Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)

Dulce parou no balcão de entrada e esperou pacientemente – nem tão pacientemente, porque ela estava nervosa – para que a enfermeira terminasse sua ligação.

“Olá, boa noite. Eu estou aqui para ver minha amiga, ela entrou em trabalho de parto faz uma meia hora, mais ou menos, Maite, é o nome dela.”

“Ah, claro, Maite Perroni! Como eu poderia me esquecer! Não é todo dia que você vê alguém famoso... Meu Deus, você é Dulce Maria!” A enfermeira exclamou, atraindo vários olhares.

“E ela é Anahi.” Dulce falou rapidamente, apontando para a loira, que estava com Joan dormindo no colo. “Agora que estabelecemos nossos nomes...” Ela olhou a identificação no jaleco da mulher. “Danielly, será que você pode nos dar a informação que precisamos?”

“Claro. Ela ainda está no quarto, ainda não dilatou o suficiente. Quarto 302.” Dulce estava prestes a se virar quando ela acrescentou rapidamente. “Pode me dar um autógrafo? Minha filha é muito fã sua.”

“É mesmo, é?” Dulce perguntou com um sorriso falso. Ela rapidamente pegou o papel e caneta que a mulher estendeu e assinou rapidamente, devolveu para ela e saiu antes que ela tivesse chance de pedir uma foto. “Quarto 302.” Dulce falou para Anahi.

“Onde fica?”

“Não faço ideia, mas eu não vou ficar mais nenhum segundo aqui e perguntar pra ela.” Dulce foi até uma placa de informação e tentou achar o quarto 302. “Ah, aqui, quartos do 202 até 302 no terceiro andar.”

Poncho estava sentado em uma cadeira ao lado da cama, segurando firmemente a mão de Maite, quando Dulce entrou. Anahi ficou do lado de fora com Joan, que havia acordado. Ver uma mulher gritando de dor não era uma boa experiência no momento.

“Hey, May, como você está?”

“Já estive melhor, por incrível que pareça.”

Dulce vira Maite sendo sarcástica poucas vezes antes, mas seu tom nunca fora tão irônico ou agressivo, isso a fez se encolher um pouco. “Vou levar isso como um: péssima.” Ela murmurou para si mesma. “Então, quanto de dilatação?”

“8, a médica acabou de vir aqui.” Poncho respondeu.

A imagem de Poncho para Dulce sempre fora muito clara. Um homem centrado, equilibrado e calmo. Mas a pessoa na sua frente agora parecia uma bagunça completa. Ele estava suado, sua camisa estava com os botões todos errados, ele usava um tênis de cada cor e seu cabelo estava completamente torto.

Dulce fez uma nota mental de que pessoas prestes a se tornarem pais não são sociáveis, nem elegantes.

“Ok, então. Ah, Poncho, eu não sabia se você tinha se lembrado de pegar uma câmera ou não, então, aqui está.” Ela tirou uma pequena câmera do bolso e estendeu para ele.

“Ah, nossa, Dulce, muito obrigado! Eu tinha me esquecido mesmo!”

“Sem problemas, paisão. Bom, eu vou deixar Anahi entrar antes que ela termine de me esfolar viva.” Ela sorriu para eles. “Parabéns, eu estou muito feliz por vocês.” Maite conseguiu dar um breve sorriso antes de começar a se contorcer na cama com uma contração. “Essa é minha deixa pra sair.”

Ela saiu rapidamente e encontrou Anahi sentada em uma cadeira no corredor, com Joan no seu colo, mexendo em seus cabelos. Elas trocaram de lugar e Dulce passou a esperar pacientemente por sua esposa enfurecida.

“Hey.” Anahi falou suavemente ao entrar. Maite havia acabado de parar de se contorcer e conseguiu lhe dar um breve sorriso. “Oh, amiga. Pensa pelo lado positivo, em pouco tempo você vai ter o seu bebê nos seus braços.” Isso fez Maite sorrir ainda mais com a perspectiva de segurar seu pequeno bebê. “Vocês ligaram para os outros?”

“Christian deve chegar daqui a pouco, ele tinha alugado um apartamento no centro. Ucker já devia ter chego, não sei onde ele está.” Poncho respondeu.

Anahi acenou com a cabeça. “Eu vou ligar para ele e perguntar se aconteceu alguma coisa.”

“Você é muito mais competente que sua esposa.” Maite brincou antes de gritar de dor quando outra contração cruzou seu corpo.

“Tão competente que eu até trouxe um copo de gelo. Lembro de quando minha irmã foi dar a luz, ela deve ter chupado umas quatro formas de gelo.” Anahi sorriu para Poncho quando lhe deu o copinho de plástico.

“Ah, eu realmente preciso disso.” Maite falou entre os dentes cerrados.

“Mari sempre disse o quanto ele foi útil para ela.” Anahi sorriu novamente. “Ok, precisam de mais alguma coisa?”

“Eu preciso de algo para...”

“Amarrar o cabelo?” Anahi perguntou em tom divertido. “Joan ficará feliz em emprestar.” Ela estendeu um rabicó rosa para Poncho, que colocou em Maite com o máximo de cuidado que conseguia. “Sua amiga pensa em tudo.”

“Eu também havia pensado em tudo, mas Poncho esqueceu a bolsinha da emergência na pressa de vim pra cá.” Maite falou, fazendo Poncho corar um pouco. “Pelo menos ele lembrou da mala de roupa.”

A médica entrou logo em seguida e sorriu para a nova pessoa na sala. “Bom, vamos checar a situação. 10 centímetros, você está pronta.” A médica anunciou com um enorme sorriso quando levantou.

Maite lançou um olhar de puro pavor para Anahi, que apenas sorriu em encorajamento. Enquanto eles saiam do quarto, escoltados por enfermeiros, Poncho agarrou a camiseta de Dulce, que estava em pé no corredor acenando para Maite.

“Como eu uso isso?” Poncho perguntou acenando com a máquina na frente dela.

“É só apertar esse botão, já está programada pra gravar.” Dulce sorriu e segurou a mão dele, fazendo-o soltar sua roupa. Poncho lhe lançou um olhar de desculpas. “Eu sei, você está nervoso. Não se preocupe, vai dar tudo certo. A gente vai te esperar lá embaixo, paisão.” Eles se abraçaram. “Parabéns. Eu te amo.”

“Eu também te amo.”

“Ok, muita viadagem.” Dulce se afastou bruscamente. “Agora eu preciso de uma cerveja e uma stripper para virar macho de novo.”

Poncho riu. “Obrigado pela distração.”

“Sem problemas. Agora vai lá, sua família te espera.”

E Poncho fez exatamente isso.