Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)

Justin_rbd: bem vinda!!! E estou planejando uma aparição da mãe de Dulce em algum ponto no futuro ;)

Ponny_portinon: porque sorvete de chocolate é outro nível e merece ser comprado às 3 da manhã kkkkk

“Posso saber por que está aqui comigo ao invés de estar com sua esposa?” Christian perguntou, olhando para uma vitrine com vários casacos de couro.

Dulce suspirou e tomou um gole do chá que carregava na mão. “Anahi começou a tomar os medicamentos.”

“E o que há de tão horrível nisso?”

“São hormônios, Christian, hormônios.” Ela balançou a cabeça. “Joan tem sorte, fica na escolinha a tarde inteira, mas eu não estou trabalhando e Anahi não tem nenhum compromisso essa semana, por isso, tenho que aguentar seu péssimo humor sozinha. Dei a desculpa que você estava passando por uma crise romântica. Se ela perguntar, você está gostando de um dono de restaurante italiano super bonito.”

Christian revirou os olhos e retomou a caminhada pela rua meio vazia. “Se está fugindo agora, como planeja aguentar os nove meses de gravidez?”

“Liguei para Poncho. Ele disse que as mudanças de humor só vão começar depois do primeiro trimestre e vão durar dois ou três meses. A única coisa que tenho que fazer é dizer que ela continua linda e colocar a roupa lavar, e tudo vai ficar bem.” Dulce parou momentaneamente para examinar a vitrine de uma joalheria.

“Você é uma esposa exemplar.” Ele zombou, terminando seu café e jogando o copo no lixo ao lado do poste de luz.

“Hey, eu vou segurar o cabelo dela enquanto vomita, dizer que é linda, cozinhar, levantar de madrugada e virar a cidade procurando o que quer que ela peça para eu achar, e tudo o mais. Temos uma empregada para limpar a casa e colocar as roupas lavar. Ela aparece duas vezes por semana. Talvez tenhamos um problema com os cachorros e aquele gato maldito.”

“Não sei se sirvo para essa coisa de filho.”

“Concordo.”

Christian fez uma careta e entrou na lanchonete ao lado da joalheria, indo direto para uma mesa do canto. “Nossa, muito obrigado pelo apoio moral.”

Dulce revirou os olhos ao sentar na cadeira de frente para ele. “O que quer que eu diga? Que vai ser o pai do ano? Você não tem namorado, vai para boates aleatórias e tem noites de sexo sem sentido. No momento, você não é a pessoa mais exemplar do mundo.”

“Como se você nunca tivesse feito isso.” Ele resmungou.

Ela deu um meio sorriso. “Eu fiz, mas tenho 28 anos agora, estou amadurecendo. Você tem 30 e continua fazendo isso.”

“Desculpa se eu perdi minha fase de noites sem compromisso por causa do trabalho e você não.” Christian revirou os olhos e cruzou os braços. “Além disso, pelo que eu me lembre, você estava mais bêbada do que sóbria na época que dormia com todo mundo, não é como se tivesse realmente aproveitado aquilo.”

Dulce fez uma careta. “Obrigada por me lembrar do meu passado obscuro.”

“É bom mantê-lo fresco na mente, assim você não volta para ele, não é?” Christian deu de ombros e fez sinal para um garçom se aproximar. “Eu vou querer uma sanduíche de peito de peru e um suco de morango natural.”

“Um cupcake de chocolate com cobertura de creme e um café expresso com espuma extra.” O garçom se afastou com os pedidos e Dulce suspirou. “Eu me lembro, não quero voltar nunca para aquela época. Deus, só de pensar que eu quase bati em Anahi aquele dia...” Ela estremeceu e olhou para a mesa, sentindo vergonha de si mesma. “Eu pensei em me matar aquele dia.” Admitiu. “Quando percebi o que quase tinha feito, eu só queria morrer. Mas você estava lá e... Eu não consigo expressar o quanto eu sou grata por você ter acordado naquela hora.”

Christian suspirou e segurou uma de suas mãos entre as dele. “Não queria dizer nada para te deixar mal. Eu já te perdoei, Annie já te perdoou.”

“Mas eu não me perdoei. Nunca.” Dulce balançou a cabeça. “Não vou me perdoar por ter me afundado, por ter escolhido a saída mais fácil e me afogar na bebida para esquecer, e nunca vou me perdoar por quase ter batido em Anahi. E se você não tivesse acordado, Christian? O que teria acontecido?”

“Eu acredito que você teria parado, Dulce, realmente acredito nisso. Porque você parou. Quando eu acordei e vi o que estava acontecendo, sua mão estava parada e você parecia assustada. Você parou sozinha.”

Dulce puxou sua mão e cruzou os braços para se estivesse se protegendo. “Eu prometi que nunca mais levantaria a mão para ninguém, nem para educar meus filhos. Vou conversar com eles, mas nunca levantar a mão para bater, nem mesmo um tapinha leve. Eu me senti horrível.”

Christian olhou para os lados ao ver que a amiga não iria desistir de sua culpa e balançou a cabeça. “Certo, pense o que quiser, eu sei o que eu penso, o que eu vi e no que acredito. Então, já sabe o que vai dar para Anahi de aniversário?” O aniversário de Anahi iria demorar três meses e meio ainda, mas era o único assunto que ele poderia pensar no momento para acabar com o clima pesado que se apoderou na mesa.

Seu pedido chegou logo depois e Dulce esperou o garçom sair para responder sua pergunta. “Ainda pensando em algumas coisas, mas ela já tem tudo que quer.”

“Então dê algo que ela não vai usar.” Ele deu de ombros. “Sei lá, uma camiseta horrível.”

Dulce sorriu levemente e mordeu seu cupcake, antes de voltar ao assunto. “Pensei em lhe dar uma pulseira, aquelas com cinco pingentes. Vou comprar pingentes que signifiquem algo para nós e dar um por dia, até seu aniversário, onde vou dar a pulseira, finalmente, mas não consigo pensar em nenhum símbolo incrível.”

“Uma vagina pode ser um dos pingentes.” Ele sugeriu, já na metade de seu sanduíche.

“Jesus, Christian.” Dulce bufou. “Que conselho incrível. Não fale mais nada, vou pensar em algo até lá.”

“É por isso que você ficou olhando ali na joalheria.”

“Sim.”

“Achou algo interessante?”

“Não realmente, mas vi que eles vendes os pingentes separadamente se quisermos. Acho que eu poderia dar uma olhada quando estivermos saindo.”

“Não sei se quero gastar meia hora do meu dia escolhendo pingentes.” Ele revirou os olhos, tomando metade de seu suco em um único gole.

“Eu ainda me pergunto por que você é meu melhor amigo.”

“Porque eu sou lindo, incrível, magnífico, poderoso, rei do mundo, tudo de bom e super gostoso.”

“Está mais para feio, ridículo, estranho, doente mental e descartável.” Ela brincou.

“Pode falar a verdade, Dulce, ninguém está escutando. Você é apaixonada por mim desde que nos conhecemos.”

“Muito, quero me jogar em você e comer chantilly do seu corpo.” Dulce revirou os olhos e terminou de comer o cupcake, então tirou o dinheiro do bolso e colocou-o na mesa com uma boa gorjeta. “Vamos, posso tomar o café enquanto olhamos na joalheria.”

Christian tomou a outra metade do suco enquanto se levantava, então colocou o copo na mão e correu atrás de Dulce, que já saia da lanchonete.