Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)

Anahi revirou os olhos ao ver a imagem no plano de fundo de sua tela. Honestamente, Dulce não podia ser séria nem por dois minutos. Quando a morena disse que havia trocado a imagem, Anahi sinceramente pensou que ela havia escolhido uma das imagens que ela havia tirado da bunda ou dos peitos de Dulce – isso ainda lhe rendia muitas provocações. E estava certa. A imagem que lhe recebeu era de Dulce usando uma calça de moletom cinza e uma regata preta na academia, se alongando com os braços apoiados na parede, a perna direita dobrada e a esquerda esticada.

Anahi podia admitir para si mesma que adorava tirar essas fotos, mas jamais iria admitir para Dulce que passava mais tempo na academia olhando para sua bunda – ou peitos – do que malhando.

Ela quase deixou o celular cair quando Dulce pulou, literalmente, no sofá ao seu lado com um enorme sorriso. “Faça a piada logo. Tenho que fazer um lanche para Joan.”

“Na verdade, eu queria te mostrar isso.” Dulce se esticou, pegou seu notebook de cima da mesinha de centro e colocou-o no colo de Anahi. “Cheque a pasta ‘asdf’.”

“Asdf?”

“Eu estava com preguiça de criar um nome.” Dulce acenou com a mão e esperou Anahi encontrar e abrir a pasta.

“Dulce...”

“89 fotos suas tiradas por mim. Pelas minhas contas são 57 da sua bunda e 32 dos seus peitos. Eeeeee... Abrindo esta pasta logo aqui, denominada ‘ghjk’, você encontra fotos que eu tirei nos momentos em que você estava distraída. Tem fotos do celular, da câmera digital e da câmera profissional. A minha favorita, se me permite mostrar, é essa aqui, que eu tirei enquanto você ria de alguma coisa. Seus olhos estão brilhando, tem aquelas ruguinhas lindas no canto dos olhos, um sorriso enorme, que, em minha opinião, é o mais lindo do mundo. Porém, eu encontro grande dificuldade em decidir se coloco ela ou esta foto como plano de fundo. Nesta você também está rindo, mas está com Joan no colo e ela também está rindo. Por via das dúvidas, eu coloquei a primeira no meu navegador e a segunda na tela. Entretanto, para o meu Twitter...”

“Eu já entendi, Dulce.” Anahi sorriu e fechou o notebook. “Você também é tarada.”

“Pela sua bunda e pelos seus seios.” Dulce acrescentou rapidamente. “Isso é muito importante.” Anahi deixou o notebook de lado e se virou para Dulce com um sorriso feliz. “E eu nem sequer te mostrei as fotos que eu revelei. Sabe a caixa onde eu guardo meus suspensórios?” Anahi acenou em acordo. “Atrás dela tem outra caixa. Eu guardo as fotos mais importantes para mim lá.” Dulce se inclinou e deu um selinho em Anahi. “Eu te amo, ok? E você pode tirar quantas fotos da minha bunda...”

“E dos seus seios. Principalmente dos seus seios.” Anahi sorriu.

Dulce sorriu. “quanto quiser.” Ela completou, lhe dando outro selinho. “Na verdade, eu não iria me importar se você aparecesse no banheiro enquanto eu tomo banho e tirasse fotos, então poderíamos partir para algo mais e...”

“Você realmente não tem capacidade de ser séria, não é?”

“Nem um pouco.” Dulce concordou.

Anahi balançou a cabeça e levantou. “Já que a senhorita está cheia de energia, fique a vontade para achar a caixa com os enfeites de Natal.”

“Mas...”

“Você pode discutir o quanto quiser, mas, no fim, vai ter que achar a caixa mesmo assim.”

“Tá bom, eu vou achar a caixa.”

Anahi estreitos os olhos. “E trazê-la para cá.” Ela acrescentou quando percebeu a jogada de Dulce.

“Droga. Ok. Algo mais?”

“Amanhã vamos sair para achar uma árvore de natal.”

“Algo mais?”

“E comprar os presentes. Se deixarmos para muito tarde, vai ser um verdadeiro inferno.”

“Algo mais?”

“Vamos com o meu carro, tem um porta-malas maior. Vamos achar a árvore e mandar entregar depois. É o primeiro Natal de Joan conosco, eu quero algo especial.”

“Algo mais?”

“Eu tenho que...” Anahi bufou e deu um tapa no ombro de Dulce. “Muito engraçadinha você.”

Dulce riu. “Você planeja demais, Anahi. Vamos apenas com o fluxo da coisa.”

Anahi revirou os olhos e foi para a cozinha. Dulce ligou a TV e procurou algum filme para assistir. Minutos depois, Joan desceu correndo as escadas e sentou ao lado de Dulce, segurando um papel.

“O que tanto fazia no seu quarto?” Dulce perguntou com um sorriso, beijando o topo da cabeça dela.

“Minha carta para o Papai Noel.” Joan respondeu alegremente.

“É mesmo?”

“É. Podemos colocar no correio amanhã?”

“Com certeza.” Dulce sorriu. “Posso dar uma olhada.”

“Tudo bem.”

Joan estendeu o papel para Dulce, que pegou-o. “Hm. Mais uma boneca de fada? Uma bicicleta rosa. E... Eu acho que não entendi a última coisa. O que é?”

“Um irmãozinho.”

“Ah, sim. É o que eu pensei que tinha lido.” Dulce balançou a cabeça, tentando esconder o pânico. “Pode me dar um segundo?” Ela levantou sem esperar uma resposta e praticamente correu para a cozinha. “Anahi, temos um grande problema.”

“O que?” Anahi perguntou, sem tirar os olhos da receita que lia.

“Joan fez sua carta para o papai Noel.”

“Onde está o problema nisso? Você prefere que ela não acredite em papai Noel?”

“Leia.” Dulce estendeu o papel para ela.

“Eu estou com a mão cheia de massa de biscoito, Dulce.”

“Tudo bem. Ela pediu uma fada, uma bicicleta...”

“Nada fora do comum.” Anahi se virou para pegar a caixa de leite.

“E um irmão.”

A loira se virou tão rápido que Dulce teve certeza que ela tirou algum músculo do lugar. A caixa de leite praticamente voou para o chão. “Ela pediu o que?”

“Um irmãozinho. Está escrito bem aqui.” Dulce apontou para a última linha no papel cheio de desenhos de flores. “Bem aqui. Exatamente aqui.”

“O que vamos fazer?”

“Bom, eu tenho uma ideia e ela é muito boa. Quando ela abrir a fada e ver a bicicleta e ficar feliz, dizemos que papai Noel não podia dar tudo que ela queria, porque tinha outras crianças para dar presente. Ela vai ficar um pouco decepcionada e pode voltar a pedir ano que vem, ou até na Páscoa, mas é só usar a mesma desculpa. Quer dizer, eles vão crescendo e o preço também, a desculpa vai funcionar por muito tempo, até ela parar de acreditar nisso. É claro que...”

“Isso é simplesmente cruel.”

“E o que você quer que eu faça?”

“Ligue para a agência de adoção e diga que não fiquei satisfeita com a criança que me deram a menos de três meses e quero outra? Acho que eles vão passar a ignorar minhas ligações.”

Anahi suspirou e se abaixou para limpar a bagunça no chão. “Vamos pensar em alguma coisa menos cruel.”

“Fique a vontade, espertinha.”