Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)

Anahi mordeu o lábio inferior com força para impedir um riso de escapar por sua boca. Sua esposa estava sentada ao seu lado com a expressão mais assustada do mundo ao ler uma revista sobre gravidez e basicamente tudo que se deveria saber sobre ela. O consultório estava vazio, estava recém-aberto. Elas pediram um horário onde ninguém estivesse lá, pois queriam manter tudo em segredo pelo maior tempo possível, e ser reconhecidas em um consultório ginecológico não era bem a melhor forma de se manter uma possível futura gravidez em segredo.

Hoje eram os dias dos exames, todos os possíveis, desde os mais simples aos mais complexos, para que elas tivessem certeza que Anahi poderia carregar seu filho sem nenhum problema. Conseguiram um médico excelente, super recomendado, para acompanhar toda a gravidez e fazer a inseminação, e iriam vê-lo em dois dias, quando o resultado dos exames estivessem prontos, para começarem o processo com ele. O médico já estava acostumado com casos necessário de descrição máxima, por isso concordou sem problemas em ficar até tarde no consultório, mesmo após sua secretária ir embora depois de seu turno, para atendê-las.

Não é como se ele pudesse reclamar tanto, não ia ser um troco o que ele iria ganhar com tudo aquilo. Ia ser muito dinheiro. Fora o dinheiro pago para clinicas e hospitais para dar tudo certo.

“Isso parece ser horrível.” Dulce murmurou para si mesma, olhando com atenção uma fotografia de uma mulher grávida e, ao lado, um artigo sobre enjôos matinais.

Anahi revirou os olhos, apesar de sustentar um sorriso carinho para sua esposa. “O que está olhando, amor?”

“Apenas pesquisando sobre tudo que terei que passar em alguns meses.” Ela continuou murmurando, franzindo a testa para um quadro colorido com um artigo sobre aulas de Lamaze. “Eu não vou nessa merda.”

A loira não conseguiu impedir um riso baixo de escapar e balançou a cabeça. “Não está olhando muito para frente?”

“Estou apenas me prevenindo.” Seus olhos mudaram-se para outro quadro com os diferentes tipos de parto. “Quem, em sã consciência, tem o filho embaixo d’água?” Essa pergunta não parecia ser destinada a ninguém, por isso Anahi ignorou. “O filho nem nasceu e já está tentando matá-lo, imagina quando chegar na adolescência.”

“Senhorita Portilla-Saviñon.” A secretária chamou com um sorriso suave. “Por favor, me acompanhem.” Ela era baixinha, com os cabelos em um tom vermelho meio desbotado, mas elas podiam dizer que era um ruivo natural, devia ter pouco mais de quarenta anos e seu crachá dizia “Liz”.

A senhora acompanhou-as para a sala do médico, o doutor Waymor, que estendeu a mão para elas imediatamente, dando-lhes um sorriso amigável. A secretária fechou a porta com cuidado, deixando-as na sala branca, estéril e fria.

“É um prazer tê-las no meu consultório. Admito que fiquei um pouco surpreso.”

“Ah, por favor, tivemos ótimas recomendações do senhor. Trate-nos como qualquer outra paciente, por favor.” Anahi sorriu e apertou sua mão. Dulce seguiu seu exemplo, então as duas sentaram nas cadeiras indicadas por ele, na frente de sua mesa enorme e cheia de papéis.

“Bom, será feito como pedem. Como me disseram anteriormente, pelo telefone, vocês estão pensando em engravidar, certo?”

“Isso.” Anahi concordou.

“Muito bem. E creio que os exames serão feitos na senhorita Anahi, certo?”

“Certo.”

Ele sorriu e balançou a cabeça um pouco. O doutor Waymor aparentava ter cinquenta anos, com os ralos cabelos brancos cobrindo apenas a parte de trás de sua cabeça, com um óculos preso em seu nariz torto e sua barriga meio proeminente parecia dificultar seu acesso ao teclado do computador por encostar na mesa antes do resto de seu corpo.

“Perfeito. Bom, eu tenho o pedido dos exames aqui. Espero que não tenha medo de agulhas, porque vai ser espetada um pouco. Exame de sangue é essencial, vai nos ajudar a detectar qualquer problema de saúde e até genético. Eletrocardiogramas também serão feitos, um exame completo do útero e trompas, coração, pulmões e da oxigenação do sangue. Vai passar um dia inteiro fazendo todos os exames, mas não vamos deixar passar nada que possa impedir essa gravidez de iniciar.”

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“Temos que pegar os exames hoje.” Anahi lembrou sua esposa quando ela entrou na cozinha.

Dulce havia acabado de voltar de uma reunião onde, com certeza, deu uma pausa em todos os seus contratos. Ela ainda não havia contado isso para Anahi, mas estaria ao lado de sua esposa a cada passo do caminho. Não perderia por nada no mundo o desenvolvimento de seu bebê na barriga do amor de sua vida.

Ela sabia que Anahi ainda estava com os contratos abertos, para um novo CD e a possível gravação de um DVD e uma pequena tour pela América Latina. Depois de Joan ter ido morar com elas, Anahi ainda fez alguns shows, gravou músicas e iniciou outro CD, mas ela não tinha certeza se sua esposa iria parar agora ou esperar a confirmação de sua gravidez antes de fazer qualquer coisa.

Dulce poderia esperar a confirmação também, mas com seus compromissos acabaria perdendo muitas consultas vitais no processo e não queria isso. Além disso, com o dinheiro que ambas ganharam em seus muitos anos de carreira poderiam passar o resto da vida sem trabalhar e sem mudar o estilo de vida. Ela não se importaria em ficar um tempo sem trabalhar para cuidar de sua família.

Joan havia ficado sobre os cuidados de Christian enquanto Anahi fazia as consultas, e ela estava adorando passar aquele tempo com o padrinho, que fazia de tudo para estragá-la com doces e brinquedos como o grande padrinho babão que era.

“Eu sei.” Dulce acenou em acordo, indo até a geladeira para pegar um pouco de água. “Christian vai estar aqui em duas horas para pegar Joan, então podemos ir até o laboratório. A consulta com o doutor Waymor é as quatro, sua secretária nos deu certeza que ninguém vai aparecer por lá. O doutor Chasen nos espera às sete no seu consultório com os exames para ele dar uma olhada.”

Anahi olhou-a um pouco impressionada. Sua esposa nunca fora uma pessoa que decora compromissos e sabe tudo sobre eles.

“Temos queijo?” Dulce perguntou enquanto vasculhava a geladeira.

Anahi apenas balançou a cabeça e se aproximou dela, pegando o pedaço de queijo com mais facilidade que cruzara a cozinha e entregou para a morena com uma sobrancelha levantada. “Você tem uma incrível capacidade de não enxergar as coisas que estão bem na sua cara.”

Dulce revirou os olhos ao pegar o prato. “Diz a mulher que demorou quase dois anos para perceber que me ama.”

A loira lhe deu um tapa no ombro. “Coma seu queijo e cala boca.”

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“Lilian.” Dulce falou de repente, sem tirar os olhos da rua lotada.

Anahi franziu a testa. “O que?”

“Se for menina. Lilian.”

A loira sorriu levemente. “Não vou dar o nome de alguém que foi assassinada por um maluco em busca de poder e deixou seu filho sozinho para morar com os tios que o odiavam e sofreu durante toda a infância e depois viveu com o perigo de morrer a cada segundo pelo mesmo maluco que matou sua mãe.”

“Sua analogia sobre Harry Potter foi bastante interessante.” Dulce brincou. “Sei que estou pulando algumas etapas aqui, mas o nome apenas surgiu. Mas seus exames não acusaram nenhum problema, isso significa que você está em perfeitas condições de engravidar.”

“Eu sei, amor. Eu estou animada também. Mas um passo de cada vez, ok?” Anahi segurou a mão de sua esposa para dar um beijo amoroso no nó de seus dedos, antes de soltá-la para que Dulce pudesse mudar a marcha. “Um passo de cada vez.”