Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)

Voltei!!! Depois de receber várias ameaças – ouvi dizer que estavam até fazendo macumba – mas voltei.

A primeira coisa que eu quero dizer é: coisas de graça são uma bosta.

Eu precisava formatar meu computador, então fui atrás de uma alma caridosa que faria isso de graça para mim. Legal, achei um cara, o computador ficou uns dois dias com ele, e voltou a mesma merda. Levei o computador de volta e então eu tive que esperar a boa vontade da pessoa – de graça, lembram? – e ele demorou duas semanas. E, novamente, voltou a mesma merda, mas agora não vou mais levar nele, também não vou levar pra lugar nenhum kkkk.

Agora, as outras duas semanas que eu fiquei desaparecida – foi um mês e alguns dias sem postar – foi por causa do meu amigo que veio me visitar e ficou uma semana e meia aqui, então meu pai apareceu depois dele ir embora e ficou uns três dias.

Então, eu tenho bons motivos para ter desaparecido. Sei que não foi legal, desculpem.

O que eu tenho a dizer é: 1) não, eu não estava em uma ilha paradisíaca, mas eu gostaria muito de estar. 2) se a pessoa que vai dormir na sua casa é seu melhor amigo, você não deve levantar cedo para fazer café da manhã, porque ele provavelmente só vai acordar meio dia, experiência própria. 3) se esse amigo gostar da Lady Gaga, não deixe ele na cozinha enquanto você faz o almoço ou ele vai dançar e te atrapalhar. 4) coisas de graça normalmente são uma porcaria. 5) se quiser seu computador bom depois de ir pra assistência, pague.

Bom, vamos para o capítulo =)

“Essa noite foi incrível, não?” Dulce perguntou com um sorriso descarado, se jogando na cama.

“Joan, querida, por que você não vai tomando banho que a mamãe já leva a sua roupa?” Anahi tinha um dom extremamente suave, o que fez Dulce ficar alerta imediatamente. Assim que Joan entrou no banheiro do hotel, Dulce se sentou e estudou Anahi com os olhos estreitos.

“O que foi?” Ela perguntou hesitante enquanto Anahi tirava suas pulseiras – apenas Anahi iria achar necessário usar pulseiras enquanto jogava boliche – e as colocava dentro da mala cuidadosamente, na verdade, com cuidado excessivo. Outro sinal de pânico para Dulce. “Any...”

“Hm?” Anahi murmurou, lançando um breve olhar por cima do ombro. Seu sorriso era doce. Outro sinal.

“O que está acontecendo?”

“Ah, nada. Bom, além do fato de você ter me comido em um armário de vassouras, ter me feito passar vergonha na frente de nossos amigos e, principalmente, ficar fazendo piada sobre a coisa toda. Nada, bom, pelo menos nada fora do normal, NÃO É?!” Na última frase, Anahi se virou bruscamente, jogando um tênis em Dulce e erguendo seu tom de voz perigosamente, mas não o suficiente para Joan escutar.

“Outch!” Dulce exclamou quando o tênis bateu em seu ombro. “Que diabos...”

“Eu estou incrivelmente irritada com você agora! Você não tem nem ideia do quanto eu estou irritada com você! Sabe quando eu fico com raiva quando você come direto da panela? É mil vezes pior do que isso! Eu não consigo nem olhar pra sua cara! Aaaaargh!” Ela jogou o outro par do tênis e se virou para a mala de novo, pegou rapidamente alguma roupa para Joan e foi para o banheiro antes que Dulce pudesse se recompor do ataque.

“Caramba, eu cavei minha própria cova, me joguei lá dentro e ainda me cobri.” Dulce murmurou para si mesma.

Joan saiu do banheiro dez minutos depois, usando um pijama de fadas, com sua toalha rosa enrolada no braço. “Mamãe mandou você pendurar em algum lugar.” Ela disse, estendendo a toalha para Dulce.

Dulce suspirou e olhou em volta. O único lugar possível para pendurar a toalha era na porta que separava o quarto de uma pequena sala. Ela pendurou a toalha lá e se virou para Joan, que já estava deitada na cama. “Onde está mamãe?”

“Ela disse que ia tomar banho e que eu já podia dormir. Eu estou cansada.”

Dulce sentou na beira da cama e passou a mão pelos cabelos de Joan, antes de sorrir. “Tudo bem, meu amor, durma.” Ela beijou a cabeça de Joan, se levantou e foi até a porta do banheiro. A porta estava fechada, então ela tentou bater, mas não obteve resposta. “Anahi.” Ela chamou suavemente. Quando não teve resposta, Dulce bateu novamente, mais forte. “Anahi, me deixa entrar.”

Depois de insistir por mais cinco minutos, Dulce desistiu. Ela foi até a sala, sentou em uma poltrona e esperou. Apenas meia hora depois, Anahi saiu do banheiro. Dulce se levantou rapidamente e entrou no quarto.

“Anahi, por favor.”

“Hoje não, Dulce.” Foi a resposta sem qualquer sentimento.

Dulce apenas suspirou e observou enquanto Anahi deitava ao lado de Joan na cama. É uma cova enorme. Ela pensou amargamente.

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O relógio marcava pouco mais do que quatro horas quando o barulho irritante do celular ressoou por todo o quarto. Dulce considerou jogá-lo na parede, ou dizer para a pessoa que estava ligando ir se fuder, porque Deus sabia que ela ia precisar estar descansada para a discussão que ia acontecer pela parte da manhã ou ela ia acabar piorando as coisas. Mas quando ela viu uma foto de Poncho na tela, ela considerou falar para ele ir fuder a esposa, então lembrou que a tal esposa era sua melhor amiga, isso trouxe imagens mentais horríveis, então ela precisava de uma distração, por isso atendeu.

“É melhor isso ser importante.” Ela resmungou.

“Estamos no hospital.” Foi a resposta rápida de Poncho. Dulce podia ouvir uma sirene de ambulância ao longe, isso fez com que ela se sentasse imediatamente.

“O que aconteceu?” Ela perguntou, já levantando, ligando a luz e remexendo na mala para achar uma roupa.

Anahi acabou acordando também por causa da movimentação brusca na cama e olhou Dulce com os olhos ardendo por causa da luz repentina.

“Poncho, pare de chorar e fale o que diabos aconteceu!” Dulce exclamou, puxando uma calça qualquer por cima da boxer branca que usava.

“É a May, ela...”

“O que aconteceu com ela?! Pelo amor de Deus, Poncho, o que aconteceu com a May?” Dulce sentia que estava bem perto de ter um ataque cardíaco.

Anahi levantou da cama também, alarmada. Eles haviam se visto a menos de cinco horas, o que pode ter acontecido nesse meio tempo...

“Ela entrou em trabalho de parto.” Ele finalmente respondeu e Dulce podia quase ver o imenso sorriso que ele tinha.

Dulce deixou a camiseta cair no chão e soltou a calça, que também caiu inerte em volta de seus tornozelos. “Você tem que estar brincando comigo.” Ela murmurou, dando um tapa na testa. “É sério? Você me liga chorando desesperado, me fazendo achar que um mamute tinha invadido sua casa e pisoteado na May até a morte, mas, na verdade, era apenas o óbvio?!”

“Óbvio?! Ela está de oito meses!”

“Bebês nascem prematuros, sabia disso?” Dulce zombou, passando a mão pelos cabelos. “Ok, seu retarda, eu vou acordar as meninas e vamos para o hospital. Tente não ter um piripaque enquanto isso.” Ela desligou o telefone e balançou a cabeça. “Babaca.” Sussurrou.

Dulce se abaixou, puxou a calça para cima de novo e, dessa vez, colocou um cinto qualquer que achou primeiro para segurá-la, então pegou outra camiseta da mala e colocou rapidamente, antes de se virar. Ao ver Anahi sentada na cama ela considerou correr e se esconder para evitar o tratamento frio de antes, mas ela não podia ser egoísta em uma hora que sua melhor amiga devia estar gritando de dor em cima de uma maca enquanto um bebê tentava sair por... Ok, péssima imagem mental, péssima mesmo.

“Maite entrou em trabalho de parto, eles já estão no hospital.” Dulce anunciou, catando os tênis que Anahi tinha jogado nela mais cedo e os colocando.

Anahi se levantou também e começou a se arrumar sem falar nada, depois acordou Joan, que não queria levantar, mas acabou cedendo. Anahi teve que trocá-la em seu estado de semi-consciência, então isso dificultou as coisas. E como as pernas de Joan não queriam funcionar corretamente, Dulce teve que levá-la no colo até o carro. Depois de colocá-la na cadeirinha e prendê-la firmemente com o cinto, Dulce fechou a morta e foi abrir a porta do motorista. Anahi segurou sua mão antes que ela pudesse encostar na maçaneta.

“Eu... sinto muito por ter te tacado coisas antes.” Dulce quase se sentia completamente aliviada, antes, claro, de Anahi completar. “Mas eu ainda estou brava com você.” Ela, então, desfilou para o outro lado do carro e entrou.

Dulce teve um breve pensamento antes de começar a dirigir para o hospital. Essa vai ser uma looooonga noite.