Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)

Vverg: que bom que está gostando =)

Portinon_dulce: É mesmo uma droga kkkk, The L Word é mil vezes melhor =)

Portinon_vondy: “ela é Dulce Maria, gostosa, perfeita, linda...” Eu ri kkkkkkkkkkkk, mas eu ri porque concordo sim, mas todo mundo tem medos ;)

Ka_oliveira: eu perder a prática?! Ok, brinks kkkkkkk. Que bom que gostou das novas webs =), leia-as e comente =). Joan vai falar mais pra frente kkkkkkkkkk

Fokaj: acredite, eu adorei escrever aquela cena tbm kkkkk, vai ter mais pra frente sim ;)

Dulce entrou no quarto de hotel com um suspiro. Joan correu na sua frente e se jogou na cama enorme, começando a pular quando descobriu que isso era emocionante. A morena não viu Anahi no quarto, então assumiu que ela devia ter saído para o restaurante do hotel ou algo assim, mas nem dois minutos depois a porta do banheiro se abriu e uma Anahi descabelada e de olhos vermelhos e inchados apareceu.

Elas se olharam por alguns segundos intensos e Dulce se odiou ao descobrir que Anahi estivera chorando. Depois de alguns segundos, Anahi limpou a garganta e foi até a mala que havia trazido. “Joan, querida, vamos nos trocar e colocar algo mais confortável para a viagem.”

“Não podemos ficar mais um dia? Nem fomos ver nada.” Joan reclamou, ainda pulando.

“Desculpa, querida, temos que ir. Mas eu prometo que podemos te trazer outro dia e vamos visitar a cidade. Você prefere calça de moletom ou um calçãozinho?”

“Calção.” Joan respondeu, pulando para fora da cama e indo até o banheiro.

Anahi levou sua roupa e voltou para o quarto, começando a procurar algo para ela usar. Dulce não podia suportar o silêncio em que estavam. Era quase doloroso.

“Anahi...” Ela começou sem saber como continuar. Ela suspirou. “Me desculpa por ter feito aquilo ontem, foi totalmente desnecessário. Eu só fiquei com ciúme e você estava lá rindo com ele, com Joan nos braços e... Para qualquer pessoa de fora, vocês pareciam uma família feliz. E eu surtei com isso. Mas isso não é uma desculpa por ter agido daquela maneira tosca e grosseira. É só que eu te amo tanto e a simples ideia de te perder é insuportável.”

Anahi havia parado de mexer na mala e lutava contra as lágrimas. Ela se endireitou e virou-se para Dulce. “Você não confia em mim? É por isso que agiu daquele jeito?”

“É claro que confio. Eu nunca iria pensar que você está me traindo ou coisa assim. Mas o meu medo é você me deixar por Ucker, não que me traia com ele. Não que isso também não seria horrível. Talvez isso seja como aquela história da Lebre e da Tartaruga!” Dulce exclamou.

“O que?”

“É. Eu nunca entendi aquela história direito, mas a Lebre tinha muita confiança nela mesma, por isso aceitou a corrida e por isso parou para descansar, porque tinha confiança que iria ganhar, porque ela é fodida.mente veloz e a Tartaruga não. Mas foi sua confiança que a fez perder. Ela dormiu e a Tartaruga passou ela e ganhou a corrida, porque ela tinha confiança que a Lebre tinha confiança em si mesma e então confiou que podia vencer.”

“Dulce, você não está fazendo sentido.”

“Você não está entendendo? Eu sou a Lebre e Ucker é a Tartaruga!”

“Mas que porr.a você está falando?!”

“Eu sou a Lebre, talvez porque eu confiei demais em mim mesma e parei de ser a esposa exemplo ou que seja. Eu confiei que já tinha você para sempre. Então eu parei de levar flores para você, parei de levar presentes apenas por levar, parei de procurar o presente perfeito para alguma data especial, parei de te levar em encontros surpresa, parei de fazer jantares especiais. EU ME ACOMODEI! Me acomodei porque confiei demais em mim! É disso que estou falando.”

“Dulce, é sério, eu não estou...”

“Ucker é a Tartaruga! Porque ele sabe que eu confiei demais em mim mesma. E se ele aparecer com flores e uma caixa de bombom? E se ele simplesmente te colocar em um carro, não dizer para onde vai, só para te levar em um encontro surpresa em um parque, sei lá aonde. Não importa! Porque eu sou a Lebre, quem perde, e ele é a Tartaruga, quem ganha!”

“Você está realmente comparando tudo isso com uma história infantil?”

“É uma fábula com moral! E eu acho que finalmente entendi a moral dessa história!”

“Você por acaso bebeu?”

“Anahi! Me acompanha! Raciocina comigo! Eu te perco, porque confiei demais em mim e parei de ser uma boa esposa. Ucker te ganha, porque aparece com as coisas que eu parei de fazer. Eu, Lebre. Ucker, Tartaruga. A Lebre e a Tartaruga.” Dulce falou como se tivesse acabado de descobrir uma fórmula super importante que mudaria a visão da matemática.

Anahi franziu a testa. “Eu sou a corrida? Eu não entendi, Dulce, é sério!”

“Sim! Bom, não realmente. Você é o prêmio.”

“Então eu sou um prêmio?” Anahi perguntou, cruzando os braços e levantando uma sobrancelha.

“Não! Ai, Deus! Anahi, você é você! Eu sou a Lebre e o Ucker é a Tartaruga, mas você é você. Como você pode complicar um simples conto infantil?”

“Foi você que complicou tudo!” Anahi exclamou.

Dulce suspirou e passou a mão pelos cabelos. “O que eu estou dizendo é...”

“Eu acho que já entendi. Você acha que eu vou te trocar porque você não me trás mais um buque de flores e que, se Ucker aparecer com um na minha porta, eu vou me jogar nos braços dele?”

“Não necessariamente no primeiro momento, mas eventualmente. Porque você vai estar interessada nas coisas que fizeram você se apaixonar por mim primeiramente, então você vai se apaixonar por ele, e eu vou perder a corrida. Entendeu?”

“Que corrida, meu Deus?!” Anahi olhou para o teto e suspirou exasperadamente. “Dulce, eu não me apaixonei por você porque você me trouxe flores e presentes.”

“Foi um bom começo e...”

“Você só me trouxe flores depois de dois meses de namoro.” Anahi falou, cruzando os braços de novo. “E nesse tempo eu já tinha dito que te amava. Você não está fazendo nenhum tipo de sentido.”

Dulce passou as mãos pelo rosto e suspirou. “Ok, então apenas esqueça os últimos cinco minutos de sua vida.”

Dulce atravessou o quarto e jogou a mala em cima da cama, revirando tudo para tentar achar uma calça de moletom que ela tinha certeza que havia colocado na mala. Ela resmungou alguma coisa sobre uma vida injusta e sem sentido e amigos traíras e contos infantis idiotas.

Por fim, Anahi riu e abraçou-a por trás, beijando sua nuca. “Eu entendi o que você quis dizer.” Ela sussurrou no ouvido de Dulce. “Mas não faz sentido. Porque Ucker não é a Tartaruga, ele nem tem um lugar nessa história. Você também não é a Lebre. Não existe corrida nenhuma. Por mim, Ucker pode aparecer na frente da nossa casa com um caminhão cheio de flores e balões em forma de coração e me prometer uma viagem para a Lua onde ele iria escrever nossos nomes dentro de corações, e mesmo assim eu iria mandá-lo embora e dizer que eu já tenho a esposa perfeita e minha vida perfeita, e ele jamais poderia quebrar isso. Sabe por quê?”

Dulce apenas suspirou e resmungou “Hm?”.

“Porque eu te amo. E te amo demais. E sou incapaz de te deixar, porque eu jamais teria uma vida sem você. Então, agora você pode parar com essa ideia ridícula de história infantil.”

“Posso ser a Tartaruga?” Dulce murmurou.

Anahi riu e beijou sua nuca novamente. “Chega de histórias e personagens. Somos eu e você. Apenas eu e você.”