Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)

14 dias após a inseminação, Dulce foi acordada com o cheiro de café e torradas. Seguindo o cheiro, ela sentou na cama e abriu os olhos lentamente, grata pela cortina do quarto ainda estar fechada. Anahi estava em pé ao lado da cama, segurando uma xícara de café e um prato com torradas e bolachas.

“Bom dia!” Anahi falou alegremente.

“Bom dia.” Dulce respondeu em um murmúrio preguiçoso. “Eu esqueci alguma data importante?”

A loira riu um pouco. “Não. Eu sei que você colocou alarme no seu celular para te lembrar dessas datas.”

“O que? Não coloquei não.” Dulce se defendeu, apesar de ambas saberem que era uma grande mentira.

“Ahan. Então é apenas uma coincidência que seu celular sempre toca exatamente 7 dias antes do nosso aniversário de casamento e você inventa uma desculpa para sair e volta com uma sacola na mão. Essa mesma sacola que eu vejo uma semana depois com meu presente.”

Dulce corou. “Ok, você venceu. Mas eu sei que você tem um calendário colado no seu closet com as datas marcadas com um marca texto rosa choque e uma legenda do que é embaixo.”

“Não é tão ruim quanto colocar alarme no celular para tocar uma semana antes de cada data.” Anahi sorriu e, entregando o café e o prato para Dulce, sentou ao seu lado na cama. “Mas eu não fico brava com isso, os presentes sempre são incríveis.”

Dulce sorriu. “Melhor do que não ganhar nada, certo?”

“Exato.” Anahi se inclinou e beijou sua bochecha.

A loira esperou ansiosamente sua esposa terminar de comer, antes de levantar correndo da cama. Ela entrou no closet antes que Dulce pudesse perguntar se algo estava errado e voltou segurando uma caixinha verde com bolinhas amarelas.

Dulce ergueu uma sobrancelha. “Tem certeza que eu não esqueci algo importante?”

“Tenho. E se o seu celular não avisou, você também deveria ter certeza. Eu não posso apenas dar um presente para minha esposa?”

“Bom... Não exatamente, porque depois você vai me acusar de não comprar nada para você... De novo.”

Anahi tentou pensar em uma boa defesa, mas sabia que a morena estava certa, então apenas acenou com a mão. “De qualquer forma... Eu acordei cedo hoje.”

“Percebi.” Dulce comentou, sabendo que o café fora comprado em alguma lanchonete. O relógio acusava que era nove da manhã.

“Eu passei em alguns lugares.”

“Percebi.” A morena repetiu.

“Aqui, apenas olhe.” Anahi colocou a caixa nas mãos de Dulce e mordeu o lábio inferior, esperando a reação de sua esposa.

Dulce, com a testa franzida e meio desconfiada, tirou a tampa da caixa e olhou para dentro com cuidado, como se algo fosse saltar e atacá-la. Mas seus olhos se encheram de lágrimas quando ela viu o que era.

“Anahi...”

“Eu busquei o exame no laboratório.” Anahi sussurrou, sentindo sua garganta fechar um pouco.

“Anahi...”

“Então passei naquela lojinha que vimos mês passado.”

Dulce olhou para sua esposa, deixando as lágrimas caírem. Sua esposa não estava muito atrás nas emoções. Anahi já havia chorado no carro e enquanto fazia as torradas para Dulce, mas ainda haviam lágrimas a serem derramadas.

“Anahi, deu...” Dulce apenas não conseguia formar uma frase coerente.

A loira acenou em acordo e pegou o pequeno sapatinho amarelo da caixa, colocando-os na palma de sua mão. “Positivo. Eu estou grávida.”

Ambas apenas olharam para o sapatinho feito de crochê, branquinho, mas com a borda e um lacinho amarelo, tão pequeno que cabia na mão de Anahi e ainda sobrava espaço. Era inacreditável.

“Deu certo.” Dulce murmurou, olhando quase em adoração para o sapatinho. “Na primeira vez.”

“Tivemos muita sorte.” Anahi concordou. “Muita sorte mesmo.”

Dulce olhou para sua esposa com os olhos brilhando, não apenas por causa das lágrimas, mas por causa da alegria que sentia. “Você está grávida.”

Anahi apenas acenou em acordo com a cabeça, incapaz de falar de repente. Dulce abraçou-a com força, enquanto as duas choravam de alegria. Depois de longos minutos, a morena deitou sua esposa na cama e levantou sua camiseta, beijando seu estomago plano com carinho.

No bidê de Anahi, em cima de um livro qualquer, estava um envelope com o emblema de um laboratório. Com a borda rasgada e o papel de dentro dobrado cuidadosamente. Mas era nesse papel que residia a palavra que mudou a vida daquelas mulheres.

Positivo.