Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)

Gente, apenas para avisar aos leitores de “Misery” que eu vou postar na fic assim que possível. Infelizmente, eu perdi os capítulos que eu tinha escrito e agora vou ter que refazê-los, mas assim que eu conseguir, vou postar.

“Estou muito feliz que decidi jogar tudo pro alto e mudar para mais perto de você, sabia disso?” Christian fez uma careta e fez um circulo nas costas de Dulce suavemente com a palma da mão. “Se eu estivesse tão longe seria meio difícil ajudar você nessa crise emocional.”

Dulce suspirou e se jogou para trás no sofá, encarando o teto logo em seguida. “Por que ela fez isso?”

“Ela é loira, elas fazem burradas, é a lei da natureza.”

“Anahi não é loira de verdade.”

“Ah...” Christian franziu a testa, tentando entender como podia ter esquecido aquele fato. “É que já faz quase quinze anos que ela pinta o cabelo e... Bom, então esqueça o que eu disse antes, porque todo mundo faz burradas.”

Ela revirou os olhos. “Ela assinou a merda de um contrato sem falar comigo.”

“Você assinou o contrato do seu livro sem falar com ela. E assinou o contrato da série em Londres sem falar comigo.” Ele mudou a voz para deixar transparecer que ele ainda estava irritado com aquele fato.

“É, mas a gente não estava casado e meu livro não ia me mandar pelo mundo. Eu ia ficar sentadinha, na minha casa, escrevendo. Poderia parar assim que quisesse e ficar com ela. O único compromisso era a estréia, que seria de apenas uma noite, e eu a levei junto, lembra disso? Você também estava lá.” Ela rebateu com irritação.

“Ok, o que ela fez foi pior... mas não imperdoável.”

“Eu vejo aquilo como uma traição.” Dulce continuou para se ele não tivesse falado nada. “Uma pu/ta de uma traição. Ela traiu tudo que construímos juntas e que iríamos construir assinando aquelas merdas. Absolutamente tudo. Traiu nosso compromisso, nosso casamento, nossa vida juntas, nossa família e...”

“Você percebe que parece que ela assinou um contrato para um filme pornô, certo?”

“Christian... Anahi assinou um contrato para uma tournée mundial, que ia durar cinco meses, sem falar comigo. E eu não sei o que diabos aconteceu, porque ela nunca fez isso antes. Ela sempre falou comigo primeiro. Por que ela fez isso agora? Justo agora que queremos aumentar a família. Foi ela que trouxe o assunto de termos mais filhos! Foi ela que começou tudo! Ela queria apenas me iludir, me dar imagens do futuro, e então me deixar sozinha com essas malditas imagens e nada mais?”

“Ainda parece que ela vai fazer um filme pornô.”

“E tudo que eu queria era que ela, pelo menos, tivesse me ligado primeiro. Um ‘Hey, estou assinando um contrato agora que vai acabar com nosso sonho de uma família grande. Pode fazer a janta?’ teria sido o suficiente. Ela poderia ter me contado assim que chegou em casa. Mas ela deixou em segredo, porque sabia que o que fez foi errado. Foi muito errado.”

“Muito errado.” Christian concordou, sem saber mais o que falar.

“Muito, muito errado! E sobre Joan?”

“Ai meu Deus.” Ele murmurou exasperado para si mesmo.

“Ela ia ficar cinco meses sem a mãe dela aqui?! O que eu iria dizer para ela? Ela tem sete anos! Ela não ia entender porque sua mãe está nos deixando por tanto tempo e, mesmo se entendesse, o que aconteceria quando Anahi voltasse?!”

“Joan não tem mais quatro anos.”

“E daí?! Você não abandona seu filho para trás por causa do trabalho! Você não abandona seu filho nunca!” Dulce se levantou de repente e começou a gritar enquanto andava em volta da sala de estar de Christian. “Não quando eles precisam de você! Não quando eles precisam chorar no seu ombro! Não quando eles precisam de você pra dizer que tudo vai ficar bem, mesmo que você apenas assumiu que é mais gay que Jane Lynch e Jim Parsons juntos!”

O rosto de Christian se suavizou e ele se levantou para segurar a amiga pelos ombros e fazê-la para de andar. “Dul...”

“Eu não quero uma repetição do que aconteceu com minha mãe.” Dulce sussurrou com lágrimas nos olhos. “Eu nunca fui planejada, eu nem deveria ter nascido. Minha relação com minha mãe já estava quase inexistente quando ela parou de falar comigo. Ela quase nem ficava comigo. Foi sempre meu pai que brincava comigo, me abraçava, me colocava dormir. Faz quase dez anos que eu não falo com a minha mãe, Christian. Você tem ideia de como isso dói?”

Christian suspirou e puxou-a para um abraço apertado. “Desabafa, coloca tudo pra fora.” Murmurou.

“É por isso que eu tenho tanto medo de ser mãe, Christian. E se eu falhar, como minha mãe fez? E se eu for uma merda de mãe como ela? Depois que algo é feito, não há nada que possa fazer voltar atrás. Eu sei que, mesmo que minha mãe me aceite milagrosamente, nossa relação nunca vai ser a mesma, porque nossa relação nunca foi de mãe-filha mesmo. Ela ficava comigo às vezes, mas preferia viajar para algum lugar. É por isso que eu estou tão brava com Anahi. Ela sabe de tudo que aconteceu entre minha mãe e eu e, mesmo assim, assina um contrato que vai mandá-la para longe de Joan por cinco meses.”

“Eu não me importo tanto por mim mesma. É claro que vou sentir saudade e morrer de vontade de vê-la, mas sei que ela vai voltar e vamos ficar juntas. Mas Joan é uma criança. Ela pode ter sete anos, mas... Ela já tinha passado por duas famílias quando a encontramos. Um casal era bêbado e queria mais um filho para ganhar mais ajuda do governo e o outro quebrou todos os eu sonhos por coelhinho da páscoa e fada do dente. Ela já foi abandonada três vezes, Christian, e eu não quero que Anahi a abandone também.”

“Ela não vai abandoná-la.” Christian sussurrou cuidadosamente. “Anahi não vai abandonar ninguém.”

“Só vai viajar pelo mundo por meses. Não quero impedi-la de seguir seu sonho, eu realmente não quero. Eu quero que ela seja feliz com o sonho que conseguiu realizar com tanta garra. Não quero prendê-la em casa com um intimado de escolher entre seu sonho ou sua família, porque isso é apenas errado. Eu só quero que ela fique em casa por um tempo. Será que é pedir demais? Será que é pedir de mais querer que ela fique com sua família só por alguns meses?”

“Não. Não é.” Ele respondeu, mesmo sabendo que era uma pergunta retórica. Christian beijou o topo de sua cabeça. “Eu sinto muito por tudo que aconteceu entre você e sua mãe. Mas você não é ela, e Anahi também não é. Ela ama Joan mais que qualquer coisa no mundo e vai amar seu futuro bebê com a mesma intensidade. Ela pode ter errado, mas você conhece ela. Anahi não consegue ficar parada por muito tempo. Ela gosta da vida corrida de ensaios, gravações, entrevistas, fotos e shows.”

“Mais do que gosta da vida corrida de mãe e esposa?” Dulce bufou. “Nunca disse que ela não pode continuar gravando e dançando. Que faça isso. A única coisa que estou pedindo é que fique em casa por um tempo. Eu não consigo lidar com Joan sozinha. Ela precisa de Anahi. Anahi é a única que consegue convencê-la a tomar banho quando ela quer assistir TV, Anahi é a única que consegue convencê-la a comer tudo do prato, Anahi é a única que consegue convencê-la a parar de provocar a merda daquele gato maldito e a não correr dentro de casa, Anahi é a única que conseguiu fazê-la acreditar em fadas novamente, Anahi é a única que consegue acalmar Joan depois de um pesadelo. E o que eu faço? Conto histórias para dormir, faço a comida e a levo tomar sorvete quando a busco na escola. Ela não vive só com isso. Ela precisa de Anahi por perto e eu preciso de Anahi por perto. Por que ela não entende isso?”

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“Christian me ligou.” Anahi murmurou, sem saber se poderia falar sem sofrer uma tentativa de assassinato.

“Que bom.” Dulce respondeu, jogando a jaqueta em cima da cama. “Ele falou toda a baboseira que eu disse ou apenas disse que você deveria pedir desculpas por uma determinada situação? Não sei se ele se mudar para mais perto foi uma boa coisa, é só mais um motivo para colocar o dedo no assunto dos outros.”

“Ele só está preocupado.” Anahi defendeu o amigo.

“Preocupado com um possível divórcio e ter que escolher um lado?”

A loira estremeceu com a possibilidade. “Eu realmente sinto muito.”

“Eu sei, você já disse.”

“E o que mais você quer que eu diga?!” Anahi exclamou, sentindo sua frustração crescer. “Não tem mais nada que eu possa dizer que vá te deixar com menos raiva. Eu já pedi desculpas, se você não aceita, não tem mais nada que eu possa fazer sobre isso.”

“Então é isso? Vai fazê-lo escolher a por/ra de um lado?”

“Ninguém está falando de lado aqui.” A loira bufou. “Você tem que me escutar e parar de ser tão incrivelmente egoísta.”

Essa pode não ter sido a melhor escolha de palavras.

“Egoísta? Eu estou sendo egoísta? Nossa, me desculpa mesmo, Anahi. Estou sendo egoísta em tentar fazer isso funcionar.” Acenou entre elas, sinalizando seu relacionamento.

“Eu me expressei mal. O que eu quis dizer é que você não quer me ouvir, não quer me deixar explicar.”

“Não, obviamente eu sou egoísta por querer te manter em casa quando tudo o que você quer fazer é cantar e dançar ao redor do mundo e esquecer que deixou sua filha para trás.”

“O que aconteceu entre sua mãe e você não é minha culpa!”

O olhar de dor que cruzou o rosto de Dulce foi quase insuportável para Anahi. “É verdade, não é sua culpa. Mas a culpa vai ser sua quando Joan se transformar em mim e preferir passar o tempo sozinha do com a própria mãe porque você não esteve presente na sua vida.”

“Eu não vou deixar de fazer parte da vida dela.”

“E como você pretende acalmá-la depois de um pesadelo a dez mil quilômetros de distancia? Por telepatia?”

“Isso não é nem sobre nosso casamento, não é?”

“Anahi, por mim, você pode ir cantar na lua.” Dulce balançou a cabeça. “Eu só quero que você pare por um tempo.”

“Eu estou sem cantar em um show desde que adotamos Joan.”

“E isso pra você é tempo suficiente? Bom, sinto muito então. A porta da casa é serventia, fique a vontade para arrumar suas malas e subir no primeiro palco que encontrar.”

Anahi cruzou os braços. “Está me expulsando de casa?”

“Você está se expulsando de casa.”

“Eu não estou fazendo nada! Eu realmente sinto muito por não ter falado com você sobre os contratos, mas você está interpretando tudo errado.”

“Bin Laden mirou um avião pra sua cabeça e ameaçou te matar caso não assinasse aqueles papéis?” Dulce zombou. “Poxa, não sabia disso, desculpa.”

“Você pode calar a boca e me ouvir por um minuto?”

“Não realmente.”

“Eu estou arrependida. Eu te amo. Eu amo Joan. E eu não quero ir embora.”

“Eu já entendi. Eu sei. Eu sei. E não é o que parece.”

Anahi revirou os olhos. “Você vai rebater tudo que eu falar?”

“Você vai continuar falando besteira?”

A loira balançou a cabeça e suspirou. “Eu vou continuar o tratamento. E eu já cancelei todos os contratos. E já liguei para meu agente e disse que vou dar uma pausa em toda a minha carreira. O que mais você quer de mim?”

“Eu quero que você faça isso porque quer, não porque acha que isso vai fazer com que eu te perdoe. Eu já te disse que se você quiser fazer essa tournée você tem todo o direito, é o seu sonho.”

“Mas eu não quero. Eu quero ficar aqui, com você e Joan e nosso futuro filho.”

“Você vai jogar isso na minha cara depois? Que você perdeu a chance de fazer uma tournée mundial porque eu não deixei?”

“É claro que não. Eu sei que você não está me proibindo de nada, nem está me fazendo escolher. Eu sei que você só quer que eu dê um tempo para ficar em casa. E eu também quero isso. Quero levar Joan para o colégio nos meus dias, e quando buscá-la quero parar naquela loja de doces horripilante para vê-la sorrir. E eu quero dormir e acordar ao seu lado e te levar para jantares românticos e sentir sua mão contra a minha barriga quando nosso filho chutar.” Anahi sentiu uma lágrima descer por sua bochecha e sentiu um desespero crescente. Se Dulce não acreditasse em suas palavras... “Eu juro que quero.”

“Por que assinou aqueles contratos?”

“Porque eu achei que era aquilo que queria quando assinei. Mas depois eu percebi que eu não quero nada daquilo se não tiver minha família comigo. Vão haver outras oportunidades, eu não vou parar completamente, eu só quero um tempo para criar nossos filhos da maneira correta e aproveitar esse tempo com você.”

Dulce olhou para o teto e suspirou. “Você tem tanta sorte por eu te amar, eu juro. E eu nem sei...” Ela balançou a cabeça. “Eu ainda estou magoada com tudo o que aconteceu e eu não posso dizer que vou te perdoar instantaneamente, mas...” Dulce suspirou novamente e olhou para Anahi. “Desculpas aceitas.”