Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)

“Você ainda não ligou para o cara do conserto?” Dulce bufou, batendo a tampa da máquina de lavar com força suficiente para fazer um estrondo.

Anahi apareceu com uma sobrancelha levantada. “Eu nem sabia que algo estava estragado.”

“Saberia se fizesse algo, tipo: colocar a roupa lavar.”

A loira franziu a testa. “Está me acusando de algo... de novo?”

“Quando foi a última vez que você veio para a lavanderia?”

“Três dias atrás.”

“A três dias a máquina já estava estragada.”

“Por que você não ligou para o conserto? Você, obviamente, sabe que ela está estragada a mais tempo que eu.” Anahi rebateu.

“Por que eu tenho que fazer tudo?”

“O que mais você tem que fazer? Dulce, é uma máquina de lavar, você não vai morrer.”

“Vai deixar o monte de roupas sujas chegar até o teto antes de fazer alguma coisa?”

Anahi cruzou os braços. “Por que você não ligou?” Repetiu.

“Eu não tenho o número.”

“Nem eu.” Ela balançou a cabeça. “Vamos para a sala, pegamos a lista telefônica e encontramos alguém.”

“A questão é: o que você faz nessa casa?”

“... Moro nela?” Anahi falou depois de quase um minuto de silêncio, sem saber o real sentido da pergunta. “Eu realmente não estou entendo o sentido disso? Você quer arrumar mais motivos para a gente discutir?”

Dulce estava prestes a responder, mas o barulho de um violão interrompeu sua fala. Dulce olhou para Anahi, depois apontou para si mesma e franziu a testa. “Nós duas estamos aqui... Quem está tocando violão?”

Elas se olharam por meio minuto, então correram para fora da lavanderia. O barulho, por sorte, vinha de fora da casa, então as duas foram para a janela da sala e tentaram descobrir o que estava acontecendo.

“Ai... Meu... Deus.” Dulce murmurou.

“Vocêêêêês sãooooo ooooo casaaaaal maaaais lindooooo do mundo!

E eeeeeeeeu quero que saibaaaaam que amo vocêêêês!

Eeeee que nada pode separá-las!

Eeeee que vocês podem enfrentar tudooooo!

Não é uma pequena briga que vai desanimar esse relacionamentooooo!

Foi um mal entendido, uma coisa sem sentido, nada a veeeeer!

Vocês se amaaaaaam

Demaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaais!

E vai continuar se amando para sempreeeeeeeeeee!

E é melhor pararem com a cara de bunda e fazerem as pazes com sexooooooo!

Ai, caralho, espero que Joan não esteja em casaaa!

De qualquer forma eu espero que me agradeçam depooooiiiiis

Depois de fazer seeeexooooooo!

Porque vocês se amaaaaam e devem transar como macacos loucooos

Se bem que falar viciados em sexo é uma expressão melhor que macacos loucooooooos!

Esqueçam isso

Porque vocês se amaaaaaam e devem transar como viciados em sexoooooo!

E o mundo é um lugar melhor quando vocês são o casal grudento de sempreeee

E me dão enjôo porque ficam falando coisas fofas o tempo inteiroooooo!

E eu estou sentindo uma coceira na pernaaaaa

Mas isso não é importante agoraaaaa

Vocês se amam e é isso que importaaaaaa

Eu vou embora e vocês vão transaaaaar!

E nada nessa merda rimooooooou!

Tchau!”

Elas observaram quando Christian entrou no carro e foi embora, sem nenhuma explicação a mais. Anahi foi a primeira a se recuperar do choque e olhou para sua esposa com uma expressão de “que merda acabou de acontecer?!”

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Dulce sentiu o vento batendo forte contra seu rosto, as árvores e arbustos serem castigados por sua força e os ciscos baterem pelo chão.

Fazia uma hora que Christian havia feito a serenata... estranha e, depois de achar uma empresa de consertos, ela foi para a parte de trás da casa, decidindo que um ar fresco seria bom para sua vida.

Uma nuvem negra já podia ser vista ao longe e um pequeno raio cruzou o céu, anunciando que a chuva já havia chego no lado distante da cidade. Ela verdadeiramente esperava que um pé d’água tivesse caindo na casa de Christian agora e o afogando lá dentro com aquele violão estúpido que ele nem sabia tocar.

Depois que ele saiu, o silêncio era quase constrangedor demais para sequer respirar.

Dulce sentiu quando Anahi parou ao seu lado, segurando uma xícara de chá nas mãos, e ouviu seu suspiro. O silêncio não era menos constrangedor do que a cinco minutos atrás.

“Acho que vai chover.” Dulce comentou, sem saber mais o que poderia falar para acabar com o clima estranho.

“Por causa do vento?” Anahi perguntou, tentando continuar o assunto para o silêncio não aparecer novamente.

Dulce franziu a testa. “Não, é que estou vendo um pinguim voando lá longe, deve ter sido trazido pelo vento.” Sua voz era sarcástica e ela balançou a cabeça. “Ninguém nunca te disse que ver um pinguim, principalmente voando, é um sinal de chuva?”

Anahi olhou-a tentando parecer brava pela resposta sarcástica. “Minha vó sempre disse que o sinal de chuva era o jegue que passava flutuando em uma nuvem.” Ela rebateu com igual sarcasmo.

“Que estranho. Minha vó dizia que ver uma mulher magra sendo levada pelo vento era um sinal de chuva. Você seria a primeira, ela sempre disse isso.”

Elas aguentaram longos dois minutos antes de começarem a rir com o absurdo de tudo aquilo.

“Eu fiz chá, quer?”

“Claro.”

E foi naquele momento que elas perceberam que tudo voltaria ao normal.

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“Noite de filme!” Joan exclamou.

“Por que?” Dulce perguntou, empurrando seu prato para longe.

“Porque está chovendo!”

Dulce e Anahi trocaram um olhar ao se lembrarem de sua conversa mais cedo, mas conseguiram permanecer sérias. “E como isso é uma boa explicação?” Anahi indagou com um sorriso. Ela realmente não se importava de ficar em casa com sua família.

“Está chovendo! É dia de pegar a coberta, assistir filmes e ficar abraçadas no sofá!” Joan explicou como se fosse incrivelmente óbvio.

Dulce sorriu. “Você tem aula amanhã.”

“É só de tarde.” Ela reclamou. “Por favor, por favor, por favor?”

“Ok, mas não pode ficar acordada mais do que seu horário de dormir.” Dulce cedeu finalmente.

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Nenhuma das duas se surpreendeu quando um pequeno corpo rastejou para sua cama no meio da madrugada depois de um trovão particularmente alto. Dulce se virou, dando um espaço maior para Joan, mesmo que isso significasse que sua bun/da ia ficar praticamente para fora da cama. Joan se enfiou embaixo da coberta e se aconchegou contra o corpo de Anahi, que encheu-a de beijos.

“Está tudo bem, querida.” A loira sussurrou na escuridão do quarto. “São só trovões.”

“São assustadores.” Joan murmurou com a voz chorosa.

“Eu sei, querida. Tente dormir um pouco, ok? Mamãe está aqui.”

Capítulo dedicado à justin_rbd ;)