Fanfic: RBD La Familia: Loucuras em família *Portiñon, Herroni* - Finalizada | Tema: Rebelde (RBD)

Nunca pensei que diria isso, mas... Parece que a fanfic está chegando ao fim =’(. Estamos nos aproximando do capítulo de número 300 e acho que a web já deu mais do que o necessário. Não se preocupem, não vai ser um fim abrupto, ainda vão ter vários capítulos pela frente. Vou tentar chegar até 350, mas não prometo nada. Um dia infeliz que vai ser quando eu postar o último capítulo, com certeza, principalmente para mim, porque esta é a minha fic de mais sucesso e minha favorita também, mas nada dura para sempre =(

“Sabe o que eu acho?” Christian questionou retoricamente enquanto admirava as estrelas dispersas pelo céu escuro. “Que ela tá pegando alguém casada.”

Dulce negou. “Andy não faria isso. Andrea é muitas coisas, mas ela respeita as questões básicas da sociedade.”

Eles ficaram em um silêncio confortável por vários segundos, desfrutando da noite tranquila e do silêncio das crianças pela primeira vez no dia. Christian não conseguiu mais suportar a falta de palavras e admitiu algo que, provavelmente, iria dar um ataque cardíaco na amiga. “Eu vou me casar.”

“Uhun.” Dulce, que ainda estava distraída, tomou um gole do refrigerante que segurava e recolocou a lata em cima do joelho, sem desviar os olhos da lua. Longos segundos se passaram e Christian viu sua reação atentamente quando ela arregalou os olhos e deu um pulo. “Oi?”

“Oi, tudo bem?”

A morena respirou fundo para se impedir de tacar a cadeira na cabeça do amigo. “O que você disse?”

“Eu vou me casar.” Ele repetiu calmamente, como se falasse do tempo.

Dulce balançou a cabeça. “Foi isso que eu pensei ter ouvido.” Murmurou, antes de passar as mãos pelo rosto. “Caramba.”

“Pois é.”

“Com o gostoso que me deixa invejosa, certo?”

“Não, com o mendigo que encontrei ontem.” Christian revirou os olhos. “Claro que é com o Matt.”

“Como foi que isso aconteceu?”

“Eu não tenho certeza. Ontem estávamos falando sobre vir para cá. Decidimos pegar as crianças no caminho. Em um momento eu estava falando sobre comprar cadeirinha para as crianças para o carro e, no momento seguinte, me dei conta que eu amo ele e amo as crianças, e que, se eu já queria comprar cadeirinhas infantis para o carro e colocar proteção nas pontas da mesa, eu tinha que me casar com ele.”

“Então você simplesmente pediu?”

Christian balançou a cabeça em acordo. “Acredite, surpreendeu até a mim.”

Dulce bufou uma risada, então acenou distraidamente. “É isso que quer?”

“O que eu quero é o seguinte: eu quero que você seja a minha madrinha/padrinho, e eu quero que você use um terno rosa.”

Ela olhou-o como se sua cabeça tivesse se duplicado de repente. “Nem pensar! Odeio rosa!”

Christian riu. “Eu estou brincando. Você vai usar um vestido horrível que eu vou escolher pra me destacar. Provavelmente você vai parecer uma freira.”

Dulce revirou os olhos. “Eu te odeio, panacão.”

“E eu te amo, chatonilda.” Ele sorriu e aproveitou dez segundos de silêncio, antes de retornar a falar. “Eu quero casar com você.”

“Ok, acho que você bebeu demais.” Dulce tirou a garrafa de cerveja de sua mão e colocou no chão.

“A gente deveria se casar com os melhores amigos.”

“Você vai tomar café, definitivamente.”

Christian sorriu largamente. “Só estou brincando um pouco. Sabe de uma coisa?”

“Você fala demais quando bebe? Já percebi isso.”

“Estou orgulhoso de você. Sério. Você parou de beber.”

Dulce suspirou. “Meu consumo de álcool estava controlado, mas elevado um pouco. É melhor não tomar mais nada. Não quero que meus filhos cresçam com a imagem que vocês tiveram que enfrentar de mim um dia. Além disso, não preciso de álcool para me divertir.”

“É assim que se fala.” Christian deu um suspiro feliz e se encostou completamente na cadeira, relaxando depois da conversa dura. “Ele é o cara certo.”

“Eu sei que é. Você está sempre sorrindo com ele. Só acho meio cedo.”

“Não é cedo se ele é a pessoa certa.”

“É assim que se fala.” Dulce rebateu com um sorriso tranquilo.

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“Estou orgulhosa de você.”

Dulce suprimiu a necessidade de estremecer com a voz. Ela havia concordado em deixar sua mãe passar a tarde com os netos, mas não falou nada sobre conversas.

“Você construiu uma boa vida.” Sua mãe continuou mesmo assim, ignorando o fato de que estava sendo... bem, ignorada. “Tem uma boa casa, tem dinheiro, tem conforto.”

“Uma esposa e dois filhos, não esqueça disso.” Dulce resmungou enquanto continuava fingindo que estava digitando algo no computador.

“É claro. Você se saiu bem melhor do que eu imaginava.”

“Nossa, obrigada.”

“Você é feliz, eu posso ver isso. E eu estou feliz por você.”

A mais jovem suspirou e observou Joan brincando com as bonecas no espaço improvisado no gramando. “Algo que aprendi com eles é como é bom ser puro. Eles são inocentes. Não tem ideia da maldade que a humanidade pode causar. Mas eles também perdoam com facilidade. Como se nada tivesse acontecido.” Dulce fez uma pausa. “Infelizmente, não sou mais criança. Mas andei pensando nos últimos tempos... Eu não posso guardar rancor. Você não foi a melhor mãe, não foi a mãe exemplo, não me apoiou quando eu precisei e me ignorou por dez anos. Mas ainda é a minha mãe.”

Sua mãe balançou a cabeça lentamente, digerindo as palavras, antes de sorrir. “Eu estou feliz por você.”

E essa foi a última vez que Dulce falou com sua mãe.