Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)

“Estão levando Anahi para a sala agora.” Christian suspirou e passou a mão pelos seus cabelos bagunçados.

“Ainda não achou Dulce?”

“Nem sinal. Ela abandonou o carro e sumiu do mapa.”

“Vamos chegar em uma hora, Chris.”

Ele finalizou a chamada com uma respiração profunda, tentando se acalmar. Christian conseguia imaginar o olhar quebrado de sua melhor amiga ao chegar e ver que perdeu o nascimento de seu primeiro filho biológico.

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“Você vai querer alguma droga?”

“Sim, por favor.” Andy respondeu rapidamente.

A enfermeira ergueu uma sobrancelha. “Estava pedindo para a paciente.”

“Ah. Eu não posso ter nada?”

“Não.”

“Droga. Ok, Anahi você quer ficar chapada?”

“São remédios para dor, para tentar aliviar um pouco.” A enfermeira explicou.

Anahi balançou a cabeça. “Talvez depois.”

“Idiota.” Andy revirou os olhos, se sentindo desconfortável na roupa verde horrível que usava.

“Você entregou a câmera?”

“Claro, tem duas enfermeiras gravando. Uma com sua câmera e uma com o meu celular. Dulce vai poder ver de dois ângulos, não se preocupe.” Andy tranquilizou-a. “Como se sente?”

“Arrasada e extremamente feliz ao mesmo tempo.”

“Não sou sua primeira opção, não é?”

“Não. Queria que Dulce estivesse aqui, mas... Você está aqui e eu te agradeço muito por ter me ajudado nas últimas horas.”

“Foi bastante rápido. Ouvi dizer que partos podem demorar longas horas.”

“E é verdade.” O médico concordou do outro lado da sala, onde higienizava os braços em uma pia especial. “Alguns chegam a durar vinte horas.”

Andy assoviou e fez uma careta. “Dá pra imaginar isso? Quer droga.”

“Pode parecer loucura, mas eu gostaria de ser uma dessas mulheres. Assim, talvez, Dulce estivesse aqui.”

Andy suspirou. “Se concentra no que vai acontecer agora, tudo bem? Esquece Dulce um pouco e se concentra no seu filho que vai nascer em alguns minutos.”

Cinco minutos depois, após receber todas as instruções novamente, Anahi começou a empurrar com toda a força que tinha, sentindo uma dor inimaginável. Novamente, ela não tinha ideia de porquê reclamou tanto de cólicas a vida inteira.

“AH! Eu não consigo.” Ela falou ofegante quando caiu de volta para a maca.

“É claro que consegue.” Andy tentou incentivá-la.

“É fácil pra você falar. Não é você que está com uma melancia saindo da bucet*.”

Andy arregalou os olhos. “Eu não esperava que você usasse esse tipo de... palavreado.”

“Tem a porr* de uma melancia tentando sair da porr* da minha bucet*! Você quer que eu fique como?!”

Andy ergueu os braços em rendição e acenou para o médico continuar. “Senhora Portilla, empurre com toda a força por dez segundos.”

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“DULCE!” Christian exclamou quando o alívio encheu seu corpo.

Ela estava toda suada, com o cabelo colado pelo rosto e pescoço, com as roupas sujas e quase sem conseguir respirar. Mas estava lá. “Eu perdi?”

“Levaram ela pra sala de parto a quinze minutos, eu não sei...”

Dulce saiu correndo antes que ele pudesse terminar. Encontrou uma enfermeira fora da sala, onde uma placa de restrito impedia a passagem. “Minha esposa está lá dentro, meu filho está nascendo e eu tive que correr a merda de quinze quilômetros. Eu vou entrar lá.”

A enfermeira quase teve que amarrá-la para conseguir fazê-la se limpar um pouco e colocar a roupa hospitalar antes de entrar correndo. Ainda assim, teve dificuldade em segurar Dulce quando esperava a autorização de uma das enfermeiras de dentro da sala para que ela entrasse.

Assim que Dulce viu sua esposa deitada na maca, com uma expressão de dor e gritando como nunca, ela apenas não podia mais esperar. Ela empurrou a porta antes que recebesse a liberação e correu até o lado de sua esposa.

“Amor, estou aqui!” Exclamou rapidamente.

Anahi parou imediatamente e olhou-a com lágrimas escorrendo pelo rosto. “Você conseguiu.” Sua voz estava bem mais impressionada do que ela realmente estava.

“É claro que sim. Eu nunca iria perder o momento mais feliz da minha vida.” Dulce se inclinou e beijou a testa suada de sua esposa.

“Ok, então já que você chegou...” Andy deixou a frase no ar quando começou a ir em direção à porta.

A mão de Anahi, que estava segurando a sua com força desde que entrou ali, a segurou no lugar, entretanto, e a fez recuar os passos que havia dado. “Aonde pensa que vai?”

Andy olhou para a mulher que parecia uma bagunça na mesa e para a mulher que parecia uma bagunça em pé ao lado da mesa, com uma sobrancelha levantada e uma pergunta silenciosa nos olhos.

“Você não está pensando em sair agora, não é?” Dulce perguntou com um sorriso. “Queremos você aqui.”

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O som de um choro agudo foi como uma onda de alívio atingindo todos na sala. Anahi caiu para trás na mesa com um sorriso enorme, apesar de quase não conseguir respirar, enquanto Dulce se esticou para tentar ver seu filho.

Depois de limpá-lo, fazer os primeiros exames e averiguações, uma das enfermeiras voltou com o pequeno bebê enrolado em um manto azul e entregou-o nos braços de Anahi, que o segurou com os braços trêmulos e quase sem força.

“Segure sua cabecinha, assim.” A enfermeira orientou-a por alguns segundos, antes de se afastar com um sorriso.

“Ele é tão lindo.” Dulce sussurrou em reverência.

“O que?” Andy perguntou incrédula. “Você começou a ter um sério problema de visão enquanto vinha pra cá?”

Dulce lançou um olhar irritado para a prima, antes de sorrir largamente. “Ah, meu Deus! Você está chorando!”

“Claro que não.”

“Está sim.”

“Não.”

“E o que é essa coisa saindo do seu olho e escorrendo pela sua bochecha?”

Andy estufou o peito, tentando recobrar seu orgulho. “É que todos os gritos de Anahi me lembraram de quando Bellatrix torturou Hermione no último livro do Harry Potter.”

Era uma desculpa fraca e todo mundo ali sabia. Dulce sorriu ainda mais. “Pode admitir a verdade.”

“Vai se fuder.” Andy saiu da sala batendo o pé.

Dulce revirou os olhos para a prima, sabendo que ela odiava chorar em público desde criança. Ela voltou sua atenção para sua nova razão de viver e sentiu mais lágrimas escorrendo quando o pequeno segurou seu dedo entre uma mãozinha minúscula.

“Hey, meu príncipe.” Dulce sussurrou, se inclinando para beijar a cabeça dele entre seus cabelinhos abundantes. “Bem-vindo ao mundo, Logan.”

Anahi olhou-a surpresa. “Logan?”

Dulce apenas sorriu e concordou. “É um belo nome.” Completou em tom divertido.

Anahi sorriu largamente e olhou para seu filho, seguro firmemente em seus braços. “Logan Alexander.”

Dessa vez, foi Dulce que a olhou surpresa. “Alexander?”

“Não quero que ele sofra bullying na escola por ter o segundo nome de menina.”

“Andrea Alexandra.” Dulce murmurou quase em reverência ao nome tão conhecido.

Anahi concordou com a cabeça. “Andrea Alexandra.”