me esqueci o quão divertido é te ver de ressaca.”

“Cala boca.” Christian murmurou com mau humor. “A culpa é toda sua. Você tem sorte que eu te trouxe no aeroporto.”

“Claro, porque eu nunca poderia pegar um táxi para vir.”

“Vai se fuder, Dulce.”

Dulce apenas riu e se levantou. “Foi bom te ver, Chris.”

Ele se levantou também e abraçou-a com força. “Obrigado por ter vindo me ajudar, eu realmente aprecio isso.”

“Você é meu melhor amigo, Chris, é claro que eu vou sempre te ajudar.” Ela se afastou com um sorriso. “Prometa me ligar mais. E ligue para May depois de tomar um remédio. Ela quer te contar algo.”

“Você não pode me contar agora? Você ficou dez minutos no celular com ela.”

“Acho melhor você se surpreender.” Dulce piscou, indo para o portão de embarque.

“EU TE ODEIO!” Christian gritou para ela ouvi-lo.

“TE ODEIO MAIS!” Dulce sorriu e olhou no relógio. 7:30. Mais algumas horas e ela poderia ver sua amada esposa de novo.

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Anahi arregalou os olhos, surpresa demais para se mexer.

Isso explica bastante. Ela pensou.

Christopher empurrou seus lábios mais fortemente contra ela, buscando alguma reação, mas Anahi continuou parada como uma rocha.

“Vocês gostariam de me contar alguma coisa?”

Christopher pulou do sofá, ficando em pé imediatamente. Anahi se virou com o rosto expressando ainda mais surpresa. Dulce ergueu uma sobrancelha para eles.

“Dulce...” Christopher murmurou olhando em volta para algum tipo de desculpa. “Eu só...”

“Você só estava beijando minha mulher.” Dulce completou, seu rosto inexpressivo.

Anahi se levantou e foi até ela. “Dul, ele só... Eu não sei o que...”

“Eu beijei ela, Dulce.” Christopher falou, tentando parecer corajoso. “Ela não estava esperando por isso, eu peguei ela de surpresa, não foi culpa dela.”

Dulce apenas acenou com a cabeça e olhou para Anahi. “Eu preciso falar com Christopher um pouco.” Ela estendeu uma única rosa branca para Anahi e tentou sorrir. “Vá colocando ela em um vaso. Ou no jardim. Eu roubei do nosso vizinho, então o jardim seria uma opção melhor. Christopher, você pode me acompanhar até a piscina?”

Christopher engoliu em seco e a seguiu para fora. Dulce parou na beira da piscina e olhou para o céu nublado. Christopher parou ao lado dela e olhou para seus sapatos, muito nervoso para olhar para Dulce.

“Foi nobre da sua parte assumir toda a culpa.” Dulce falou depois de um tempo.

“A culpa foi minha. Eu que beijei ela.”

“Eu entendi essa parte. Eu só quero saber o motivo.”

“Eu não sei o que aconteceu, eu só... Ela estava lá e eu...”

“Não minta pra mim, Christopher. Eu não sou idiota.”

Christopher suspirou. “Eu sinto muito, eu não queria que isso acontecesse, eu não sei por que aconteceu, eu só... Eu me apaixonei por ela, Dulce.” Ele olhou para ela, esperando sua reação, mas se surpreendeu quando viu um pequeno sorriso em seus lábios.

“Sabe, Ucker, eu posso parecer confiante comigo mesma e com meu relacionamento, mas, desde o dia que eu comecei a namorar Anahi, eu tenho medo que ela ache alguém melhor e me deixe. Agora, não comece a se achar, não estou dizendo que você é esse alguém melhor, mas você é homem, pode dar a ela a família que ela sonha com mil vezes mais facilidade do que eu.”

“Eu não quero...”

“Não te culpo por isso.” Dulce ignorou-o. “Ninguém manda no coração nem em quem se apaixona.” Ela riu suavemente, apesar de ser um som triste. “É engraçado, na verdade. Eu posso amar Anahi desde que me lembro, mas eu sei que, em algum ponto da minha vida, eu não a amei.” Ela o olhou com os olhos brilhantes. Ele não tinha certeza se era um brilho de alegria, tristeza ou eram as lágrimas reprimidas. E Christopher não queria ter certeza do que era. “Eu gostei das minhas ex-namoradas, talvez tenha até amado alguma delas. Quando eu conheci May tive uma queda por ela, felizmente passou em uma semana. Depois eu conheci a Zoraida, durou três semanas. Então eu me toquei que estava apaixonada por Anahi. Desde aquele dia eu tenho medo de não tê-la mais comigo. Não mandamos nessas coisas do coração.”

“Então... Não está brava?” Ele perguntou esperançoso.

“Ah, eu estou!” Dulce riu, parecendo mais alegre. “Estou com raiva, na verdade. E eu gostaria de estar te batendo agora. Um ou dois socos, ou te afogar nessa piscina, ou te jogar de um penhasco, sabotar seu carro, te envenenar, colocar pó de mico na sua cueca, jogar álcool no seu olho, fazer você beber perfume, e coisas desse tipo. Mas não vou fazer nada disso.” Ela olhou para o céu novamente. “Porque não mandamos no coração.”

“Estou perdoado?”

“Por beijar minha esposa? Não, mas pode ser que eu perdoe um dia. Por estar apaixonado por ela? Não há nada para perdoar, como eu disse, você não pode controlar isso. Por fazer perguntas estúpidas? Bom, não seria você se não fizesse isso.” Dulce suspirou. “Eu te aconselho a sair agora. Não sei por que está aqui e não me importo, mas o clima seria um pouco estranho.”

“É claro. Eu vou sair imediatamente. Me desculpa, Dulce, eu sinto tanto.”

“Eu sei que sim. E eu vou tentar te perdoar.”

“Então... Estamos bem?”

“Vamos ficar. Mas um aviso.” Ela se aproximou um pouco dele e, com um sorriso falso, sussurrou ameaçadoramente. “Se você chegar perto dela de novo enquanto ainda tem essa paixão eu vou arrancar seu pinto fora.” Dulce se afastou. “Tome cuidado, as ruas estão movimentadas, seria uma pena se você fosse atropelado.” Dito isso, Dulce se virou e saiu.

Christopher engoliu em seco e enxugou o suor frio da testa. “Podia ser pior...” Ele murmurou para si mesmo. “Ela podia ter te matado agora, mas ela te deu um tempo para fugir.”